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Fórmula 1 faz dispensa temporária de funcionários e corta salários de diretores

A organização da categoria seguiu o caminho de diversas equipes para contenção de gastos durante a pandemia

F1 logo

Foto de: Erik Junius

A Fórmula 1 optou por seguir a mesma direção tomada por McLaren, Williams e Racing Point e anunciou nesta terça que está organizando uma dispensa temporária de parte de seus funcionários, além de um corte de salário de seus diretores e chefes.

Os membros seniores terão um corte de 20% de seus salários, enquanto o CEO Chase Carey deve voluntariamente cortar ainda mais de seu salário.

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A categoria está aproveitando o programa instituído pelo governo do Reino Unido, que permite a dispensa temporária de funcionários com o Estado bancando até 80% do salário, com um limite de 2,5 mil por mês.

A F1 está enfrentando uma grave crise financeira em 2020 com a pandemia - e vive com a possibilidade de não ter uma entrada de renda caso a temporada seja perdida. Além de perder as taxas de realização das provas canceladas, caso o número de corridas caia para abaixo de 15, as emissoras terão direito a um reembolso parcial.

Porém, mesmo com a renda limitada, ela precisa pagar as equipes os valores do ano passado. Em 2019, as equipes dividiram mais de um bilhão de dólares entre elas.

A companhia ainda continua pagando os custos de corridas. No ano passado, a F1 declarou em seus resultados financeiros um custo total de 381 milhões de dólares (sem incluir os pagamentos às equipes), sendo que 147 milhões desses foi listado como "vendas, e gastos gerais e administrativos".

O quadro de funcionários cresceu consideravelmente desde que a Liberty Media assumiu as operações em 2017, com mais de 400 pessoas baseadas ou no escritório no centro de Londres ou em Biggin Hill, onde fica a operação de TV.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado. No momento, o GP do Canadá está marcado para ser o primeiro da temporada, no meio de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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