Hamilton diz que F1 virou "clube dos bilionários" e que hoje não teria chance de chegar à categoria

Piloto voltou a defender mudanças na categoria para torná-la mais acessível a pessoas de diferentes origens

Lewis Hamilton, Mercedes

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

Lewis Hamilton chegou à Fórmula 1 com uma história muito diferente boa parte dos pilotos, devido a sua origem humilde, com os esforços de seu pai para bancar sua manutenção no esporte. E o heptacampeão disse o cenário mudou tanto, que hoje não seria possível realizar seu sonho do mesmo modo, afirmando que a F1 virou um "clube dos meninos bilionários".

O piloto da Mercedes sempre foi muito aberto sobre suas origens, defendendo o uso de sua história como forma de incentivar outras crianças de classes baixas a buscarem seus sonhos de um dia correr na F1 como ele.

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Antes de ser apadrinhado pela McLaren e a Mercedes quando tinha apenas 13 anos, seu pai, Anthony, precisou manter até três trabalhos para pagar as contas da família e do filho no esporte. O apoio das marcas foi fundamental para o resto de sua trajetória antes de chegar à F1 porque, quanto mais você avança, mais verba é necessária para financiar as temporadas.

Mas, em entrevista ao jornal espanhol AS, Hamilton fez uma análise bem diferente da situação atual da categoria, voltando a defender a acessibilidade do esporte.

"Pessoalmente, acredito que estamos em um momento no qual isso aqui se tornou um clube dos meninos bilionários. Crescendo em uma família normal da classe trabalhadora, eu não teria como estar aqui. Os caras que tenho que lutar contra têm muito mais dinheiro".

"Temos que trabalhar para mudar isso, tornar o esporte mais acessível, tanto para os ricos quanto as pessoas de origens mais humildes".

No momento, o grid da F1 é formado por três filhos de bilionários: Lance Stroll, Nicholas Latifi e Nikita Mazepin, que sempre foram questionados com relação à influência do dinheiro de seus pais na manutenção das carreiras na categoria.

O tema da acessibilidade é muito caro a Hamilton, que sempre foi muito vocal sobre essa questão e, nos últimos anos, tratou de lidar mais diretamente com isso.

No ano passado, ele lançou a "Comissão Hamilton", em parceria com a Academia Real de Engenharia de Londres para compreender as dificuldades que pessoas de minorias étnicas passam para entrar e se manter no esporte nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

Já em 2021, no anúncio de sua renovação de contrato com a Mercedes, o piloto e a equipe anunciaram a criação de uma fundação que procurará viabilizar a entrada de pessoas de origens menos privilegiadas no esporte.

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