Haryanto teve de driblar Ramadã para correr em Montreal
Muçulmano, piloto da equipe Manor estava de jejum durante o dia e foi obrigado por médicos a interromper a prática para competir no domingo








Finalizando na 19ª e última posição o GP do Canadá, o piloto indonésio Rio Haryanto teve um final de semana difícil em Montreal. E não foi só pelas limitações técnicas do carro da equipe Manor – tido como o pior da Fórmula 1.
Seguidor da religião islâmica, que atualmente passa pelo mês do Ramadã – quando os seguidores não podem comer após acordar até o pôr-do-sol – ele não pôde se hidratar e alimentar durante o dia neste final de semana.
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Seu empresário, Piers Hunnisett, reconheceu que havia preocupação de que a falta de alimentação e líquidos pudessem afetar a concentração do piloto durante a corrida. Por isso, ele foi obrigado pela equipe médica a parar com esta prática no domingo.
"Rio está de jejum nesta semana, mas a equipe e seu fisioterapeuta vão decidir o que fazer no domingo", disse ele à Reuters no sábado.
"É uma corrida longa e há uma preocupação com a desidratação.”
"Pilotos perdem uma grande quantidade de fluido corporal durante uma corrida e nós não queremos que ele perca a concentração quando estiver dirigindo a 350 km/h.”
"É mais uma questão de segurança. Ele está seguindo sua fé em Montreal nesta semana, mas vamos ver que conselho a equipe médica dá. Mas na segunda-feira ele vai estar em jejum novamente."
Ainda segundo o empresário, Haryanto tem orçamento para competir até o GP da Hungria, 11ª etapa do mundial. O piloto corre com patrocínio da petrolífera indonésia, Pertamina.

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