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Kubica: Williams "passou dos limites" ao remover asa atualizada

Piloto polonês da tradicional escuderia britânica não poupou críticas à medida tomada no GP do Japão de Fórmula 1

Robert Kubica, Williams FW42

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

Robert Kubica detonou a equipe Williams de Fórmula 1 por remover a asa dianteira atualizada dos carros para o GP do Japão. Segundo o piloto polonês, a escuderia “passou dos limites” por "razões estranhas".

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Kubica e seu companheiro George Russell se revezaram com o único exemplar da asa dianteira aprimorada da Williams durante a abertura dos treinos livres em Suzuka na sexta-feira. Kubica ficou com o bico para o segundo treino.

O polonês dissera que sua expectativa era manter a asa na classificação e depois na corrida, mas a Williams decidiu não usá-la nos dois carros. Kubica se classificou em 19º e terminou em último na corrida, partindo do pitlane.

"A sexta-feira foi muito boa", disse Kubica a um canal da televisão polonesa. "Pela primeira vez em muito tempo. Meu carro ficou muito melhor. No entanto, por razões estranhas, a asa foi retirada do meu carro antes da qualificação. A equipe passou dos limites”.

Confrontada com a declaração do piloto, a equipe esclareceu a questão. "Nossa nova asa dianteira foi planejada como um item de teste para este evento, com vista a uma corrida em uma data futura”, disse a Williams em comunicado ao Motorsport.com.

“Com o impacto potencial do tufão Hagibis forçando o cancelamento de todos os treinos no sábado, a equipe tomou a decisão de não arriscar a nova asa para não sofrer danos antes de realizarmos mais testes no México. Dados os incidentes na qualificação, foi a decisão correta".

A polêmica por conta da nova asa dianteira vem depois da controversa decisão da Williams de pedir que Kubica abandonasse o GP da Rússia por medo de uma eventual falta de peças após a batida do novato britânico Russell.

A patrocinadora polonesa da tradicional equipe de Grove, a PKN Orlen, questionou publicamente a medida e Kubica também manifestou publicamente a frustração pelo ocorrido na etapa russa de Sochi.

Citando o bom rendimento com a asa nova nos treinos de sexta-feira, o polonês voltou a criticar a não utilização da peça nas sessões seguintes no Japão. "Combinamos algo e, no domingo de manhã, as coisas mudaram por algum motivo”, disse.

"Acho que não foi uma decisão das pessoas que estão aqui. Não quero entrar em detalhes. Vamos torcer para que algumas coisas sejam resolvidas, embora isso tudo tenha me permitido entender muito", completou enigmaticamente.

Pior temporada da história da Williams na F1

A má fase da equipe britânica não se restringe ao péssimo desempenho na tabela. Desde o começo de 2019, o time garagista coleciona episódios vergonhosos: desde atraso na pré-temporada a abandono de piloto por falta de peça. Relembre os fiascos do ano na galeria especial do Motorsport.com:

1. Atraso na pré-temporada
A Williams atrasou a entrega de seu carro em dois dias durante os testes de pré-temporada em Barcelona, começando o ano da pior forma possível
1. Atraso na pré-temporada
O atraso foi considerado um grande vexame e a crise se instaurou na equipe antes mesmo de o carro se mostrar um fiasco, para dor de cabeça de Claire Williams, filha de Frank
2. Péssimo desempenho do FW42
Como se não bastasse o atraso, o carro ainda se mostrou, de longe, o mais lento do grid, para azar dos fãs do polonês Robert Kubica, que voltou a um assento titular após oito anos de seu acidente
2. Péssimo desempenho do FW42
O desempenho vexatório nos testes também foi uma grande frustração para o novato britânico George Russell, que chegou à F1 como estrela depois de ter sido campeão da Fórmula 2 em 2018
3. Atualizações frustradas
Ao longo do ano, várias mudanças foram implementadas no FW42. Dirigentes da equipe chegaram a dizer que sabiam qual era o problema do carro. Nada, porém, resultou em melhor desempenho
3. Atualizações frustradas
Por maiores que fossem as alterações no fracassado carro de 2019, o FW42 se manteve como o pior monoposto do grid nesta temporada do começo ao fim, de forma tristemente consistente
4. A queda de Paddy Lowe
Contratado junto à Mercedes no começo de 2017, o britânico era a aposta da Williams para chegar no pelotão da frente. Entretanto, a equipe só decaiu desde a chegada do então renomado engenheiro
4. A queda de Paddy Lowe
Depois do fiasco na pré-temporada, a paciência da Williams com Lowe acabou. Para piorar, ele ainda foi tido como um dos responsáveis pelo fiasco em Barcelona. Acabou saindo da equipe
5. A tampa de bueiro em Baku
No primeiro treino livre para o GP do Azerbaijão, uma tampa de bueiro se soltou nas ruas de Baku e danificou o assoalho do carro de Russell, causando rebuliço na organização da prova
5. A tampa de bueiro em Baku
A situação parecia engraçada, mas o drama da Williams já era tal que Claire buscou o ressarcimento pelos danos. Algo estranho para uma equipe de F1, mas a falta de peças já era iminente realidade
6. Declínio mesmo após troca pertinente de pilotos
No ano passado, o canadense Lance Stroll e o russo Sergey Sirotkin pilotaram pela Williams. Neste ano, foram substituídos por Russell, comprovadamente melhor, e Kubica, vencedor de um GP
6. Declínio mesmo após troca pertinente de pilotos
Apesar das limitações físicas, o polonês conseguiu o único ponto da equipe em 2019, no GP da Alemanha. Já Russell não teve sorte e é o único do ano no zero. Evidência do péssimo carro da Williams
7. Dificuldades de Kubica
O experiente piloto tem sequelas do acidente de rali que o afastou da F1 de 2011 em diante. Repare no braço direito do polonês, claramente prejudicado em relação ao forte braço esquerdo
7. Dificuldades de Kubica
Por conta da 'sequela', Kubica depende praticamente de um braço para pilotar. Coincidência ou não, ele foi batido pelo companheiro em quase todas as classificações. O polonês não fica em 2020
8. Russell, campeão da F2 e sem chances de brigar
Protegido da Mercedes, o novato é tido como uma grande promessa e vem fazendo o possível dentro dos limites da Williams. Não à toa, bateu Kubica em 15 das 16 classificações neste ano
8. Russell, campeão da F2 e sem chances de brigar
Porém, o FW42 não permite maiores voos ao britânico. Decepcionante, já que Russell foi campeão da F2 mas não tem carro do nível dos contemporâneos Alex Albon e Lando Norris
9. O fiasco da falta de peças no GP da Rússia
Na última etapa do campeonato, Russell acabou batendo no circuito de Sochi e teve que abandonar a prova russa. Algo ruim, mas que ficaria ainda pior e mais vergonhoso instantes depois
9. O fiasco da falta de peças no GP da Rússia
Temendo uma eventual falta de peças, a equipe britânica pediu que Kubica, que corria consistentemente no pelotão do fundo, abandonasse a corrida. O polonês ficou muito irritado
10. Atraso no volante de Kubica
Em função das sequelas no braço esquerdo, o polonês usa um volante especial. Entretanto, a peça personalizada demorou mais de meia temporada para chegar ao piloto, somente após as férias
10. Atraso no volante de Kubica
Com a maioria dos comandos do lado esquerdo, o volante especial deveria ter chegado ao piloto polonês no início da temporada, mas só esteve disponível após férias de meio de ano. Mais um fiasco
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