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Mansell completa 66 anos; relembre carreira daquele que bateu de frente com Piquet e Senna na F1

"Leão" também é o único a conquistar título da Fórmula 1 e ser campeão na IndyCar no ano seguinte

Podium: race winner Nigel Mansell, Ferrari

Foto de: LAT Images

Nigel Mansell completa 66 anos de idade nesta quinta-feira. O “Leão” é um daqueles pilotos que, mesmo não sendo brasileiro, está na memória e coração dos torcedores. Dentro do período mais vitorioso do Brasil na Fórmula 1, ele conseguiu bater de frente com Nelson Piquet e Ayrton Senna. Mansell pode se orgulhar de suas vitórias e se colocar como referência nas duas mais tradicionais categorias de monopostos do mundo.

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'Bicampeonato' único

Mansell pode não ter o maior número de títulos dentro do automobilismo, e está muito longe disso, mas somente ele pode bater no peito para um grande feito: é o único piloto na história que saiu campeão da Fórmula 1, foi para os Estados Unidos e se tornou campeão da Indy no ano seguinte (veja todos os carros que ele pilotou ao final desta matéria).

Na F1, com a Williams, em 1992, ele dominou totalmente as ações, com nove vitórias em 16 provas, 12 pódios e 14 poles. Em número de pontos, foram 108 pontos no total, contra 56 de Riccardo Patrese - seu companheiro de Williams -, 53 de Michael Schumacher e 50 pontos de Ayrton Senna.

Após desentendimento com Frank Williams, Mansell resolveu sair da equipe e da categoria. Assinou com a Newman/Haas Racing para substituir Michael Andretti, que fez o caminho contrário, indo para a F1. Mansell chegou dando as cartas, mas não teve vida tão fácil como no ano anterior. Em 15 provas disputadas, foram cinco vitórias, dez pódios e sete poles.

O Leão ainda se "deu ao luxo" de não disputar uma etapa, em Phoenix, quando bateu nos treinamentos, desmaiou e acabou sendo sacado da prova por recomendações médicas. Naquela campanha, Mansell terminou oito pontos à frente de Emerson Fittipaldi, sendo campeão da CART como novato.

Na F1

Ele iniciou a carreira na F1 em 1980, correndo apenas duas etapas pela Lotus, onde ficou até 1984, não conseguindo vencer, mas com cinco pódios e uma pole no período. As quatro temporadas seguintes foram pela Williams, quando acabou virando o grande caçador de Nelson Piquet no tricampeonato do brasileiro em 1987.

Nessa sua primeira passagem na equipe de Frank Williams, foram 13 vitórias, 21 pódios e 11 poles. Ele voltaria à escuderia em 1991, quando se tornou vice-campeão de Ayrton Senna em 1991 e garantindo êxito no ano seguinte, como relatamos.

A Ferrari pode ter sido uma breve passagem para Nigel, mas foi marcante por pelo menos duas razões. A primeira é que Mansell foi o último piloto escolhido por Enzo Ferrari antes de sua morte. O lendário dono da escuderia italiana morreu em 14 de agosto de 1988, aos 90 anos, ainda sem a estreia do Leão. Dias depois, no GP da Itália, em Monza, a a equipe conquistou a única dobradinha daquela temporada, com Gerhard Berger e Michele Alboreto.

Outro fato marcante é justamente seu apelido, o "Leão". Estando no time que mais se assemelha a uma equipe de futebol, os tiffosi apelidaram Mansell de Leão por conta de seu estilo agressivo de pilotagem. O apelido pegou até aqui no Brasil. Outra coincidência é o signo. Hoje, 8 de agosto, o horóscopo nos diz que estamos sob o signo de Leão.

Confira os carros que Nigel Mansell pilotou na F1 e Indy

1980 - Lotus 81B
Em seu primeiro ano, Mansell só se classificou para três provas e não chegou a pontuar.
1981 - Lotus 87-Ford Cosworth
Na segunda temporada, o leão conseguiu seu primeiro pódio, um terceiro lugar na Bélgica.
1982 - Lotus
A terceira temporada na Lotus foi pior do que em 1981, mesmo assim o "Leão" foi ao pódio no Brasil, novamente em terceiro.
1983 - Lotus 94T
Em mais um ano de Lotus, Mansell foi ao pódio no GP da Europa, em Brands Hatch.
1984 - Lotus 95T
No último ano com a Lotus, Mansell foi ao pódio mais duas vezes. O inglês foi substituído por Senna em 1985.
1985 - Williams FW10 Honda
Em seu primeiro ano de Williams, o britânico conquistou suas duas primeiras vitórias, o mesmo número do companheiro de equipe, o campeão mundial Keke Rosberg.
1986 - Williams FW11 Honda
Tendo o bicampeão Nelson Piquet como novo companheiro, Mansell venceu cinco vezes e terminou o ano como vice-campeão, perdendo o título por apenas 2 pontos de diferença para Alain Prost.
1987 - Williams FW11B Honda
Os abandonos fizeram o Inglês perder o título pelo segundo ano consecutivo, dessa vez para o companheiro, Nelson Piquet, que foi mais regular e bateu Mansell por 12 pontos.
1988 - Williams FW12
No primeiro ano do domínio da McLaren Honda, Mansell não teve chances de lutar pela vitória e acabou o ano na nona posição da tabela, com dois segundos lugares e 12 abandonos.
1989 - Ferrari
Com duas vitórias na nova equipe, Mansell terminou o campeonato daquele ano na quarta posição da tabela, três a frente do companheiro, Gerhard Berger
1990 - Ferrari 641
Tendo Alain Prost como companheiro, Mansell acabou como segundo piloto da equipe, conquistando uma única vitória na temporada.
1991 - Williams
De volta à velha casa, Mansell viu a equipe desenvolver a tecnologia da suspensão ativa com que dominaria o ano seguinte. A novidade fez com que o time inglês quase ameaçasse o título de Senna na segunda metade do ano. O "Leão" venceu cinco provas e foi vice.
1992 - Williams
Com a suspensão ativa, Mansell finalmente teve seu ano de glória.
1992 - Williams FW14B Renault
O inglês venceu 9 das 16 etapas do ano e foi campeão com quase o dobro da pontuação do vice, Ricardo Patrese, seu companheiro na Williams.
1993 - IndyCar - Newman Haas
Após se aposentar da F1, Mansell foi para os Estados Unidos. Com cinco vitórias e mais cinco pódios nas 16 provas do ano, o inglês foi campeão da Indy logo em seu primeiro ano.
Nigel Mansell
Em 1994, Mansell viu a Penske de Emerson Fittipaldi, Paul Tracy e Al Unser Jr. dominar o campeonato. A equipe faturou 12 das 16 provas e o "Leão" não teve chances de vitória, apesar de anotar três poles e três pódios.
1994 - Williams FW16B
Após a morte de Senna em Ímola, a Williams queria trazer Mansell de volta, mas precisou aguardar o fim da temporada da Indy. O britânico teve um grande retorno, conquistando a pole e a vitória no GP da Austrália.
1995 - McLaren MP4/10B Mercedes
Mansell assinou com a McLaren que acabava de assinar contrato para ter a Mercedes como fornecedora de motores. Devido ao sobrepeso do inglês, a equipe precisou fazer uma adaptação no carro e ele ficou de fora das primeiras provas. Mansell estreou em San Marino e fez apenas duas provas antes de se aposentar novamente.
1996 - Jordan Peugeot
No fim de 1996, Mansell testou os carros da Jordan em Barcelona e havia a possibilidade de retornar à F1 em 1997.
1996 - Jordan Peugeot
No entanto, o dono da equipe, Eddie Jordan, não considerou os tempos do "Leão" muito competitivos e desistiu do negócio.
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