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Marko: Gasly "nunca teria se recuperado" se ficasse na Red Bull

Consultor das escuderias do grupo de energéticos, dirigente austríaco comenta fase do piloto francês

Pierre Gasly, Toro Rosso, 2nd position, and Max Verstappen, Red Bull Racing, 1st position, on the podium

Foto de: Andy Hone / Motorsport Images

Rebaixado da Red Bull para a Toro Rosso nas férias de meio de ano da Fórmula 1, Pierre Gasly recuperou a boa forma e brilhou para chegar em segundo no GP do Brasil, disputado no último domingo, em Interlagos.

O piloto francês teve atuação consistente e garantiu o segundo pódio da Toro Rosso na temporada 2019, calando os críticos e mostrando que ainda tem potencial para guiar em alto nível na categoria máxima do automobilismo.

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Tamanha foi a comoção pelo desempenho de Gasly que o consultor da Red Bull, Helmut Marko, foi questionado sobre o rebaixamento do jovem para a Toro Rosso no meio do ano. O chefão do grupo de energéticos elogiou o piloto, mas foi categórico.

"Ele se recuperou e agora estamos vendo o verdadeiro Pierre", disse o dirigente austríaco ao Motorsport.com. “Nós sempre acreditamos nele. [O rebaixamento] foi positivo para ele. Caso contrário, ficando na Red Bull, acho que ele nunca teria se recuperado".

Marko também se mostrou animado com desempenho de seus outros pilotos no Brasil: “Max [Verstappen] foi perfeito, suas ultrapassagens foram inacreditáveis. E [Alexander] Albon se saiu muito bem. Mostra que nosso programa está funcionando. Estamos animados com o próximo ano".

Novato tailandês, Albon foi promovido da Toro Rosso para a Red Bull justamente para a vaga de Gasly e vinha garantindo um pódio no Brasil, mas foi tocado pela Mercedes de Lewis Hamilton no fim da prova e acabou prejudicado.

Bom para Gasly, que conseguiu aproveitar a confusão e chegou atrás de Verstappen. Seu chefe na Toro Rosso, Franz Tost, falou sobre a fase do francês: "Não foi tão fácil para ele nesta temporada, mas ele voltou".

“Mas acho que Pierre, desde o início, se sentiu muito bem no nosso carro e na equipe STR, é claro. Lembro que ele voltou, veio ao meu escritório e disse: 'Parecia que você estava aqui ontem.' Nós nos conhecíamos, os engenheiros o conheciam, e isso ajudou", ponderou Tost.

"E nosso carro neste momento era fácil de dirigir. Devo dizer que ele fez uma corrida fantástica. Quanto ao gerenciamento de pneus, ele realmente dominou o carro, principalmente nas curvas em aceleração, para não superaquecer os compostos".

“Ele sempre tinha a velocidade sob controle. Quando Kimi o pressionou, ele reagiu na volta seguinte um ou dois décimos mais rápido, Kimi reconheceu que ele era rápido, e a diferença se abriu para 3s4, 3s6, 4s, 5s, o que lhe deu o espaço suficiente para controlar tudo", completou.

Em 2020, Albon segue na Red Bull e Gasly fica na Toro Rosso

O chefe de equipe da Red Bull é Christian Horner, mas o responsável pela decisão é Marko. A escolha decorre do capítulo mais recente da histórica dança das cadeiras de RBR e STR. Relembre todas as trocas de pilotos das escuderias abaixo:

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Pierre Gasly estreou na Red Bull em 2019, após boa temporada com a Toro Rosso.
Campeão da GP2 em 2016, o francês ficou a meio ponto de conquistar a Super Fórmula em 2017. Naquele ano, estreou pela Toro Rosso, substituindo Daniil Kvyat no GP da Malásia.
Depois de um bom 2018 com a Toro Rosso, Gasly foi promovido. Entretanto, o francês não convenceu na Red Bull e foi rebaixado para dar lugar a Alexander Albon a partir do GP da Bélgica. A troca é a última de uma histórica dança das cadeiras entre equipe principal e júnior na F1.
A primeira 'troca' do grupo aconteceu antes mesmo da criação da Toro Rosso. Foi em 2005, na primeira temporada da Red Bull. Companheiro do escocês David Coulthard, o austríaco Christian Klien foi substituído pelo italiano Vitantonio Liuzzi em quatro GPs na metade do ano.
Em 2006, na primeira temporada da Toro Rosso na F1, Liuzzi fez dupla com o norte-americano Scott Speed (direita). Na Red Bull, Coulthard seguiu tendo Klien como parceiro, mas o austríaco foi substituído pelo holandês Robert Doornbos a quatro provas do fim do ano.
No ano seguinte, o australiano Mark Webber foi contratado para correr ao lado de Coulthard na Red Bull.
2007 foi um ano cheio de mudanças na Toro Rosso. Speed deixou a equipe depois de um ano e meio, após discutir com o chefe da escuderia, Franz Tost, no GP da Europa.
Com a saída de Speed, um jovem chamado Sebastian Vettel assumiu a vaga. A então promessa alemã havia estreado pontuando com a BMW nos Estados Unidos. Vettel disputou as últimas sete corridas de 2007 com a STR, chegando em quarto na China, enquanto Liuzzi foi o sexto.
Na temporada seguinte, Coulthard e Webber seguiram como pilotos titulares da Red Bull.
Liuzzi deu lugar ao francês Sebastien Bourdais na Toro Rosso em 2008. Já Vettel conquistou sua primeira vitória, e a única da equipe, ao triunfar no GP da Itália.
Em 2009, Coulthard se aposentou e Vettel foi promovido.
Quem assumiu a vaga do alemão na Toro Rosso foi o suíço Sebastien Buemi, novo companheiro de Bourdais.
O francês, porém, não rendeu como o esperado e acabou substituído no meio da temporada. Quem assumiu foi o espanhol Jaime Alguersuari.
Alguersuari e Buemi foram companheiros por duas temporadas e meia, entre os anos de 2009 e 2011.
Para 2012, entretanto, a Toro Rosso dispensou a dupla. Os substitutos foram Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Buemi seguiu como piloto de testes na Red Bull e mais tarde rumaria para a Fórmula E, na qual tem um título. Alguersuari largou o automobilismo e hoje se dedica à carreira de DJ.
Em 2014, Webber se aposentou e foi substituído por Ricciardo na Red Bull.
Com isso, Kvyat assumiu o posto de piloto da Toro Rosso ao lado de Vergne.
Em 2015, Vettel foi para a Ferrari e foi substituído por Kvyat. Já Vergne foi dispensado e também foi para a F-E, na qual é o atual bicampeão.
Com as saídas de Kvyat e Vergne, Max Verstappen e Carlos Sainz assumiram as vagas da Toro Rosso. Eles foram companheiros durante um ano e meio.
Em maio de 2016, Verstappen foi promovido para a Red Bull e venceu logo em sua primeira corrida, na Espanha. Kvyat, em má fase, foi rebaixado para a Toro Rosso.
Em 2017, Ricciardo e Verstappen seguiram na Red Bull. Eles foram companheiros até o fim de 2018.
Kvyat conseguiu manter sua vaga na Toro Rosso em 2017, mas foi amplamente batido por Sainz. Gasly, então, assumiu a vaga do russo. Sainz se transferiu para a Renault antes do fim do ano, sendo substituído pelo neozelandês Brendon Hartley.
Hartley e Gasly se mantiveram na equipe em 2018. No fim do ano passado, porém, o anúncio da ida de Ricciardo para a Renault provocou novas mudanças.
Gasly foi o escolhido para a vaga do australiano, enquanto Hartley foi dispensado e foi para a Ferrari como piloto de simulador, antes de assinar pela Dragon na F-E e correr no WEC. Em seus lugares, a Toro Rosso contratou Albon e Kvyat, que recebeu nova chance na F1.
Na terceira passagem pela Toro Rosso, o russo conquistou o segundo pódio da história da equipe. Ele terminou em terceiro no GP da Alemanha. Não foi o suficiente, porém, para se credenciar a um retorno para a Red Bull.
A contratação de Albon pela Toro Rosso também teve suas complicações. Ele tinha acabado de assinar com a Nissan na F-E, mas voltou atrás para aceitar a proposta da STR.
O novato tailandês tomou o posto de Gasly na Red Bull a partir do GP da Bélgica, ao passo que o francês retornou para sua ex-equipe após 12 provas fracas pelo time principal.
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