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Mercedes: não há sentido comercial comprar vagas para jovens

A Mercedes não comprará vagas para Esteban Ocon e George Russell porque fatores comerciais pesam mais do que o laço emocional com seus pilotos.

Esteban Ocon, Racing Point Force India F1 Team

Foto de: Jerry Andre / Motorsport Images

Ocon ficou sem opções na Renault e McLaren, e o investimento de Lawrence Stroll na Force India faz com que o francês esteja na iminência de perder sua vaga para Lance Stroll.

A Mercedes também não consegue oportunidades para Russell, líder da F2, em sua estreia na F1.

Enquanto a Red Bull investiu em uma equipe júnior, a Toro Rosso, para colocar seus jovens taletos, e a Ferrari estabeleceu uma relação mais próxima com a Sauber, a Mercedes somente possui acordos básicos de fornecimento de motor com Force India e Williams, sendo que ambas as equipes baseiam suas escolhas de piloto na questão financeira.

Questionado por que a Mercedes não está disposta a pagar por uma vaga, Toto Wolff explicou: “Pilotos jovens são muito empolgantes. Todos nós nos sentimos bem com o talento chegando, e ajudá-los na chegada à F1 cria histórias bacanas. Estamos todos dispostos a encontrar o próximo astro.”

“Mas, na Mercedes, nosso objetivo principal é nossa própria equipe de corridas e ter os melhores pilotos possíveis no carro para vencer corridas e competir pelos campeonatos.”

“Se você não tem um parceiro, como a Red Bull tem com a Toro Rosso, ou relações contratuais, como a Ferrari tem com a Sauber ou Haas, então fica muito difícil encontrar o lugar certo para jovens pilotos.”

“99% de nossos recursos vão para tocar a equipe. Os pilotos jovens, além do aspecto comercial, também precisam fazer sentido comercial.”

“Apoiamos Pascal [Wehrlein] por dois anos, fizemos isso com Esteban por dois anos, ajudamos George a chegar onde ele está agora.”

“Mas, a um certo estágio, se os negócios não fazem sentido, então não é algo para nós.”

Wolff disse que seria perigoso esgotar recursos para pagar pela chegada de jovens pilotos à F1.

Por mais que os três pilotos citados por Wolff tenham sido beneficiados significativamente de seus laços com a Mercedes, eles também sofreram restrições.

Wehrlein correu pela Sauber em 2017, mas perdeu a vaga para Charles Leclerc neste ano.

Várias equipes descartaram a contratação de Ocon enquanto ele tiver laços com a Mercedes, sendo que o mesmo problema se aplica a Russell.

Wolff disse que a Mercedes não abrirá mão de Ocon “nem em um milhão de anos”, mas voltou a acenar para a possibilidade de encerrar seu programa de pilotos.

“Estamos chegando ao ponto em que não temos uma equipe júnior, e, se falta oportunidades para colocá-los, então você precisa pensar em reduzir seu programa e dispensar alguém, ou mudar a estratégia”, disse.

“Estamos em uma encruzilhada. Veremos como será com George e Esteban e decidiremos como podemos continuar.”

George Russell, Mercedes AMG F1

George Russell, Mercedes AMG F1

Photo by: Manuel Goria / Sutton Images

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