O que aprendemos do GP do Canadá?

Motorsport.com analisa previsibilidade da Fórmula 1, motivos de punições confusas e corrida em Montreal.

Vencedor Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06 entra no parc ferme

Vencedor Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06 entra no parc ferme

XPB Images

Vencedor Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06 entra no parc ferme
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR10 na largada da corrida
Sebastian Vettel, Ferrari no grid
Felipe Massa, Williams F1 Team

Certamente a corrida deste domingo não foi o GP do Canadá mais emocionante da história. Na verdade, não chegou nem perto. O que de certa forma salvou a corrida foram os problemas enfrentados por Vettel e Massa na classificação. A graça da prova esteve diretamente ligada à recuperação dos pilotos, após largarem respectivamente de 18º e 15º no grid.

Dando uma rápida olhada na tabela do campeonato da Fórmula 1 notamos um padrão interessante. Oito das dez duplas de pilotos estão lado a lado no mundial de pilotos. As exceções são Lotus e Sauber, onde os problemas de Maldonado nas primeiras seis provas e o quinto lugar de Nasr na Austrália desequilibram.

O que concluir? Estamos ante a um dos campeonatos mais previsíveis dos últimos anos até aqui. Corroborando isso, pela primeira vez na história tivemos duas equipes dominando os pódios das seis primeiras provas. Apenas ontem, por um erro de Raikkonen, Bottas conseguiu quebrar o monopólio de Mercedes e Ferrari no Top 3 da categoria.

De certa forma, 2015 vem sendo uma temporada na qual as diferenças dos equipamentos somadas às dos motores estão polarizando bastante as disputas. Uma pena. E pensar que há três anos, exatamente no Canadá, víamos Lewis Hamilton ser o sétimo vencedor diferente em sete provas. Mudou tudo. E para pior.

Punições

Já na sétima etapa vimos as primeiras penalizações por trocas de elementos da complexa unidade de potência da F1. Verstappen está em seu quinto motor interno a combustão (ICE) e Button nos quintos MGU-H (gerador de energia térmico) e turbo. Ambos tiveram de pagar 15 posições no grid, e, pelo fato de estarem atrás, carregaram punições para a corrida. (Entenda as punições aqui)

Você pode perguntar (e tem completa razão em fazer): para que tanta complicação, para que tanta rigidez? Desde o ano passado, quando os elementos permitidos eram cinco e as punições eram carregadas de um final de semana para o outro, a FIA tenta ao máximo desencorajar os times a trocar os componentes da unidade motriz.

A Federação trabalha com uma lógica que poderia ser aplicada pelas equipes do fundo do grid. O “como já estou longe mesmo, vou trocar algum elemento para ter vantagem na corrida”. Tamanha rigidez no regulamento tem como alvo evitar este tipo de “esperteza”, digamos assim.

Compreensível. Mas, obviamente, difícil de entender para um fã comum.

Vettel não carregou penalidades para a prova pelo fato de sua punição ter sido esportiva (passou Merhi no TL3 sob bandeira vermelha e tomou cinco posições). Ele só pagou três lugares, indo de 15º (após a punição de Verstappen) para 18º.

A corrida

A grande verdade é que nada de muito especial aconteceu, por isso escolhi iniciar pelo estágio atravessado pela F1 em detrimento da corrida nesta análise. A prova, na verdade, foi a fotografia perfeita deste momento. A ampla superioridade técnica da Mercedes jogou água fria em qualquer ânimo (a não ser nos dos torcedores de Hamilton e Rosberg).

Nico bem que tentou, mas Montreal é terra de Hamilton. Foi a quarta vitória do inglês no Canadá, o que o coloca como o segundo maior vencedor da corrida no Circuito Gilles Villeneuve apenas atrás de Schumacher, com sete vitórias.

Com outra atuação ruim, Kimi Raikkonen vai tomando um caminho sem volta para fora da Ferrari no fim desta temporada. Muita gente fala em falta de motivação, mas a verdade é que o piloto não rende aquilo que se sabe que pode render. Ruim para ele. Agora a história esfriou, mas no início do ano muita gente falava que Bottas poderia substitui-lo. Não seria uma má ideia.

Quanto aos brasileiros, Felipe Nasr fez uma prova bastante discreta. Se queixou de problemas de superaquecimento nos freios e falta de potência no motor no início. Não deu para fazer melhor que um 16º. Já Felipe Massa fez o que se esperava: foi agressivo, se recuperou e terminou em um bom lugar na zona de pontos, sexto.

Mas para o piloto da Williams a grande ansiedade está reservada para o GP da Áustria, onde foi pole no ano passado. A equipe de Grove deverá ter boas atualizações para o FW37 no Red Bull Ring. Aguardemos.

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