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Organizador garante F1 no Brasil mas admite "momento ruim"

Em entrevista no autódromo, Tamas Rohonyi garante que tudo o que foi prometido a Bernie Ecclestone já foi entregue

Tamas Rohonyi e Castilho de Andrade

Foto de: Gustavo Lima/Motorsport.com

Obras Interlagos
Bernie Ecclestone
Tamas Rohonyi
Obras Interlagos
Bernie Ecclestone
Obras Interlagos
Bernie Ecclestone
Coletiva de imprensa
Tamas Rohonyi e Castilho de Andrade
Obras Interlagos

As declarações lançadas pelo chefe dos direitos comerciais da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, durante as últimas semanas, dando conta de que o GP do Brasil poderia estar em seu último de realização, foram rebatidas nesta quarta-feira pelo organizador da corrida, o húngaro-brasileiro Tamas Rohonyi.

Segundo Ecclestone, se as obras não estivessem no prazo antes estipulado, haveria base contratual para romper o acordo com a organização do GP. Questionado pelo Motorsport.com em coletiva de imprensa, Tamas negou que tal base exista.

“Conheço o Bernie há 42 anos e ele é famoso por estas declarações nas quais ele não pensa muito no que diz”, falou.

“O que o Bernie está tentando dizer - mas nunca vai falar diretamente - é que os custos do campeonato estão subindo. Há uma demanda da Formula One Management (FOM) para aumentar a contribuição do Brasil. O que ele quer é, junto ao governo, pleitear um subsídio maior. Ou nem isso, talvez até uma compra de uma maior divulgação do país pelo sistema de televisão da FOM.”

Segundo o organizador, não seria conveniente para ninguém romper o contrato no meio da vigência. “Não temos a condição de romper o contrato. Nem ele tem.”

“Isso pode acontecer, mas aí seria um processo para discutirmos perdas e danos. Teríamos prejuízo do lado da nossa empresa, mas também do lado do da prefeitura, que lucra R$ 400 milhões com o evento. Essa quebra nunca foi considerada e nunca será. Não é conveniente para ninguém.”

Incertezas

Para ele, o momento financeiro conturbado do Brasil aumenta a insatisfação de Ecclestone devido à escalada dos custos da F1 nos últimos anos. O evento custa aproximadamente 45 milhões de dólares.

“Nunca diga nunca”, disse. “O momento é ruim, e isso explica de certo modo esta frustração do Sr. Ecclestone.”

“Por isso ele faz essas afirmações um pouco estranhas. Mas ele faz isso com Monza e outros circuitos. No entanto, ele sabe que temos contrato com a FOM, a Globo tem contrato com a FOM e tudo isso até 2020. Com toda a razão ele olha pelos interesses do grupo que ele representa. Temos apoio da TV Globo e temos sempre muita força na área comercial. O autódromo sempre está cheio e neste ano estará cheio de novo.”

Tudo o que foi pedido foi finalizado em 2015

Tamas ainda disse que tudo o que foi requisitado pela FOM, como o paddock mais largo, já foi providenciado para a corrida do ano passado. A obra atual é para fazer melhoras na estrutura fixa da pista, sem ter a Fórmula 1 como mandante.

“Tudo o que foi combinado já está feito. O que está sendo feito é uma complementação”, adicionou.

“Existe uma opção para a renovação. Eu arrisco que (a corrida) vai até 2020, 2025, 2030 e assim por diante.”

“Onde há uma certa defasagem aqui em Interlagos, são nas facilidade e estruturas. Foi feito um projeto de etapas para a modernização. Nosso asfalto hoje é um dos melhores. A estrutura para as equipes foi muito melhorada no ano passado e neste ano vai ser mais ainda. Quero deixar o meu agradecimento à prefeitura.”

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