Estatísticas

Pódio de Sainz encerra jejum de cinco anos da McLaren fora do top-3

Piloto espanhol se beneficiou de punição a Lewis Hamilton e conseguiu chegar no pódio do GP do Brasil de Fórmula 1

Terceiro lugar Kevin Magnussen, McLaren MP4-29 celebra no parc ferme

Foto de: XPB Images

Depois de 100 corridas, Carlos Sainz finalmente conseguiu um pódio na Fórmula 1. O piloto espanhol foi beneficiado por punição ao britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, e conseguiu o primeiro pódio da McLaren após cinco anos.

Leia também:

O resultado no GP do Brasil também fez com que a McLaren garantisse a quarta posição entre os construtores, chamado posto de 'melhor do resto'. Companheiro de Sainz, o novato britânico Lando Norris terminou em oitavo e contribuiu para a festa em Interlagos (veja abaixo).

Sainz quebra jejum da McLaren
Sainz quebra jejum da McLaren
Sainz quebra jejum da McLaren
Sainz chegou à frente de Raikkonen e Giovinazzi
Sainz chegou à frente de Raikkonen e Giovinazzi
5

A última temporada na qual a tradicionalíssima equipe britânica de Woking tinha colocado um representante no top-3 tinha sido no longínquo ano de 2014, quando a escuderia garagista ainda contava com um campeão mundial entre seus competidores.

Trata-se de Jenson Button, campeão de 2009 com a Brawn. O piloto chegou em terceiro na abertura do campeonato de 2014, no GP da Austrália. Entretanto, o britânico não foi quem mais brilhou a bordo do MP4-29 (relembre abaixo todos os carros da McLaren) em Melbourne.

1966: McLaren-Ford M2B
Piloto: Bruce McLaren
1967: McLaren-BRM M4B
Piloto: Bruce McLaren
1967-1968: McLaren-BRM M5A
Pilotos: Bruce McLaren, Denis Hulme
1968-1970: McLaren-Ford M7A
Pilotos: Bruce McLaren, Dan Gurney, Denis Hulme
1969-1971: McLaren-Ford M7C
Pilotos: Bruce McLaren, Denis Hulme
1969: McLaren-Ford M9A
Pilotos: Bruce McLaren, Denis Hulme, Derek Bell
1970: McLaren-Alfa-Romeo M7D
Pilotos: Bruce McLaren, Denis Hulme, Dan Gurney, Andrea de Adamich
1970: McLaren-Ford M14D
Pilotos: Bruce McLaren, Denis Hulme, Peter Gethin, Dan Gurney, Andrea de Adamich
1970-1971: McLaren-Ford M14A
Pilotos: Denis Hulme, Peter Gethin, Jackie Oliver
1972-1973: McLaren-Ford M19C
Pilotos: Denis Hulme, Peter Revson, Brian Redman, Jody Scheckter
1973-1978: McLaren-Ford M23
Pilotos: Denis Hulme, Emerson Fittipaldi, Mike Hailwood, David Hobbs, Jochen Mass, James Hunt, Gilles Villeneuve
1976-1979: McLaren-Ford M26
Pilotos: James Hunt, Patrick Tambay, Bruno Giacomelli
1979: McLaren-Ford M28
Pilotos: Patrick Tambay, John Watson
1979-1981: McLaren-Ford M29F
Pilotos: John Watson, Andre de Cesaris
1980: McLaren M30
Pilotos: John Watson, Alain Prost
1981-1982: McLaren-Ford MP4/1
Pilotos: John Watson, Andrea de Cesaris
1982: McLaren-Ford MP4/1B
Pilotos: John Watson, Niki Lauda
1983: McLaren-Porsche MP4/1E
Pilotos: John Watson, Niki Lauda
1984: McLaren-Porsche MP4/2
Pilotos: Niki Lauda, Alain Prost
1985: McLaren-Porsche MP4/2B
Pilotos: Niki Lauda, Alain Prost
1986: McLaren-Porsche MP4/2C
Pilotos: Alain Prost, Keke Rosberg
1987: McLaren-Porsche MP4/3
Pilotos: Alain Prost, Stefan Johansson
1988: McLaren-Honda MP4/4
Pilotos: Alain Prost, Ayrton Senna
1989: McLaren-Honda MP4/5
Pilotos: Alain Prost, Ayrton Senna
1990: McLaren-Honda MP4/5B
Pilotos: Ayrton Senna, Gerhard Berger
1991: McLaren-Honda MP4/6
Pilotos: Ayrton Senna, Gerhard Berger
1992: McLaren-Honda MP4/6B
Pilotos: Ayrton Senna, Gerhard Berger
1992: McLaren MP4/7A
Pilotos: Ayrton Senna, Gerhard Berger
1993: McLaren-Ford MP4/8
Pilotos: Ayrton Senna, Michael Andretti, Mika Häkkinen
1994: McLaren-Peugeot MP4/9
Pilotos: Mika Häkkinen, Martin Brundle, Philippe Alliot
1995: McLaren-Mercedes MP4/10
Pilotos: Mika Häkkinen, Mark Blundell
1995: McLaren-Mercedes MP4/10B
Pilotos: Mika Häkkinen, Mark Blundell, Nigel Mansell, Jan Magnussen
1995: McLaren-Mercedes MP4/10C
Pilotos: Mika Häkkinen, Mark Blundell
1996: McLaren-Mercedes MP4/11
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
1996: McLaren-Mercedes MP4/11B
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
1997: McLaren-Mercedes MP4/12
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
1998: McLaren-Mercedes MP4/13
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
1999: McLaren-Mercedes MP4/14
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
2000: McLaren-Mercedes MP4/15
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
2001: McLaren-Mercedes MP4-16
Pilotos: Mika Häkkinen, David Coulthard
2002-2003: McLaren-Mercedes MP4-17
Pilotos: David Coulthard, Kimi Räikkönen
2002-2003: McLaren-Mercedes MP4-17D
Pilotos: David Coulthard, Kimi Räikkönen
2004: McLaren-Mercedes MP4-19
Pilotos: David Coulthard, Kimi Räikkönen
2005: McLaren-Mercedes MP4-20
Pilotos: Kimi Räikkönen, Juan Pablo Montoya, Alexander Wurz
2006: McLaren-Mercedes MP4-21
Pilotos: Kimi Räikkönen, Juan Pablo Montoya, Pedro de la Rosa
2007: McLaren-Mercedes MP4-22
Pilotos: Lewis Hamilton, Fernando Alonso
2008: McLaren-Mercedes MP4-23
Pilotos: Lewis Hamilton, Heikki Kovalainen
2009: McLaren-Mercedes MP4-24
Pilotos: Lewis Hamilton, Heikki Kovalainen
2010: McLaren-Mercedes MP4-25
Pilotos: Lewis Hamilton, Jenson Button
2011: McLaren-Mercedes MP4-26
Pilotos: Lewis Hamilton, Jenson Button
2012: McLaren-Mercedes MP4-27
Pilotos: Lewis Hamilton, Jenson Button
2013: McLaren-Mercedes MP4-28
Pilotos: Jenson Button, Sergio Perez
2014: McLaren-Mercedes MP4-29
Pilotos: Jenson Button, Kevin Magnussen
2015: McLaren-Honda MP4-30
Pilotos: Jenson Button, Fernando Alonso, Kevin Magnussen
2016: McLaren-Honda MP4-31
Pilotos: Jenson Button, Fernando Alonso, Stoffel Vandoorne
2017: McLaren-Honda MCL32
Pilotos: Fernando Alonso, Stoffel Vandoorne, Jenson Button
2018: McLaren-Renault MCL33
Pilotos: Fernando Alonso, Stoffel Vandoorne
2019: McLaren-Renault MCL34
Pilotos: Carlos Sainz Jr, Lando Norris
58

Seu então companheiro, Kevin Magnussen, atualmente na Haas, chegou em segundo em Albert Park e completou o pódio duplo para o time. Detalhe: era a primeira corrida do piloto dinamarquês na categoria máxima do automobilismo mundial.

Outro aspecto importante da temporada 2014 para a McLaren é o fato de que foi o último ano da equipe com os motores Mercedes, que voltarão a equipar os monopostos de Woking a partir do campeonato de 2021. Relembre todos os carros da parceria McLaren-Mercedes:

1995: McLaren-Mercedes MP4/10

Pilotos

Mika Häkkinen, Mark Blundell
1995: McLaren-Mercedes MP4/10B

Pilotos

Mika Häkkinen, Mark Blundell, Nigel Mansell, Jan Magnussen
1995: McLaren-Mercedes MP4/10C

Pilotos

Mika Häkkinen, Mark Blundell
1996: McLaren-Mercedes MP4/11

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
1996: McLaren-Mercedes MP4/11B

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
1997: McLaren-Mercedes MP4/12

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
1998: McLaren-Mercedes MP4/13

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
1999: McLaren-Mercedes MP4/14

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
2000: McLaren-Mercedes MP4/15

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
2001: McLaren-Mercedes MP4-16

Pilotos

Mika Häkkinen, David Coulthard
2002-2003: McLaren-Mercedes MP4-17

Pilotos

David Coulthard, Kimi Räikkönen
2002-2003: McLaren-Mercedes MP4-17D

Pilotos

David Coulthard, Kimi Räikkönen
2004: McLaren-Mercedes MP4-19

Pilotos

David Coulthard, Kimi Räikkönen
2005: McLaren-Mercedes MP4-20

Pilotos

Kimi Räikkönen, Juan Pablo Montoya
2006: McLaren-Mercedes MP4-21

Pilotos

Kimi Räikkönen, Juan Pablo Montoya, Pedro de la Rosa
2007: McLaren-Mercedes MP4-22

Pilotos

Lewis Hamilton, Fernando Alonso
2008: McLaren-Mercedes MP4-23

Pilotos

Lewis Hamilton, Heikki Kovalainen
2009: McLaren-Mercedes MP4-24

Pilotos

Lewis Hamilton, Heikki Kovalainen
2010: McLaren-Mercedes MP4-25

Pilotos

Lewis Hamilton, Jenson Button
2011: McLaren-Mercedes MP4-26

Pilotos

Lewis Hamilton, Jenson Button
2012: McLaren-Mercedes MP4-27

Pilotos

Lewis Hamilton, Jenson Button
2013: McLaren-Mercedes MP4-28

Pilotos

Jenson Button, Sergio Pérez
2014: McLaren-Mercedes MP4-29

Pilotos

Jenson Button, Kevin Magnussen
23

O retorno das unidades motrizes germânicas ao time britânico se dará em momento especial para a F1, já que a categoria estará implementando novos regulamentos. Por isso, as escuderias já se preparam para o futuro, com a McLaren esboçando seu carro de 2021. Veja:

McLaren 2021 F1
McLaren 2021 F1
McLaren 2021 F1
McLaren 2021 F1
Williams 2021
Williams 2021
Williams 2021
Renault 2021
Renault 2021
Renault 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
40

Efeito solo

A principal mudança para 2021 é a reintrodução do efeito solo. O controverso sistema que 'gruda' os carros ao chão e beneficia ultrapassagens já foi banido da F1 por ser perigoso. No entanto, os entusiastas lembram que a competição era mais acirrada no período em que a tecnologia esteve presente. Relembre curiosidades sobre o efeito solo:

1970 - Chaparral 2J-Chevrolet
A tecnologia foi primordialmente explorada pela equipe Chaparral, que utilizou o modelo 2J no campeonato norte americano de protótipos, o Can-Am. No entanto, mesmo sem ter conquistado nenhuma vitória, a novidade foi banida da categoria.
1978 - Lotus
A equipe chegou a experimentar o efeito solo em 1977, mas foi no ano seguinte que implementou a tecnologia em definitivo. O time venceu oito corridas naquele ano e conquistou o mundial de construtores e o mundial de pilotos com Mario Andretti.
1978 - Lotus
Andretti venceu seis provas e somou 64 pontos, 13 a mais que seu companheiro de equipe, Ronnie Peterson. A Lotus só não venceu todas as etapas do mundial porque seu carro tinha problema de confiabilidade, algo comum na antiga F1.
Colin Chapman: o criador, mas nem tanto
Colin Chapman, o projetista chefe e proprietário da Lotus, colhe até hoje os louros pelo sucesso do efeito solo na F1. No entanto, apesar de ser o idealizador do carro vencedor, os responsáveis por trazer o efeito solo para a equipe foram Tony Rudd e Peter Wright, que já tinham tentado algo similar na BRM no final dos anos 60.
1978 - Brabham BT46B Alfa Romeo
Além da Lotus, outras equipes de várias categorias já estavam perseguindo ideias semelhantes desde o começo da década de 70. A Brabham foi quem mais se aproximou de bater a Lotus em 1978.
1978 - Brabham BT46B
Niki Lauda venceu a etapa da Suécia da F1 com um carro que usava um ventilador para "chupar" o ar debaixo do carro e forçar o efeito solo. No entanto, a tecnologia do time foi banida antes do fim da temporada.
1978 - Jody Scheckter, Ferrari 312T4
Apesar de não usar o efeito solo em 1978, a equipe italiana foi vice-campeã em 1978, graças à confiabilidade do carro que venceu todas as vezes que a Lotus teve problemas. Em 1979, a Ferrari reuniu o que tinha de melhor do carro do ano anterior com uma versão própria do efeito solo, e com isso dominou o campeonato. Jody Scheckter venceu e Gilles Villeneuve foi vice.
1980 - Williams FW07B Ford Cosworth
A Williams resolveu dois problemas do efeito solo e faturou a temporada de 1980 com Alan Jones. A equipe conseguiu reduzir os custos da solução e fazer com que as peças se ajustassem às curvas, evitando a perda do efeito fora das retas.
1980 - Nelson Piquet, Brabham BT49-Ford Cosworth
Nelson Piquet venceu suas primeiras corridas a bordo de uma Brabham naquele mesmo ano e fez frente à Alan Jones no campeonato mundial.
1980 - Brabham BT49
O brasileiro triunfou três vezes na temporada e chegou a liderar o campeonato.
1980 - Nelson Piquet (Brabham) e Alan Jones (Williams)
No entanto, a falta de confiabilidade do carro acabou impedindo Piquet de pontuar nas duas últimas etapas, enquanto Jones vencia as provas e superava o brasileiro, sagrando-se campeão mundial.
1981 - Nelson Piquet, Brabham BT49C
O ano foi um dos mais disputados da história da categoria, com sete pilotos de seis equipes diferentes vencendo corridas.
1981 - Nelson Piquet, Brabham
Nelson Piquet brilhou no carro da Brabham, que era capaz de se ajustar às curvas para manter o efeito solo e vencer a concorrência. O brasileiro conquistava ali o primeiro título mundial de sua galeria.
1982 - Keke Rosberg, Williams FW08
No último ano do efeito solo na categoria, Rosberg se valeu da regularidade para ser campeão mundial.
1982 - Keke Rosberg, Williams
Naquele ano, 11 pilotos diferentes venceram corridas, mas o finlandês, que venceu apenas uma, chegou mais vezes nos pontos do que todos os rivais e levou o caneco.
1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo
Os acidentes se tornaram frequentes com o avanço do efeito solo, pois bastava o carro tocar no chão para o efeito ser totalmente cancelado, fazendo com que os pilotos perdessem o controle do carro. Dois dos acidentes foram fatais. Na imagem acima, o acidente que tirou a vida de Gilles Villeneuve.
1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo
O último acidente fatal daquele ano foi o de Riccardo Paletti, no Canadá. Logo em seguida, a FIA decidiu eliminar totalmente o efeito solo. Depois do acidente de Paletti, as próximas mortes durante em um fim de semana de GP foram as de Ratzenberger e Senna em Imola, 12 anos depois.
2021 - O retorno do efeito solo
Em 2019, a F1 está decidindo os rumos que tomará no futuro. Buscando aumentar as ultrapassagens e o espetáculo, a categoria decidiu reintroduzir a tecnologia a partir de 2021.
18

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Após pódio, Sainz diz: "GP do Brasil foi minha melhor corrida na F1"
Próximo artigo F1 considera nova regra para recriar relargada "mágica" do GP do Brasil

Principais comentários

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Motorsport prime

Descubra conteúdo premium
Assinar

Edição

Brasil