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Primeiro negro a pilotar carro de F1 diz que diversidade na categoria está “anos-luz à frente dos EUA”

Willy T. Ribbs afirmou que F1 está muito avançada em relação ao automobilismo norte-americano em questões de diversidade

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG Petronas F1, Sebastian Vettel, Ferrari, Carlos Sainz Jr., McLaren, and the other drivers gather around the trophies prior to the start in support of the End Racism campaign

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG Petronas F1, Sebastian Vettel, Ferrari, Carlos Sainz Jr., McLaren, and the other drivers gather around the trophies prior to the start in support of the End Racism campaign

Mark Sutton / Motorsport Images

Willy T. Ribbs foi o primeiro negro a pilotar um carro de Fórmula 1 em 1986 quando realizou um teste pela Brabham. O ex-piloto, que também abriu um caminho semelhante nas 500 Milhas de Indianápolis quando se classificou para a prova em 1991, afirmou nesta semana que a F1 está “anos-luz” à frente do automobilismo dos EUA no aprimoramento da diversidade e elogiou os pilotos pela coragem nas recentes mensagens antirrascimo na categoria.

Em meio ao ativismo ao redor do mundo condenando o racismo na últimas semanas, um grande foco tem sido colocado em melhorar a diversidade dentro do esporte a motor, liderado principalmente por Lewis Hamilton.

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O piloto inglês se tornou o primeiro piloto negro em tempo integral na F1 em 2007 e é um dos pilotos com mais sucesso na história da categoria, além de ser a principal voz nos esforços recentes para condenar o racismo e tornar o esporte mais diverso.

Ribbs tem sido um convidado de Hamilton no GP dos Estados Unidos nos últimos anos e destacou a importância da liderança do piloto da Mercedes na luta por diversidade na Fórmula 1, afirmando que ele ajudou a categoria a se destacar em relação ao automobilismo norte-americano.

“A Fórmula 1 está anos-luz à frente de qualquer coisa que a América está fazendo, anos-luz, até esse momento”, disse Ribbs no podcast da F1 ‘Beyond The Grid’.

“Eu acho que o que aquele jovem está fazendo é fabuloso. A Fórmula 1 é um esporte mundial, uma plataforma enorme. Muitos atletas, especialmente aqueles aqui nos EUA, têm medo de perder dinheiro, eles têm medo de perder seu valor comercial.”

“O Lewis colocou tudo em risco e estou vendo todos esses outros pilotos na F1, todos esses jovens pilotos, eles estão todos corajosos. Eles estão corajosos e fazendo a coisa certa”.

“É o que Muhammad Ali fez, Muhammad Ali teve coragem. Estou orgulhoso deles. E estou orgulhoso da Fórmula 1, e a Mercedes principalmente. Estou vestido totalmente de preto, por conta da Mercedes”.

A Mercedes trocou a pintura de seu carro para uma totalmente preta na temporada de 2020, em uma forte mensagem antirrascimo, enquanto a F1 lançou a campanha ‘We Race As One’ (em português, ‘Corremos como um só’), mirando um esporte mais diverso e inclusivo. 

Mas Ribbs disse que a mensagem e o perfil de Hamilton foram importantes para promover uma mudança real na F1 e torná-la mais diversa, algo que ele acredita ser um ponto-chave para sua “sobrevivência”.

“Seis títulos mundiais constroem credibilidade. Não há credibilidade maior que essa”, disse Ribbs. “Ele agora pode usar isso. A F1 pode usar isso e eles devem usar isso. Pegue a marca de Lewis Hamilton, que o mundo inteiro está vendo, e traga esses jovens juntos para a sobrevivência do esporte. Não trazendo apenas diversidade ao esporte, mas por sua sobrevivência.”

“Hamilton pode mudar uma tonelada de coisas. Eu gostaria de me juntar a ele nisso. Lewis se deparou com muita oposição, mas não recebeu ameaças de morte. Eu sei um pouco do quão difícil é.”

"O mesmo com esse jovem garoto da NASCAR, Bubba Wallace, esses garotos não sabem o quão difícil foi. Mas lidei com isso de uma maneira diferente. Eu nunca reclamei sobre isso. Se eu lidei com isso, lidei com meus punhos. Foi assim que lidei com o racismo e continuarei a lidar com isso dessa maneira”.

"Acho que o esporte agora vê aqui uma grande oportunidade para expandir realmente sua base. Mantenha esse momento. Traga o próximo Lewis Hamilton."

“A Fórmula 1 tem pilotos de todo o mundo, de diferentes países. A Fórmula 1 parece progressista. Nenhum dos outros esportes tem, apesar da NASCAR ter Bubba Wallace.”

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