Renault confirma permanência na F1 apesar de grave crise econômica
A montadora anunciou que continua comprometida com o programa da F1 pelos próximos anos, impulsionado pelo novo teto orçamentário


Há algum tempo, já haviam dúvidas sobre a presença da Renault na Fórmula 1 nos próximos anos, e a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 aumentou ainda mais essas interrogações, devido ao impacto sofrido pela montadora. Porém, a CEO interina da Renault confirmou a permanência da empresa na categoria para os próximos anos.
A Renault foi atingida em cheio pela crise causada pela pandemia, e anunciou corte de 15 mil postos de trabalho ao redor do mundo, como parte de um esforço para economizar dois bilhões de euros (R$ 12 bilhões) nos próximos três anos.
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A queda de Carlos Ghosn, seguida da demissão de seu sucessor, Thierry Bolloré, criaram uma turbulência ainda maior dentro da organização.
Inevitavelmente, isso colocou um holofote na equipe da F1 que, assim como o resto da empresa, se tornou parte de uma revisão estratégica nos últimos meses.
O momento era visto como ideal, devido ao final da versão atual do Pacto de Concórdia, o que dava à Renault a oportunidade de reconsiderar seu futuro. Junto com a falta de equipes clientes para a unidade de potência da montadora em 2021, a situação era fácil para uma retirada da equipe da categoria.
Porém, a mudança obtida com o teto orçamentário de 2021, que foi confirmada formalmente pela FIA essa semana, permitiu aos donos e investidores da equipe terem uma ideia muito mais clara sobre os gastos no futuro, com o orçamento restrito a 145 milhões de dólares (R$ 780 milhões), e caindo para 135 milhões (R$ 720 milhões) em 2023.
Clotilde Delbos, a chefe financeira da Renault e atual CEO interina, deixou claro que essas mudanças foram cruciais para a decisão da companhia.
"Nós dissemos publicamente e confirmamos nosso compromisso com a Fórmula 1", disse ela em uma ligação com analistas hoje. "O anúncio do novo regulamento e do teto de gastos é muito bom porque teremos que investir menos nesse programa".
O chefe da Renault na F1, Cyril Abiteboul, deixou claro que o automobilismo é uma parte essencial da marca.
"O automobilismo tem um valor único e uma grande contribuição para isso", disse Abiteboul ao Motorsport.com recentemente. "É por isso que acreditamos nisso, assim como acreditamos em atividades de marketing, mas aqui é um esporte, é uma base da tecnologia".
"Isso é corrida, isso também é emoção, e a Renault acredita na emoção. Então isso significa muito. E é por isso que estamos fazendo isso há décadas e pretendemos continuar fazendo isso por muito tempo".
"Você precisa de uma narrativa clara para explicar ao consumidor porque ele precisa estar interessado em sua marca e seu produto, ao invés dos concorrentes. E eu acho que o que você tem em seu DNA, em sua história e seu legado conta até mais que outras coisas".
GALERIA: Relembre os carros da Renault na F1

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