Ricciardo: Alonso e Renault 2005 mostram que F1 precisa ter volta do “fator uau”

Piloto australiano também disse que “qualquer novato que entre em um V10 fica muito mais intimidado do que com um V6”

Fernando Alonso, Renault F1 Team with the 2005 Renault R25

Foto de: Renault Sport

Fernando Alonso causou um alvoroço no paddock da Fórmula 1 em Abu Dhabi, depois de dar algumas voltas de demonstração em sua Renault campeã da temporada de 2005. Após o barulho do icônico motor V10 ecoar por Yas Marina e impressionar a todos os presentes, Daniel Ricciardo afirmou que a demonstração do espanhol com o Renault R25 deve servir como um lembrete de que os carros de F1 precisam trazer de volta o fator ‘uau’.

O som estridente do motor V10, aliado à agilidade do chassi, atraiu a admiração de todos na F1 - e reabriu o debate sobre se os carros atuais proporcionam ou não tais emoções. Ricciardo, inclusive, concorda que o R25 é um carro "intimidador", pois ele sugere que há elementos dele que não podem ser igualados pelos atuais V6s turbo híbridos.

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“Assisti o onboard e foi muito legal”, disse Ricciardo. “Acho que quem pensa que o Fernando é um pouco velho, não é não. Acho que ele só conhece uma velocidade e é rápida! Mesmo com as zebras, ele não estava tímido, ele não estava nada tímido para acelerar com o equipamento”.

“Eu não tinha cronômetro, mas sei que ele estava muito mais lento do que nós. Mas parecia mais rápido porque soava mais impressionante - e esse é o V10”.

“Grita. Tem o fator 'uau'. Ele tem o fator medo também. Acho que qualquer novato que entre em um V10 fica muito mais intimidado do que com um V6”.

A falta de som dos motores turbo híbridos atuais tem sido uma fonte constante de críticas desde 2014, com as unidades de potência sendo muito mais silenciosas em comparação com os V8 e V10s mais antigos.

Com a F1 mudando para uma nova fórmula de motor a partir de 2026, no máximo, pode haver uma oportunidade de mudar isso e torná-los mais barulhentos - permitindo que aumentem as rotações ou removendo o MGU-H.

Questionado se acha que isso é uma obrigação para a F1, Ricciardo disse: “Acho que sim. Certamente para o envolvimento com os fãs, e novamente é o fator 'uau'".

“Lembro que ainda tenho uma memória fotográfica minha chegando em Melbourne, Albert Park, quando era criança com meu pai. Lembro que saímos do táxi para pegar a mala quando chegamos ao hotel e pude ouvir os carros de F1 vindo da pista”.

“O eco veio até a cidade, e eu lembro que olhei para o papai, nos olhamos e ficamos arrepiados. Então houve aquele fator uau”.

“Não me interpretem mal, visualmente os carros que temos agora tem um fato 'uau' maior do que nunca, porque são muito rápidos. Mas eles não têm aquela intimidação por trás do som: aquele rugido e aquele grito”.

“É como um avião de combate, um F-18. Se fossem elétricos, não pareceriam tão legais, não é?”.

“O som cria atmosfera. Se você vai a um show ou festival ao vivo, são os grandes alto-falantes, é a atmosfera e isso é muito do tempo, do volume. As pessoas pagam por isso. Eles ficam animados com isso”.

“E falando em primeira mão, minha primeira vez [em um carro de F1], era apenas um V8, mas quando o mecânico dá a partida na parte de trás e você ouve um rugido ... é assustador”.

“Então, eu acho que para as crianças que estão entrando, provavelmente falta esse tipo de uau, aquele susto, inicialmente”.

 

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