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Ricciardo: Fórmula 1 mostrará desespero se adotar grid invertido

Piloto australiano da Renault seguiu a linha dos colegas da categoria e criticou a ideia de mudar o formato

Daniel Ricciardo, Renault R.S.19, leads Sergio Perez, Racing Point RP19, Lance Stroll, Racing Point RP19, and Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C38

Daniel Ricciardo, Renault R.S.19, leads Sergio Perez, Racing Point RP19, Lance Stroll, Racing Point RP19, and Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C38

Mark Sutton / Motorsport Images

Em meio às discussões sobre corridas com grid invertido na Fórmula 1, Daniel Ricciardo foi taxativo para se manifestar contra a ideia. Segundo o piloto australiano da Renault, a F1 teria que estar "desesperada" para considerar a mudança, que "diluiria o produto".

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O Motorsport.com questionou Ricciardo logo após as contundentes manifestações do britânico Lewis Hamilton, da Mercedes. O pentacampeão reprovou veementemente a possibilidade e seu colega australiano corroborou a visão do líder do campeonato.

"Não acho que seja a hora certa. Não acho que seja ótimo. Acho que se as regras de 2021 entregarem o que devem, não há motivo para alterar o formato. E isso também diluiria muito o fim de semana. A sugestão é um pouco desesperada e não acho que seja o momento”, comentou Ricciardo, que faz sua primeira temporada na Renault (relembre os carros da escuderia abaixo).

1977: Renault RS01

1977: Renault RS01

Foto de: Sutton Motorsport Images

Piloto: Jean-Pierre Jabouille
1978: Renault RS01

1978: Renault RS01

Foto de: LAT Images

Piloto: Jean-Pierre Jaboullie
1979: Renault RS10

1979: Renault RS10

Foto de: LAT Images

Pilotos: Rene Arnoux, Jean-Pierre Jabouille
1980: Renault RE20

1980: Renault RE20

Foto de: LAT Images

Pilotos: Rene Arnoux, Jean-Pierre Jaboullie
1981: Renault RE30

1981: Renault RE30

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Rene Arnoux, Alain Prost
1982: Renault RE30

1982: Renault RE30

Foto de: LAT Images

Pilotos: Rene Arnoux, Alain Prost
1983: Renault RE40

1983: Renault RE40

Foto de: LAT Images

Pilotos: Eddie Cheever, Alain Prost
1984: Renault RE50

1984: Renault RE50

Foto de: Jean-Philippe Legrand

Pilotos: Philippe Streiff, Patrick Tambay, Derek Warwick
1985: Renault RE60

1985: Renault RE60

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Francois Hesnault, Patrick Tambay, Derek Warwick
2002: Renault R202

2002: Renault R202

Foto de: Renault F1

Pilotos: Jenson Button, Jarno Trulli
2003: Renault R23

2003: Renault R23

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

Pilotos: Fernando Alonso, Jarno Trulli
2004: Renault R24

2004: Renault R24

Foto de: LAT Images

Pilotos: Fernando Alonso, Jarno Trulli, Jacques Villeneuve
2005: Renault R25

2005: Renault R25

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Fernando Alonso, Giancarlo Fisichella
2006: Renault R26

2006: Renault R26

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Fernando Alonso, Giancarlo Fisichella
2007: Renault R27

2007: Renault R27

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Giancarlo Fisichella, Heikki Kovalainen
2008: Renault R28

2008: Renault R28

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Fernando Alonso, Nelson Piquet Jr.
2009: Renault R29

2009: Renault R29

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Fernando Alonso, Nelson Piquet Jr., Romain Grosjean
2016: Renault R.S.16

2016: Renault R.S.16

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Kevin Magnussen, Jolyon Palmer
2017: Renault R.S.17

2017: Renault R.S.17

Foto de: Sutton Motorsport Images

Pilotos: Nico Hülkenberg, Jolyon Palmer, Carlos Sainz Jr.
2018: Renault R.S.18

2018: Renault R.S.18

Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images

Pilotos: Nico Hülkenberg, Carlos Sainz Jr.
2019: Renault R.S.19

2019: Renault R.S.19

Foto de: Renault Sport

Pilotos: Nico Hülkenberg, Daniel Ricciardo
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"Há alguns esportes, como o UFC, que eu amo, em que você vê uma luta o tempo todo, mas fica menos empolgado, menos interessado, porque sempre tem uma. Então se sempre há uma corrida, ela perde parte do seu valor. Prefiro manter como está”, analisou o australiano.

Ricciardo também criticou o fato de que os pilotos pouco foram ouvidos quanto à formulação das novas regras. "Isso é algo que nos frustra bastante. As coisas chegam a nós pela mídia e estamos tipo: ‘por que não fomos informado sobre isso?’”, ponderou.

"É por isso que tentamos nos esforçar mais nos últimos anos para garantir que estejamos envolvidos. Porque, ao longo dos últimos anos, algumas coisas foram decididas sem consultar os pilotos”.

"Especialmente se é algo em que nós sentimos fortemente, então acho que nossa opinião é mais valiosa do que a de qualquer outra pessoa. Acho que estamos progredindo, mas eles nem sempre gostam de nos envolver - no passado, não o fizeram”, completou Ricciardo.

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Efeito solo

A principal mudança prevista para 2021 é a reintrodução do efeito solo. O controverso sistema que 'gruda' os carros ao chão e beneficia as ultrapassagens já foi banido da F1 no passado por ser considerado perigoso. No entanto, os entusiastas lembram que a competição era mais acirrada no período em que a tecnologia esteve presente. Relembre as curiosidades sobre o efeito solo: 

1970 - Chaparral 2J-Chevrolet

1970 - Chaparral 2J-Chevrolet

Foto de: LAT Images

A tecnologia foi primordialmente explorada pela equipe Chaparral, que utilizou o modelo 2J no campeonato norte americano de protótipos, o Can-Am. No entanto, mesmo sem ter conquistado nenhuma vitória, a novidade foi banida da categoria.
1978 - Lotus

1978 - Lotus

Foto de: Rainer W. Schlegelmilch

A equipe chegou a experimentar o efeito solo em 1977, mas foi no ano seguinte que implementou a tecnologia em definitivo. O time venceu oito corridas naquele ano e conquistou o mundial de construtores e o mundial de pilotos com Mario Andretti.
1978 - Lotus

1978 - Lotus

Foto de: LAT Images

Andretti venceu seis provas e somou 64 pontos, 13 a mais que seu companheiro de equipe, Ronnie Peterson. A Lotus só não venceu todas as etapas do mundial porque seu carro tinha problema de confiabilidade, algo comum na antiga F1.
Colin Chapman: o criador, mas nem tanto

Colin Chapman: o criador, mas nem tanto

Foto de: Sutton Motorsport Images

Colin Chapman, o projetista chefe e proprietário da Lotus, colhe até hoje os louros pelo sucesso do efeito solo na F1. No entanto, apesar de ser o idealizador do carro vencedor, os responsáveis por trazer o efeito solo para a equipe foram Tony Rudd e Peter Wright, que já tinham tentado algo similar na BRM no final dos anos 60.
1978 - Brabham BT46B Alfa Romeo

1978 - Brabham BT46B Alfa Romeo

Foto de: LAT Images

Além da Lotus, outras equipes de várias categorias já estavam perseguindo ideias semelhantes desde o começo da década de 70. A Brabham foi quem mais se aproximou de bater a Lotus em 1978.
1978 - Brabham BT46B

1978 - Brabham BT46B

Foto de: Sutton Motorsport Images

Niki Lauda venceu a etapa da Suécia da F1 com um carro que usava um ventilador para "chupar" o ar debaixo do carro e forçar o efeito solo. No entanto, a tecnologia do time foi banida antes do fim da temporada.
1978 - Jody Scheckter, Ferrari 312T4

1978 - Jody Scheckter, Ferrari 312T4

Foto de: LAT Images

Apesar de não usar o efeito solo em 1978, a equipe italiana foi vice-campeã em 1978, graças à confiabilidade do carro que venceu todas as vezes que a Lotus teve problemas. Em 1979, a Ferrari reuniu o que tinha de melhor do carro do ano anterior com uma versão própria do efeito solo, e com isso dominou o campeonato. Jody Scheckter venceu e Gilles Villeneuve foi vice.
1980 - Williams FW07B Ford Cosworth

1980 - Williams FW07B Ford Cosworth

Foto de: LAT Images

A Williams resolveu dois problemas do efeito solo e faturou a temporada de 1980 com Alan Jones. A equipe conseguiu reduzir os custos da solução e fazer com que as peças se ajustassem às curvas, evitando a perda do efeito fora das retas.
1980 - Nelson Piquet, Brabham BT49-Ford Cosworth

1980 - Nelson Piquet, Brabham BT49-Ford Cosworth

Foto de: LAT Images

Nelson Piquet venceu suas primeiras corridas a bordo de uma Brabham naquele mesmo ano e fez frente à Alan Jones no campeonato mundial.
1980 - Brabham BT49

1980 - Brabham BT49

Foto de: Sutton Motorsport Images

O brasileiro triunfou três vezes na temporada e chegou a liderar o campeonato.
1980 - Nelson Piquet (Brabham) e Alan Jones (Williams)

1980 - Nelson Piquet (Brabham) e Alan Jones (Williams)

Foto de: Jean-Philippe Legrand

No entanto, a falta de confiabilidade do carro acabou impedindo Piquet de pontuar nas duas últimas etapas, enquanto Jones vencia as provas e superava o brasileiro, sagrando-se campeão mundial.
1981 - Nelson Piquet, Brabham BT49C

1981 - Nelson Piquet, Brabham BT49C

Foto de: LAT Images

O ano foi um dos mais disputados da história da categoria, com sete pilotos de seis equipes diferentes vencendo corridas.
1981 - Nelson Piquet, Brabham

1981 - Nelson Piquet, Brabham

Foto de: Sutton Motorsport Images

Nelson Piquet brilhou no carro da Brabham, que era capaz de se ajustar às curvas para manter o efeito solo e vencer a concorrência. O brasileiro conquistava ali o primeiro título mundial de sua galeria.
1982 - Keke Rosberg, Williams FW08

1982 - Keke Rosberg, Williams FW08

Foto de: Sutton Motorsport Images

No último ano do efeito solo na categoria, Rosberg se valeu da regularidade para ser campeão mundial.
1982 - Keke Rosberg, Williams

1982 - Keke Rosberg, Williams

Foto de: Williams F1

Naquele ano, 11 pilotos diferentes venceram corridas, mas o finlandês, que venceu apenas uma, chegou mais vezes nos pontos do que todos os rivais e levou o caneco.
1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

Foto de: LAT Images

Os acidentes se tornaram frequentes com o avanço do efeito solo, pois bastava o carro tocar no chão para o efeito ser totalmente cancelado, fazendo com que os pilotos perdessem o controle do carro. Dois dos acidentes foram fatais. Na imagem acima, o acidente que tirou a vida de Gilles Villeneuve.
1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

Foto de: LAT Images

O último acidente fatal daquele ano foi o de Riccardo Paletti, no Canadá. Logo em seguida, a FIA decidiu eliminar totalmente o efeito solo. Depois do acidente de Paletti, as próximas mortes durante em um fim de semana de GP foram as de Ratzenberger e Senna em Imola, 12 anos depois.
2021 - O retorno do efeito solo

2021 - O retorno do efeito solo

Foto de: Giorgio Piola

Em 2019, a F1 está decidindo os rumos que tomará no futuro. Buscando aumentar as ultrapassagens e o espetáculo, a categoria decidiu reintroduzir a tecnologia a partir de 2021.
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