Risco de atrasos de frete fogem do controle da F1, diz chefe da Haas

Materiais de três equipes correram o risco de não chegar em Melbourne a tempo para o GP se não fosse uma 'missão de resgate'

Freight arrives

Freight arrives

Mark Sutton / Motorsport Images

Em meio a problemas mundiais com o envio de cargas, a Fórmula 1 se livrou por pouco de uma dor de cabeça no GP da Austrália com equipamentos de três equipes que não chegariam a tempo se não fosse por uma missão de resgate. Mas para Gunther Steiner, chefe da Haas, que foi diretamente afetado por isso em 2022, a F1 pode se encontrar sem ter como resolver um caso desses no futuro.

Para evitar atrasos ou interferências na programação do GP em Melbourne, a DHL, parceira da F1, precisou redirecionar o navio de volta para Singapura, retirar a carga e colocá-lo em três aviões com destino à Austrália.

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Enquanto a F1 se livrou de uma dor de cabeça ali, a MotoGP precisou cancelar as atividades de sexta-feira no GP da Argentina da semana passada quando dois aviões com materiais sofreram problemas técnicos e ficaram parados por dias aguardando os reparos.

A disrupção crescente aos fretes ao redor do mundo abrem o risco de que o compacto calendário da F1 neste ano esteja exposto a problemas. E enquanto Steiner, cuja equipe perdeu a primeira sessão de testes no Bahrein por problemas de envio de equipamento, afirma que a F1 faz o possível para evitar coisas do tipo, ele está ciente de que alguns casos vão além do possível.

"Acho que a F1 trata isso com seriedade, mas é um daqueles cenários que você não tem como controlar. Todos sabemos que é difícil agora, especialmente com a invasão da Ucrânia. Acho que há muitos aviões de carga fora de ação por causa das sanções às empresas russas, porque elas controlam boa parte dos voos".

"Então não vai ficar mais fácil. E os navios também, sabemos das dificuldades. Mas é uma dessas coisas que fogem do seu controle. Enquanto você não tiver os seus próprios aviões, você sempre terá que contar com a ajuda dos outros".

"Com sorte, podemos superar isso com muito esforço. Acho que, no momento, ninguém tem garantias de que as coisas sempre chegarão ao lugar certo na hora certa".

Guenther Steiner, Team Principal, Haas F1

Guenther Steiner, Team Principal, Haas F1

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

Além dos problemas logísticos envolvendo os momentos de entrega dos fretes, os custos de transporte também subiram dramaticamente nos últimos meses.

Paul Fowler, vice-presidente de logística de automobilismo da DHL, revelou um dado preocupante na última semana: "Agora temos quase que uma guerra de lances. Os valores de envio da Europa para a Ásia e de volta para a Europa, que antes eram de cerca de 900 dólares por container, agora está próximo de 20 mil dólares".

O aumento nos custos podem atingir em cheio as equipes da F1, especialmente em uma era de teto orçamentário, com um limite de gastos. Steiner defende que a categoria precisa olhar com calma a situação e potencialmente aumentar o teto, para garantir que as equipes não se encontrem em um cenário de estourar o orçamento sem ter culpa.

"Está subindo, e sempre que falamos sobre isso está mais caro", disse Steiner. "Em algum momento, precisaremos olhar para os números e, obviamente, precisamos lidar com essas coisas. Todos estão enfrentando o mesmo problema, ele está presente para todos".

"No final, ninguém tem uma desvantagem desde que todos recebam um aumento. É preciso lidar com isso e ver como navegar para chegarmos ao fim da temporada com o orçamento intacto e onde queremos estar".

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