"Sujinho" é sucesso no GP de Cingapura; só falta Galvão
Pata de rã, carcaça de caranguejo e rabo de arraia. Não, não é o cenário de um livro de Harry Potter ou episódio de Game of Thrones. Estamos no mais legítimo glamour da F1
Foto de: Reprodução
Na segunda corrida noturna do calendário, um ambiente totalmente diferente do que imagina o fã da categoria, que visualiza sempre os iates de Mônaco e os prédios coloridos em Abu Dhabi, é o "point" onde repórteres, narradores, comentaristas e até ex-pilotos, se reúnem para bater papo, dar risada e, principalmente, se manterem acordados. Tudo isso regado a cerveja e uma comida que, se no visual assustaria ao mais desprendido dos padrões de higiene modernos, no paladar é mais do que saborosa.
A descoberta do "Sujinho", como os profissionais brasileiros chamam o local, aconteceu em 2011. Fotógrafos europeus se hospedaram próximo ao lugar, que nada mais é que uma praça de alimentação ao ar livre com quatro quiosques de aparência duvidosa. A necessidade de frequentar o espaço é o fato do GP de Cingapura ser noturno, o que leva os membros do circo da F1 a deixarem a pista muito tarde e, consequentemente, não encontrarem restaurantes abertos.
A primeira "cobaia" brasileira convocada pelos fotógrafos foi a repórter Tatiana Cunha, do jornal Folha de São Paulo. "Quando cheguei ao local desconfiei. Mas é comum na Ásia restaurantes simples de boa comida."
Além de forrar o estômago, todos que lá vão precisam se manter acordados. Com a necessidade de chegar à pista por volta das 18 horas, os jornalistas precisam dormir o mais tarde possível. Uma justificativa profissional para uma "baladinha disfarçada" entre colegas que pouco tempo têm para confraternizar.
"O que começou com um grupo de 5 pessoas já chegou a ter 30. "Virou realmente uma parada obrigatória durante o fim de semana", acrescenta Tatiana.
O mais curioso é que o nível da "freguesia" aumentou ao longo dos anos. Até Rubens Barrichello, recordista de GPs na F1, arriscou-se por lá. Vale registrar que sobreviveu e passa bem.
Acompanhando Rubinho, em 2013, estava Átila Abreu, companheiro de Sebastian Vettel na F3 e hoje destaque na Stock Car Brasil. Átila, então comentarista da rádio Jovem Pan, falou ao Motorsport.com sobre a experiência. "O 'Sujinho' é bem típico. Foi uma experiência diferente. Um lugar que você não dá nada, mas com comida muito típica."
"Não sou acostumado a essa culinária, então sofri um pouquinho. Os caras comem umas coisas um pouco exóticas, como arraia e outras iguarias. No fim das contas, fui ao Seven Eleven com o Rubinho para comprar uns biscoitos e não passar tanta fome", diverte-se Átila, que em São Paulo deve frequentar locais melhores com sua namorada, a apresentadora Renata Fan, da TV Bandeirantes. "Mas o ambiente é bem legal, porque lá você encontra muita gente da F1. O papo é divertido!"
O clima de faculdade invadiu o lugar, e até música ao vivo faz parte do repertório. Luis Fernando Ramos, do diário Lance, e Marcelo Courrege, da TV Globo, formam o dueto da imprensa. Os demais enganam. Ramos já escreveu em sua página do Facebook que irá levar o violão na bagagem mais uma vez na edição deste fim de semana.
Praticamente todo o circo da F1, das mais variadas nacionalidades, já compareceu ao "Sujinho". Apenas uma figura marcante não bateu ponto no local: Galvão Bueno. "Esse ano estamos tentando levar ele lá. Em Indianápolis o levamos num restaurante simples, em que saíamos cheirando fritura e ele amou. Vamos ver se encara", afirma Tatiana Cunha, hoje a organizadora dos encontros.
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