Análise

F1: Todt diz que crise atual da Ferrari é menor que a dos anos 90

Segundo o presidente da FIA, sua situação nos anos 90 teria sido melhor se encontrasse a estrutura atual da Ferrari

A Ferrari flag is trailed by a parachutist

A Ferrari flag is trailed by a parachutist

Mark Sutton / Motorsport Images

A Ferrari passa por um momento difícil na Fórmula 1 mas, para o presidente da FIA e ex-diretor da equipe, Jean Todt, a situação atual não pode ser comparada com a que ele encontrou há 27 anos, e que muitos comparam como a última má fase da Scuderia no Mundial.

"Conheço bem a situação", disse Todt. "Vi alguns artigos e as pessoas seguem comparando os momentos, mas a situação é totalmente diferente da que encontrei quando cheguei em Maranello".

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"Sinceramente, gostaria de ter encontrado essa situação que eles têm hoje, porque minha vida teria sido mais fácil".

Segundo o francês, a Ferrari tem a direção adequada para levar a equipe de volta às primeiras posições do grid.

"Agora eles têm uma organização muito forte e bem estruturada; provavelmente em algumas partes não estão no nível que deveriam estar e, nesse sentido, a F1 exige que estejam".

A Ferrari é a sexta entre os construtores e tem lutado para ficar entre os dez primeiros nas últimas provas, o que leva a muitas críticas por parte da imprensa italiana. E, para muitos, sem sinais de mudança para o futuro, o que sugere que 2021 corre o risco de ser tão decepcionante quanto.

Por dentro, o ambiente da equipe não é ideal. Algumas figuras se colocaram na defensiva por medo de perderem o trabalho depois de alguns chefes alimentaram os rumores da chegada de reforços para lidar com o momento de transição para 2022, quando a Ferrari espera se colocar novamente na frente.

Mas o pessimismo não é culpa apenas dos resultados e o presidente executivo John Elkann forneceu o álibi perfeito com suas declarações que geraram desmotivação, em vez de incitar a equipe a buscar uma reação.

Os problemas da Ferrari datam de 2019, quando uma diretiva técnica afetou o desempenho de sua unidade de força, sacrificando 50 cavalos de potência, que ficam evidentes na pista.

Mas o SF1000 não decepciona apenas no motor, porque o carro de Charles Leclerc e Sebastian Vettel já terminou inclusive atrás da Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, mostrando que há problemas no chassi e na aerodinâmica.

O carro nasceu com defeitos e não há sinais de mudança. O congelamento do desenvolvimento devido à Covid tornou isso um problema a mais. Binotto disse que o carro não pode ser mudado apenas com coisas pequenas, sendo necessário uma intervenção profunda.

Ferrari SF1000

(Temporada 2020)

Ferrari SF1000

Motor: Ferrari
Combustível: Shell
Pneus: Pirelli

Pilotos:

16 - Charles Leclerc

5 - Sebastian Vettel

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