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Toro Rosso recebe aprovação para mudar de nome em 2020

Na F1 desde 2006, equipe sediada em Faenza passará a se chamar Alpha Tauri, nome da marca de roupas da Red Bull

Daniil Kvyat, Toro Rosso STR14

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

A Toro Rosso conseguiu aprovação para ter o nome da equipe alterado em 2020 e assim o time será rebatizado para Escuderia Alpha Tauri. No mês passado, descobriu-se que a Red Bull queria mudar o nome da sua equipe júnior, que usa há 15 temporadas um nome que significa exatamente “Red Bull” em italiano.

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A equipe afiliada da Red Bull está no grid desde 2006, quando a empresa de energéticos comprou a Minardi, equipe que esteva na F1 entre 1985 e 2005, para que tivesse um ‘time júnior’ para dar experiência a seus pilotos do programa de desenvolvimento da marca.

O Motorsport.com apurou que a mudança de nome foi aprovada em uma votação eletrônica da Comissão da F1 após o GP da Rússia. Isso significa que a equipe receberá o nome da marca de roupas da Red Bull na próxima temporada.

A grife Alpha Tauri foi lançada há dois anos e recebeu o nome da estrela mais brilhante da constelação de Touro. No Brasil, a estrela em questão é conhecida como Aldebarã.

Conceito da Alpha Tauri

Conceito da Alpha Tauri

Photo by: Camille De Bastiani

Embora as equipes ajustem seus nomes oficiais regularmente para valorizar seus patrocinadores, não é comum que as inscrições sejam alteradas completamente sem que aconteça a troca dos proprietários.

No entanto, a Sauber foi rebatizada para Alfa Romeo Racing em 2019, adotando o nome de seu patrocinador principal, algo incomum na F1, já que a administração e operação da empresa suíça permanecem sendo as mesmas.

A transformação da Force India em Racing Point no meio da temporada em 2018 foi um caso diferente, porque a equipe foi adquirida por novos investidores.

O antigo proprietário da equipe de Silverstone enfrentou problemas financeiros e o time entrou em recuperação judicial, sendo então assumido por um consórcio liderado por Lawrence Stroll, que entrou na F1 com a ‘nova’ equipe.

A própria Toro Rosso passou por uma pequena mudança de nome antes mesmo de começar a competir, em 2006. A equipe de Faenza seria originalmente chamada Squadra Toro Rosso, mas mudou para Escuderia Toro Rosso.

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Temporada agitada para a Toro Rosso

A notícia da mudança de nome da Toro Rosso é mais um capítulo da agitada temporada 2019 na equipe italiana. Entre os fatos de maior relevância, está a troca de pilotos entre Alex Albon, que saiu da STR para ascender à Red Bull, e Pierre Gasly, rebaixado da RBR para a STR. Relembre a dança das cadeiras dos times do grupo de energéticos em galeria exclusiva do Motorsport.com:

Pierre Gasly estreou na Red Bull em 2019, após boa temporada com a Toro Rosso.
Campeão da GP2 em 2016, o francês ficou a meio ponto de conquistar a Super Fórmula em 2017. Naquele ano, estreou pela Toro Rosso, substituindo Daniil Kvyat no GP da Malásia.
Depois de um bom 2018 com a Toro Rosso, Gasly foi promovido. Entretanto, o francês não convenceu na Red Bull e foi rebaixado para dar lugar a Alexander Albon a partir do GP da Bélgica. A troca é a última de uma histórica dança das cadeiras entre equipe principal e júnior na F1.
A primeira 'troca' do grupo aconteceu antes mesmo da criação da Toro Rosso. Foi em 2005, na primeira temporada da Red Bull. Companheiro do escocês David Coulthard, o austríaco Christian Klien foi substituído pelo italiano Vitantonio Liuzzi em quatro GPs na metade do ano.
Em 2006, na primeira temporada da Toro Rosso na F1, Liuzzi fez dupla com o norte-americano Scott Speed (direita). Na Red Bull, Coulthard seguiu tendo Klien como parceiro, mas o austríaco foi substituído pelo holandês Robert Doornbos a quatro provas do fim do ano.
No ano seguinte, o australiano Mark Webber foi contratado para correr ao lado de Coulthard na Red Bull.
2007 foi um ano cheio de mudanças na Toro Rosso. Speed deixou a equipe depois de um ano e meio, após discutir com o chefe da escuderia, Franz Tost, no GP da Europa.
Com a saída de Speed, um jovem chamado Sebastian Vettel assumiu a vaga. A então promessa alemã havia estreado pontuando com a BMW nos Estados Unidos. Vettel disputou as últimas sete corridas de 2007 com a STR, chegando em quarto na China, enquanto Liuzzi foi o sexto.
Na temporada seguinte, Coulthard e Webber seguiram como pilotos titulares da Red Bull.
Liuzzi deu lugar ao francês Sebastien Bourdais na Toro Rosso em 2008. Já Vettel conquistou sua primeira vitória, e a única da equipe, ao triunfar no GP da Itália.
Em 2009, Coulthard se aposentou e Vettel foi promovido.
Quem assumiu a vaga do alemão na Toro Rosso foi o suíço Sebastien Buemi, novo companheiro de Bourdais.
O francês, porém, não rendeu como o esperado e acabou substituído no meio da temporada. Quem assumiu foi o espanhol Jaime Alguersuari.
Alguersuari e Buemi foram companheiros por duas temporadas e meia, entre os anos de 2009 e 2011.
Para 2012, entretanto, a Toro Rosso dispensou a dupla. Os substitutos foram Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Buemi seguiu como piloto de testes na Red Bull e mais tarde rumaria para a Fórmula E, na qual tem um título. Alguersuari largou o automobilismo e hoje se dedica à carreira de DJ.
Em 2014, Webber se aposentou e foi substituído por Ricciardo na Red Bull.
Com isso, Kvyat assumiu o posto de piloto da Toro Rosso ao lado de Vergne.
Em 2015, Vettel foi para a Ferrari e foi substituído por Kvyat. Já Vergne foi dispensado e também foi para a F-E, na qual é o atual bicampeão.
Com as saídas de Kvyat e Vergne, Max Verstappen e Carlos Sainz assumiram as vagas da Toro Rosso. Eles foram companheiros durante um ano e meio.
Em maio de 2016, Verstappen foi promovido para a Red Bull e venceu logo em sua primeira corrida, na Espanha. Kvyat, em má fase, foi rebaixado para a Toro Rosso.
Em 2017, Ricciardo e Verstappen seguiram na Red Bull. Eles foram companheiros até o fim de 2018.
Kvyat conseguiu manter sua vaga na Toro Rosso em 2017, mas foi amplamente batido por Sainz. Gasly, então, assumiu a vaga do russo. Sainz se transferiu para a Renault antes do fim do ano, sendo substituído pelo neozelandês Brendon Hartley.
Hartley e Gasly se mantiveram na equipe em 2018. No fim do ano passado, porém, o anúncio da ida de Ricciardo para a Renault provocou novas mudanças.
Gasly foi o escolhido para a vaga do australiano, enquanto Hartley foi dispensado e foi para a Ferrari como piloto de simulador, antes de assinar pela Dragon na F-E e correr no WEC. Em seus lugares, a Toro Rosso contratou Albon e Kvyat, que recebeu nova chance na F1.
Na terceira passagem pela Toro Rosso, o russo conquistou o segundo pódio da história da equipe. Ele terminou em terceiro no GP da Alemanha. Não foi o suficiente, porém, para se credenciar a um retorno para a Red Bull.
A contratação de Albon pela Toro Rosso também teve suas complicações. Ele tinha acabado de assinar com a Nissan na F-E, mas voltou atrás para aceitar a proposta da STR.
O novato tailandês tomou o posto de Gasly na Red Bull a partir do GP da Bélgica, ao passo que o francês retornou para sua ex-equipe após 12 provas fracas pelo time principal.
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