Relato do treino livre

Vettel aproveita pista seca e é o mais rápido da sexta-feira em Interlagos

Alemão liderou dobradinha da Ferrari em São Paulo, com Lewis Hamilton terminando apenas na quinta posição

Sebastian Vettel, Ferrari SF90

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Sebastian Vettel foi o mais rápido da sexta-feira de treinos livres do GP do Brasil de F1. O alemão fez 1min09s217 no início da segunda metade da sessão, liderando também a dobradinha da Ferrari, que teve Charles Leclerc na segunda posição, apenas 0s021 mais lento.

Max Verstappen foi o terceiro colocado, seguido da dupla da Mercedes, com Valtteri Bottas à frente de Lewis Hamilton.

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Ao contrário do que aconteceu no TL1, a chuva não esteve presente em Interlagos, com apenas uma pequena garoa aparecendo quase na metade da sessão.

O treino também foi marcado pelo acidente envolvendo Robert Kubica, logo no início. O polonês perdeu o controle de sua Williams na saída da segunda perna do S do Senna e bateu no guardrail, trazendo a bandeira vermelha.

 

O Treino

O segundo treino livre para o GP do Brasil começou sem chuva e Valtteri Bottas iniciou à frente, com 1min10s812. Com pouco mais de cinco minutos de sessão, Robert Kubica bateu no guardrail, após perder o controle na saída do 'S do Senna'. A bandeira vermelha foi acionada.

Após oito minutos de paralisação, a pista foi liberada e Lewis Hamilton tomou a ponta, com 1min09s938.

Com 20 minutos de sessão, foi a vez de Leclerc assumir a liderança, mas foi superado pelo seu companheiro de equipe, que cravou 1min09s570, de pneus médios.

Logo depois, a chuva parecia que voltaria, mas ficou apenas na ameaça.

Na metade do treino, Kvyat rodou no ‘S do Senna’, mas sem grandes prejuízos.

A esta altura, os pilotos começavam a fazer volta com o composto macio. Vettel melhorou sua marca com 1min09s217, seguido de Leclerc, apenas 0s021 mais lento. A dupla da Mercedes, liderada por Bottas, ocupava as duas posições seguintes.

Logo depois, Verstappen se colocou entre as Ferraris e Mercedes, na terceira colocação, a 0s134 do líder.

Faltando 20 minutos para o fim, o motor de Gasly estourou, com o piloto parando sua Toro Rosso e trazendo o safety car virtual. Após a remoção, a sessão foi retomada.

 

A outra Toro Rosso, de Daniil Kvyat, saiu da pista na Junção, encostando de leve na barreira de pneus, faltando sete minutos. Com bandeira vermelha acionada, a sessão não foi retomada e Vettel foi o mais veloz da sexta-feira.

O terceiro treino livre para o GP do Brasil de F1 acontece neste sábado, meio-dia, com a classificação agendada para as 15h, horários de Brasília.

Resultado final 

Cla # Piloto Chassi Motor Voltas Tempo Diferença Intervalo km/h
1 5 Germany Sebastian Vettel Ferrari Ferrari 30 1'09.217     224.112
2 16 Monaco Charles Leclerc Ferrari Ferrari 35 1'09.238 0.021 0.021 224.044
3 33 Netherlands Max Verstappen Red Bull Honda 33 1'09.351 0.134 0.113 223.679
4 77 Finland Valtteri Bottas Mercedes Mercedes 37 1'09.373 0.156 0.022 223.608
5 44 United Kingdom Lewis Hamilton Mercedes Mercedes 39 1'09.440 0.223 0.067 223.392
6 20 Denmark Kevin Magnussen Haas Ferrari 38 1'10.143 0.926 0.703 221.153
7 3 Australia Daniel Ricciardo Renault Renault 32 1'10.194 0.977 0.051 220.993
8 7 Finland Kimi Raikkonen Alfa Romeo Ferrari 39 1'10.210 0.993 0.016 220.942
9 23 Thailand Alexander Albon Red Bull Honda 31 1'10.275 1.058 0.065 220.738
10 55 Spain Carlos Sainz Jr. McLaren Renault 38 1'10.310 1.093 0.035 220.628
11 27 Germany Nico Hulkenberg Renault Renault 31 1'10.325 1.108 0.015 220.581
12 10 France Pierre Gasly Toro Rosso Honda 26 1'10.352 1.135 0.027 220.496
13 99 Italy Antonio Giovinazzi Alfa Romeo Ferrari 36 1'10.419 1.202 0.067 220.287
14 26 Russian Federation Daniil Kvyat Toro Rosso Honda 34 1'10.424 1.207 0.005 220.271
15 11 Mexico Sergio Perez Racing Point Mercedes 31 1'10.443 1.226 0.019 220.212
16 8 France Romain Grosjean Haas Ferrari 38 1'10.504 1.287 0.061 220.021
17 18 Canada Lance Stroll Racing Point Mercedes 33 1'10.568 1.351 0.064 219.822
18 4 United Kingdom Lando Norris McLaren Renault 41 1'10.700 1.483 0.132 219.411
19 63 United Kingdom George Russell Williams Mercedes 36 1'11.818 2.601 1.118 215.995
20 88 Poland Robert Kubica Williams Mercedes 2

Confira as curiosidades do GP do Brasil

O primeiro GP do Brasil foi realizado em 1972, em Interlagos, mas ainda não era válido pelo campeonato mundial, com a vitória de Carlos Reutemann.
No ano seguinte, Emerson Fittipaldi foi o primeiro a triunfar em uma corrida oficial da F1 no mesmo local, pela Lotus.
Alain Prost é o maior vencedor da prova, com seis triunfos (1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990). Carlos Reutemann é o segundo, se contarmos também a etapa de 1972, com quatro, junto com Michael Schumacher.
Entre os brasileiros, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna e Felipe Massa venceram em casa em duas ocasiões. José Carlos Pace (foto), que dá nome ao Autódromo de Interlagos, triunfou em 1975.
Piquet poderia estar na frente na contagem brasileira, se não tivesse sido desclassificado da edição de 1982. O tricampeão mundial chegou em primeiro, desmaiou no pódio por causa do forte calor de Jacarepaguá, mas foi desclassificado por estar com o carro mais leve do que o permitido. Prost herdou a vitória, após o mesmo também ter ocorrido com Keke Rosberg.
A McLaren é a equipe que mais venceu no Brasil, em 12 oportunidades, seguido da Ferrari, com 11. A última vez que a equipe britânica venceu foi em 2012, com Jenson Button.
Interlagos teve seus dois traçados clássicos na F1. O de quase 8 mil metros e o atual, que é utilizado desde 1990, quando voltou a receber a categoria, com 4.309m.
O GP do Brasil já foi palco para conquistas de título na F1, especialmente quando a prova foi transferida para a parte final do calendário, a partir de 2004: Fernando Alonso em 2005 e 2006, Kimi Raikkonen em 2007, Lewis Hamilton em 2008, Jenson Button em 2009 e Sebastian Vettel em 2012. Kimi foi o único a se consagrar vencendo.
Um dos momentos mais emocionantes do GP do Brasil foi a vitória de Ayrton Senna em 1991, quando o brasileiro se viu apenas com a sexta marcha e terminando a corrida exaurido, com dificuldades de chegar ao pódio, bem como levantar o troféu.
Em 1993, a chuva deu a tona na segunda vitória do brasileiro, que esteve nos braços do povo após o término da prova.
Apesar de nunca ter vencido no Brasil, Max Verstappen se destacou em duas ocasiões, coincidentemente nas duas vitórias de Lewis Hamilton em Interlagos. Em 2016, o holandês deu um show na chuva que assolava o autódromo, terminando em terceiro...
...e no ano passado, ao se enroscar com Esteban Ocon no S do Senna, perdendo a liderança e a vitória para Hamiltojn e tirando satisfações com o francês após a corrida.
Em 2003 o GP do Brasil terminou apenas duas semanas depois de sua realização. Tudo porque na volta 54, Mark Webber bateu muito forte na Curva do Café, causando a entrada do Safety Car, mas Fernando Alonso bateu no mesmo ponto ao atingir um dos pneus do carro do australiano.
Depois do acidente, foi agitada a bandeira vermelha e a prova foi encerrada. O vencedor do momento, ao contrário do que todos imaginaram, foi Kimi Raikkonen, que ocupava a liderança na volta 53.
Giancarlo Fisichella o havia ultrapassado na volta 54, mas pelo regulamento, o resultado final teria de ser o de duas voltas anteriores à que foi sinalizada a bandeira vermelha. Os fiscais declararam que a bandeira foi sinalizada na volta 55, portanto tornando oficiais os resultados de acordo com o fechamento da volta 53.
Dias depois da corrida, evidências em vídeo mostraram que Fisichella havia, de fato, aberto a volta 56 antes do sinal de interrupção da corrida, fazendo com que o resultado real da prova fosse o do fechamento da volta 54, com o piloto da Jordan na liderança. Fisichella foi oficialmente reconhecido como vencedor duas semanas depois.
No GP de San Marino, em uma cerimônia não-oficial, Raikkonen entregou o troféu de 1° colocado ao piloto da equipe irlandesa.
Cigarro e bebidas: o GP do Brasil tem naming rights desde 1999, quando os cigarros Marlboro batizavam a prova, até 2004. A Petrobras fez o mesmo de 2009 a 2015 e a cervejaria Heineken dá nome à prova desde 2017.
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