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Vettel questiona influência da pandemia em saída da Ferrari: "Não acredito que tenha sido tão decisivo assim"

O tetracampeão falou à TV austríaca sobre a saída da Ferrari e as possibilidades para seu futuro na F1

Sebastian Vettel, Ferrari

Foto de: Ferrari

Durante uma coletiva de imprensa no GP da Áustria de Fórmula 1, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, disse que, apesar de Sebastian Vettel ter sido a primeira opção da equipe, a pandemia levou a montadora a mudar sua preferência. Mas o tetracampeão não engoliu muito essa história e agora está questionando se ela é verdade ou não.

"Acredito que o vírus e a situação da pandemia, mudou o mundo inteiro, não apenas o automobilismo e a F1", disse. "O teto foi bastante modificado, é mais restrito, o regulamento foi adiado de 2021 para 2022, e isso era algo importante para nós".

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"Então, durante o fechamento, na Ferrari, nós tivemos que reconsiderar nossa posição".

Quando perguntado pela primeira vez sobre a decisão da Ferrari de não renovar com ele para 2021, Vettel revelou que a notícia veio através de uma ligação surpresa de Binotto.

"Sim, foi o que eu disse", disse Vettel à emissora de TV austríaca ServusTV. "Acho que nos últimos cinco anos não foi possível atingir o objetivo de ambos. Mesmo assim, acho que teria sido uma opção continuar trabalhando para isso".

"E a comunicação da parte deles também dizia isso. Eles me falaram que queriam continuar. Até eu receber uma ligação do nada, me dizendo que não haveria uma renovação, que não haveria futuro".

"Isso me surpreendeu de primeira. As condições com o corona e mais - não quero ir muito a fundo nisso, mas não acredito que tenha sido tão decisivo assim. Há também notícias de que não havíamos chegado a um acordo sobre questões financeiras. Isso não foi um problema e não teria sido um problema".

"Se você está na F1 há algum tempo e tem sorte o suficiente de ser bem sucedido, você ganha uma certa independência. Isso certamente não teria sido um obstáculo, por isso que foi tão surpreendente".

"Mas, tudo bem, a decisão foi tomada, não tenho um problema com isso e a aceito, mas ainda estou tentando fazer meu trabalho nesse ano e fazer um trabalho melhor que do de ontem, fazendo o melhor para a equipe, criando um bom final".

Vettel insistiu que seus planos para o futuro continuam abertos, mas deixou claro que ele quer continuar correndo no ambiente ideal.

"Honestamente, não tomei uma decisão ainda, e não sei como vai ser. O que é importante, obviamente, é encontrar um ambiente ideal. Eu gostei dos últimos cinco anos em vários aspectos, mas esses cinco anos também me consumiram".

"O objetivo naquele momento era reconstruir a equipe. E, certamente, ambos os lados tentaram de tudo. Mas no final, falhamos, porque o título não veio. Esse era o objetivo. Agora, essa é uma situação nova para mim. É importante encontrar algo que seja bom para mim e divertido. Considero isso muito importante".

"Como mencionei mais cedo, o aspecto financeiro não pesa tanto assim. E, logicamente, ainda sou muito ambicioso, o automobilismo é a minha vida. Não sei fazer outra coisa, com exceção desses últimos três meses, que foram um pouco diferentes".

"Com a vaga certa no lugar certo eu ainda me sentiria em casa com um carro de F1. Acho que as próximas semanas e meses vão mostrar o que é possível, e o que eu posso fazer".

Vettel disse que, assim que recebeu a ligação de Binotto, ele fez contato imediato com Helmut Marko, consultor da Red Bull.

"Eu liguei para ele logo após, mas não para perguntar se eles teriam uma vaga, mas sim porque me dou bem com ele e ele tem sido um amigo há anos".

"Eu pedi conselhos a ele. Descrevi a situação. Ele é conhecido por seguir seu coração. E por isso que eu falei com ele. O que vai acontecer ainda não sabemos. As conversas sobre isso ficam apenas comigo por enquanto".

Quando perguntado sobre a Mercedes, ele deu a entender que era algo que dificilmente aconteceria.

"Acho que a equipe, em sua formatação atual, está muito feliz e indo muito bem. Os últimos anos provam isso. Eu consigo entender eles quererem manter isso. Mas nenhuma decisão foi tomada ainda".

"Em teoria, ambas as vagas ainda estão livres. Mas é claro que Lewis vai ficar se ele quiser. E, depois de ontem, o mesmo vale para Valtteri".

Ele admitiu que tem três opções: achar uma vaga para 2021, tirar um ano sabático e voltar em 2022, ou parar de uma vez.

"Minha mente funciona assim: se você tiver que tomar uma decisão tão perto da saída, você não deve fazer ela de modo que você tenha a esperança de reabri-la. A menos que seja algo claro. Você precisa estar pronto para a possibilidade dessa porta ficar fechada. Em outras palavras: se essa porta não abrir, por qualquer razão que seja, você não pode se arrepender da decisão".

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