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Coluna do Pietro Fittipaldi: Indo às férias com gosto amargo

Em sua nova coluna no Motorsport.com, Pietro Fittipaldi relembra o mais recente capítulo da montanha-russa que vive na temporada da Fórmula V8 3.5

Pietro Fittipaldi, Fortec Motorsports

Foto de: Dutch Photo Agency

Parece que, em Nurburgring, nós não fomos tão fortes como em outras pistas. Terminar as corridas em sexto e sétimo não representam o melhor fim de semana para o campeonato.

Sempre pode ser pior, mas eu queria ter ido às férias de verão com, pelo menos, uma vantagem decente.

Quando comecei o fim de semana, tinha uma vantagem de 14 pontos na liderança. Agora, estou cinco pontos atrás – ainda é perto, então tudo é possível.

Primeiro fim de semana sem uma pole

Pela primeira vez na temporada, não conquistei uma pole position. Estávamos com dificuldades de aderência durante todo o fim de semana, sendo que René [Binder, companheiro de equipe] também sofreu.

O primeiro treino classificatório foi um pouco estranho, porque havia uma nuvem escura no começo e todos saíram logo de cara, basicamente para fechar uma volta decente antes da chegada da chuva.

Tive grande tráfego em minha volta, mas consegui fazer um tempo suficiente para me colocar em segundo lugar. Em seguida, quando colocamos um segundo jogo de pneus, começou a chover bastante, então o treino já estava acabado.

A segunda classificação estava seca e eu fiz meu melhor, mas não consegui maximizar tudo. Estávamos em sexto e sabia que precisaria tirar o máximo da primeira corrida, quando eu largaria da primeira fila.

Tirado por Palou

Tive uma largada mediana na primeira corrida, mas entrei na primeira curva em terceiro. Então, na curva 3, Palou travou pneus e me atingiu na traseira. Meu anti-stall foi acionado, eu quase rodei e voltei à pista em sétimo.

Eu fiquei realmente irritado. Fomos aos comissários e eles deram a ele uma advertência que, se algo acontecesse novamente, ele tomaria uma punição dupla.

Ele não está correndo pelo campeonato e era a primeira volta da corrida. Ele não fez de propósito, apenas cometeu um erro, mas isso me custou muito caro.

Depois disso, era quase impossível ultrapassar, então terminei em sétimo. Aquele incidente me custou todos os pontos importantes.

Foi realmente estranho. Quando corri de F3 em Nurburgring, houve algumas ultrapassagens. Mas, com o FV8 3.5, era realmente difícil.

Os únicos dois lugares para ultrapassar eram a curva 1 e na chicane anterior à última curva. Mas, quando você vai ultrapassar, precisa assumir um risco, talvez dar alguns toques, porque você pode nunca ter um vácuo bom o suficiente para emparelhar lado a lado. Então, você precisa mergulhar com tudo na curva.

Isso não ajudou, obviamente. Eu queria avançar, mas não conseguia.

Jerez foi difícil, mas ao menos dava para fazer algo. Em Aragón, a reta oposta é realmente grande, então sempre dá para ultrapassar. Mas Nurburgring foi a mais difícil de todas elas.

Nada de avanço em corrida seca e molhada

No começo da segunda corrida, a pista estava molhada, então começamos atrás do safety car. Eu queria que chovesse, porque nosso ritmo não estava excepcionalmente bom no seco; na chuva, pelo menos, poderíamos arriscar.

A pista começou a secar, esperamos um pouco e, quando estava seco o suficiente, colocamos os slicks. Estávamos realmente rápidos no começo: alcancei um grupo de carros, passei Diego Menchaca e comecei a pressionar Roy Nissany.

Então, a pista começou a secar e eu fui perdendo ritmo. Não sei por que, mas os outros caras estavam mais rápidos e terminei em sexto.

Três novas pistas para terminar o ano

Temos uma pausa de quase dois meses até a próxima rodada, mas eu queria continuar. Eu gostaria do intervalo se eu tivesse 50 pontos de vantagem na liderança, então eu poderia sentar, relaxar e levar as coisas com calma até a próxima corrida.

Agora que todos estão próximos no campeonato [os seis melhores estão separados por 23 pontos], eu gostaria que a próxima corrida fosse no fim de semana que vem. Quero voltar e ganhar corridas.

Mas as equipes precisam de descanso. Eles trabalharam realmente duro e tenho certeza de que voltaremos logo, porque precisamos nos preparar para as últimas três corridas, no México, Austin e Bahrein.

Eu acredito que eu possa vencer o campeonato, mas será difícil. Nunca fui a Austin ou México e nunca guiei no Bahrein com esse carro.

Também será difícil para as equipes, então será uma luta grande. Todos estarão se esforçando ao máximo e ninguém sabe o que esperar quando chegarmos a essas pistas. Quem se adaptar mais rápido às pistas poderá estar um passo à frente.

Para essas três corridas, vou usar o simulador mais do que nunca, já que temos apenas duas sessões de 50 minutos quando chegarmos lá. Quanto mais eu puder aprender sobre as pistas, melhor, então até mesmo assistirei vídeos da F1 ou de outras categorias.

Vou ligar para o meu tio Max Papi, que já foi a Austin, e ao tio Christian Fittipaldi, que também já correu lá. Meu amigo Nelsinho Piquet foi à Cidade do México e correu somente na pista curta da Fórmula E, mas ao menos ele saberá algumas curvas.

Então, vou tentar absorver o máximo de conhecimento que eu puder desses caras para que eu possa estar um passo à frente de todos os outros.

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