Conteúdo especial

Coluna do Pietro Fittipaldi: Não há mais margem para erro

Em sua nova coluna no Motorsport.com, Pietro Fittipaldi analisa as duas difíceis rodadas da Fórmula V8 3.5, que o deixaram sem pódios apesar das três pole positions

Pietro Fittipaldi, Lotus

Pietro Fittipaldi, Lotus

Dutch Photo Agency

Start: Pietro Fittipaldi, Lotus leads
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Cars of Pietro Fittipaldi, Lotus, René Binder, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Polesitter Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Polesitter Pietro Fittipaldi, Lotus
Polesitter Pietro Fittipaldi, Lotus
René Binder, Lotus
Race winner Pietro Fittipaldi, Lotus
Race winner Pietro Fittipaldi, Lotus
Race winner Pietro Fittipaldi, Lotus
Race winner Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus, pit action
Pietro Fittipaldi, Lotus
Pietro Fittipaldi, Lotus

Depois de ficar de fora do pódio em Spa-Francorchamps e Monza, estou em uma posição diferente do que estava quando venci por duas vezes em Silverstone.

Somos muito rápidos, conseguimos marcar quase todas as pole positions – nos classificamos em segundo, primeiro, primeiro e primeiro.

Se uma pessoa não soubesse o que aconteceu nas corridas, com certeza ela pensaria: “Bem, esse cara venceu pelo menos uma corrida ou terminou no pódio por duas ou três vezes.” Mas, depois de três poles, não terminamos no pódio uma única vez, o que é a parte mais maluca.

Estamos fazendo nosso melhor para continuar melhorando nas largadas, que têm sido nosso ponto fraco no momento.

É um pouco complicado, mas estamos tentando resolver o problema. A equipe e eu estamos fazendo nosso melhor, e já temos um plano sobre o que fazer.

Problemas com a embreagem vêm à tona

Em Spa, fizemos um trabalho decente no treino classificatório: segundo para a primeira corrida e pole position para a segunda corrida. Infelizmente, na corrida 1, a embreagem superaqueceu e o anti-stall foi ativado na largada.

Depois disso, com o nível de pressão aerodinâmica que tínhamos, o que achávamos que iria funcionar, estava realmente baixo se comparado a outros caras que tinham um nível intermediário.

Por causa disso, tivemos tempos de volta realmente lentos – cerca de 2s por volta –, então a corrida foi difícil e terminei somente em oitavo.

Na segunda corrida, sabíamos o que tínhamos de fazer. Chegamos com o nível correto de downforce e estávamos largando da pole. Eu consegui manter a liderança na primeira volta e abrir uma vantagem de, provavelmente, 2s.

O plano era simplesmente ter um pitstop limpo e voltar – dali para frente deveria ser fácil vencer a corrida.

Infelizmente, quando fui aos boxes, eu parei bem, os caras trocaram os pneus bem, mas, quando liberei a embreagem, o carro morreu e foi um desastre.

O ritmo estava lá para vencer corridas, mas o campeonato foi resetado porque todos estão com os mesmos pontos novamente.

O mesmo problema em Monza

Na primeira corrida de Monza, estávamos novamente com problemas de superaquecimento da embreagem. Quando liberei a embreagem, meus pneus imediatamente patinaram, porque tive muita fricção. Estava tudo realmente agressivo e não pude controlar isso.

Chegando à primeira curva, estava apenas administrando o problema. Foi um pouco apertado com Alfonso [Celis], então tive que pegar um pouco da zebra alta, e isso acionou o anti-stall do carro.

Para ativar o sistema, geralmente leva cerca de 2s a 3s, porque você precisa reduzir as marchas e aí liberar a embreagem.

Tive de fazer isso por duas ou três vezes, então é por isso que eu estava tão lento na saída da curva 2. E é por isso, acho, que Damiano Fioravanti acertou meu pneu e provocou um furo.

Mesmo tendo que parar e perdendo um minuto, você obviamente quer andar o mais rápido que puder, apenas para marcar a volta mais rápida da corrida, que foi o que fiz. Além disso, estávamos esperando por um safety car, que acabou não aparecendo.

A estratégia não funcionou na segunda corrida

Na segunda corrida, a largada não foi tão ruim, mas precisei evitar uma colisão na saída da curva 2 e perdi algumas posições. Depois, consegui recuperá-las para terminar em segundo.

Encostei em Roy [Nissany], que estava em primeiro, então pensei que tínhamos uma boa chance de vencer, mas aí veio o safety car. Meu companheiro de equipe, René [Binder], já havia parado, então ele acabou vencendo.

Nossa estratégia era parar antes ou depois de Roy. Estávamos mais rápidos que ele, mas estava tendo dificuldades para passar porque não tinha nenhum uso do DRS sobrando.

Pensávamos que, se parássemos em uma volta diferente da dele, eu poderia fazer uma ou duas voltas rápidas para passá-lo no pitstop.

Foi quando Alfonso rodou na chicane Ascari. Meu engenheiro viu e pensou que outro safety car iria aparecer, então ele me disse: “pare agora.”

Tenho certeza de que a equipe do Roy fez a mesma coisa, então nós dois acabamos parando na mesma hora.

Mas o safety car não veio. Eles simplesmente removeram o carro, o que foi um pouco estranho, já que ele estava no meio da pista, em uma posição perigosa.

Mesmo assim eles não quiseram acionar o safety car, o que foi uma pena. Daquele momento em diante, eu queria passar Roy sem o DRS enquanto ele ainda tinha o DRS, então foi impossível.

Quando Roy e eu chegamos à Ascari, havia bandeiras amarelas duplas, e acredito que ele tenha pensado que haveria o safety car. Ele aliviou e eu não pude passa-lo, já que tínhamos bandeira amarela.

Por causa disso, perdemos cerca de 2s a 3s, e, quando seu companheiro de equipe, Yu Kanamaru, parou algumas voltas mais tarde, ele conseguiu voltar à minha frente.

Não tínhamos DRS, então não consegui passá-lo. Eu estava tentando pressionar Kanamaru para ver se ele cometia algum erro, mas isso não foi o suficiente.

Concentrado na próxima corrida

Agora que não há margem para erro, temos de continuar nos esforçando e trabalhando nessas coisas nas quais não estamos indo bem. E, obviamente, temos que manter aquilo em que estamos bem – sendo rápidos, conquistando pole positions.

Espero que nossa maré melhore e as coisas comecem a acontecer em nossa direção. Assim, conseguiremos vencer novamente.

Como meu avô sempre diz: “Aprenda com o que aconteceu, mas pensem o dia de hoje e foque no que vem a seguir.” Sempre há outra corrida, então, agora, estaremos focados na próxima.

O campeonato está apenas em sua terceira corrida e ainda há mais de o dobro disso por vir. Tenho certeza de que estaremos de volta ao topo – somo os mais rápidos dali e vamos trabalhar. Tenho certeza de que chegaremos lá.

A seguir teremos dois circuitos dos quais realmente gosto – Jerez e Motorland, onde fomos realmente rápidos nos testes.

A Espanha fica bem quente no verão, então o desgaste de pneus será um fator importante durante as corridas. E, mesmo na classificação, teremos apenas uma ou duas voltas realmente boas com os pneus.

Esse é outro aspecto em que temos de ficar de olho, mas acho que seremos rápidos e podemos fazer um bom trabalho.

Be part of Motorsport community

Join the conversation
Artigo anterior Nissany é punido e Binder vence corrida 1; Fittipaldi é 10º
Próximo artigo Coluna do Pietro Fittipaldi: rodada quase perfeita em Jerez

Top Comments

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Sign up for free

  • Get quick access to your favorite articles

  • Manage alerts on breaking news and favorite drivers

  • Make your voice heard with article commenting.

Motorsport prime

Discover premium content
Assinar

Edição

Brasil