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Di Grassi critica presidenciáveis por falta de planos de eletrificação

Ativo no ambiente empresarial da mobilidade elétrica, piloto diz que Brasil poderia gerar “centenas de milhares de empregos” se investisse em novas tecnologias

Lucas di Grassi, Audi Sport ABT Schaeffler, finishes 2nd

Lucas di Grassi, Audi Sport ABT Schaeffler, finishes 2nd

Alastair Staley / Motorsport Images

Campeão da Fórmula E na temporada 2016-2017, Lucas di Grassi tem sido nos últimos anos a voz mais ativa do automobilismo na frente de novas tecnologias e sustentabilidade. O piloto, além de CEO da Roborace (categoria de carros autônomos), também é o co-fundador da empresa brasileira EDG Bike, fabricante de bicicletas elétricas.

Preocupado com o futuro do Brasil nas eleições deste ano, ele diz que a falta de ideias visando o futuro da mobilidade urbana e a despoluição do ar podem fazer o país ficar para trás no desenvolvimento de novas tecnologias, o que traria um efeito negativo, com o Brasil deixando de lucrar a longo prazo com a geração e empregos e renda desta indústria.

Perguntado pelo Motorsport.com se a mobilidade elétrica e o reaproveitamento de energia deveriam estar sendo mais debatidos pelas campanhas dos presidenciáveis, Di Grassi respondeu: “com certeza”.

“E isso é uma coisa muito pouco conversada. Essa transição de mobilidade de combustão para mobilidade elétrica, não só do ponto de vista de sustentabilidade, mas se gerarmos um ecossistema de indústrias para produzir isso nacionalmente, a gente vai gerar emprego de verdade.”

“Não tem que ficar fazendo essas promessinhas de pegar renda daqui e botar ali. A gente tem a capacidade de usar essa transição tecnológica para gerar dezenas e centenas de milhares de empregos por aqui. Só que não existe um ecossistema de eletrificação no Brasil.”

“Eu, pessoalmente, investi em uma empresa que trabalha com eletrificação e motor elétrico e nosso primeiro produto é a bike que estamos promovendo, mas já estamos trabalhando com a Man Caminhões e a Bosch para baratear a eletrificação usando uma tecnologia nacional.”

Para Di Grassi, o Brasil tem potencial de se tornar um país importante no futuro se começar a investir nesta tecnologia.

“Temos capacidade de desenvolver nossa própria tecnologia e não ficar dependente de exportação e subsídios à Zona Franca de Manaus. Isso tira 80 bilhões de reais em tributos, e lá se monta o que é feito na China. Independentemente de quem for eleito, precisamos mudar este conceito.”

“A transformação da frota de automóveis é a solução para uma série de problemas da sociedade brasileira. Por isso, não temos motivo para ficar falando de pré-sal. Isso já é passado.”

“Temos que ser independentes na produção solar e eólica. E a gente tem espaço: a média brasileira de incidência solar é maior que a máxima da Alemanha. Só que ficam falando esse monte de besteira aí...”

 

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