Entrevista

Di Grassi: Fórmula E não ficará menos emocionante com novas regras

Piloto brasileiro diz que novo carro mais largo, veloz e com muita eletrônica e corridas sem pit obrigatório não devem influir negativamente “se tudo for feito do jeito certo”

Lucas Di Grassi, Audi Sport ABT Schaeffler, Audi e-tron FE05

Foto de: Alastair Staley / Motorsport Images

Campeão da temporada 2016/17 da Fórmula E, Lucas di Grassi acredita que a dinâmica emocionante que marcou as corridas do campeonato elétrico deverá seguir na temporada que se inicia neste mês.

Perguntado pelo Motorsport.com se temia o fato de que as corridas pudessem ficar mais estagnadas nesta temporada sem a troca de carros obrigatória dentro da prova e com os novos carros da segunda geração sendo mais largos que os antigos e significativamente mais velozes por volta, Di Grassi negou mas não tem certeza de qual será a dinâmica da nova era da Fórmula E.

“Eu acho que não (influirá negativamente)”, falou.

“A monotonia das corridas vai depender muito do design da pista. Por exemplo: Paris pode ser mais monótona porque a pista é mais travada. Mas talvez pistas como Riade e Marrakesh possam ter provas mais interessantes.”

“Mas é difícil dizer. Acho que teremos menos problemas no carro. Até a última temporada era tudo mecânico, como a distribuição do balanço de freio. Agora todas essas coisas são eletrônicas. Então, é um carro que teoricamente tem mais ajuda que o outro. Isso é ruim, porque teoricamente quanto mais depender do piloto, melhor.”

“Eu até propus fazer a corrida sem rádio, para dar uma embolada maior e o piloto decidir a estratégia. A chance de um piloto errar em uma estratégia quando está pilotando é muito maior do que se alguém no box fica te falando.”

“Então isso poderia deixar a corrida mais dinâmica. Essa é uma pergunta relevante, sinceramente eu não tenho a resposta se sim ou se não. Mesmo assim, acho que se tudo for feito do jeito certo, a categoria tende a ser bem parecida com o que já foi nos outros anos.”

Falando sobre o carro após os testes realizados no último mês, definiu que o novo pacote da Fórmula E mudou mais visualmente do que tecnicamente.

“O carro não mudou muito em geral”, contou.

“É um carro que é três segundos mais rápido por volta, tem mais potência e mais torque, mas o conceito geral de recuperação de energia, de salvar energia na corrida e fazer a classificação de pé embaixo, é muito parecido.”

“O jeito de pilotar também é parecido. É claro que o carro é uma evolução, mas ele mudou muito mais visualmente do que tecnicamente.”

A abertura do campeonato acontece no dia 15 de dezembro, em Riade, na Arábia Saudita.

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