Entrevista

Mirando Indy Lights, gaúcho Kohl espera consistência em 2019

Depois de três anos na USF2000, piloto de 20 anos vê bom momento para dar passo à frente nos EUA

Lucas Kohl

Lucas Kohl

Art Fleischmann

Destaque brasileiro no primeiro degrau das categorias de acesso à Indy, Lucas Kohl testou um carro da Indy Lights pela primeira vez em setembro em Indianápolis. O piloto gaúcho teve dois dias de treinos no traçado misto do circuito com o carro da equipe Belardi e mostrou o desejo de realizar a temporada completa na categoria em 2019.

Ele atuou nos últimos três anos na categoria USF2000, degrau abaixo no chamado Road to Indy. Neste ano, ele foi o terceiro colocado, ajudando seu time a levar o título de equipes desta temporada.

“O ano foi bem bom. Foi meu terceiro ano nos EUA”, disse Kohl ao Motorsport.com.

“Continuei com o mesmo time que estava em 2017. Estava com os mesmos mecânicos, engenheiro e carro. Isso me ajudou a ter consistência. Testei o carro da Indy Lights no misto de Indianápolis e estamos tentando viabilizar isso para o próximo ano.”

Falando das diferenças entre os dois campeonatos, ele disse: “o carro é bem maior. Já é bem diferente em termos de espaço guiando. São 450 cv, a USF tem 170 cv. Isso foi um desafio nas primeiras saídas. Dosar a potência. Aprender também os pneus, também tem muita aerodinâmica. A equipe me ajudou bastante também.”

Mesmo pensando na Indy, ele não descarta no futuro atuar em outras categorias no EUA, impulsionado pelo sucesso de Felipe Nasr – campeão em seu primeiro ano no IMSA.

“No momento meu foco é a Indy”, falou.  

“Acho cedo para eu mudar de objetivo, tenho 20 anos ainda e tempo para chegar na Indy. Estou trabalhando muito para isso e queremos chegar lá. Mas, claro, é bom saber que tenho opções caso seja necessário.”

“O fato de a Indy não estar tendo muita renovação, não vejo como bloqueio. Isso é uma oportunidade. Esses pilotos um dia vão sair de lá, e é bom você estar próximo para conseguir entrar.”

“Estamos chegando na hora certa. Vai ter uma hora que nós vamos ter que trocar. Então, se tivermos os resultados que precisamos, se a gente bater na porta, assento não vai faltar.”

Kohl reafirmou que seu objetivo é garantir um contrato na Indy Lights.

“Eu fiz um treino só, foram dois dias de muito aprendizado. Não estava muito preocupado com a performance. Apenas me adaptei.”

“Acho que depois que conseguirmos assinar o contrato, vamos tentar fazer os testes de pré-temporada. Obviamente você precisa se acostumar com o carro e os pneus, mas brigar pelo pódio talvez possa ser realidade.”

Vida nos EUA

Kohl também falou de sua rotina nos EUA e que a falta de um automobilismo de base para fórmulas acessível no Brasil o fez chegar longe da maturidade nos EUA.

Não tive base no Brasil. Eu corria de kart e fui para os EUA. Tudo o que aprendi foi lá.”

“Este foi o desafio. No primeiro ano foi aprendizado. No segundo eu entre na minha equipe atual, e eles fizeram muito para me ajudar. Foram uma família. Praticamente não andei aqui, só conheço pistas do Rio Grande do Sul. Cheguei sem base, e estamos evoluindo até chegarmos em terceiro no campeonato.”

“Eu moro em Miami, Flórida. E moro lá pela preparação física mesmo. Trabalho com pessoas que fazem preparação física de atletas do UFC e de outros pilotos, como o Tony Kanaan, o Oswaldo Negri, o Matheus Leist. Faço bastante ciclismo e sempre academia à tarde. O nível é alto mesmo para uma categoria de base. É muito disputada.”

Lucas Kohl

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