Análise: Mugello mostrou acerto de Viñales em ir para Yamaha

Oriol Puigdemont mostra como GP da Itália deu a Maverick Viñales a certeza de que ele precisava para ter 100% de segurança de que mudança para Yamaha a partir de 2017 foi uma decisão acertada

Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP, Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP, Aleix Espargaro, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Second place qualfying for Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing, Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP

O final de semana do GP da Itália marcou o anúncio oficial da ida de Maverick Viñales para a Yamaha a partir de 2017, tornando-se o novo companheiro de Valentino Rossi nas próximas duas temporadas.

Viñales tomou a decisão acreditando que a Suzuki ainda tem um longo caminho a percorrer para chegar ao nível da marca dos três diapasões - o que se confirmou em Mugello.

Mesmo com a já anunciada mudança de casa, o espanhol repetiu a melhor posição de largada com a Suzuki, sendo superado apenas pelo futuro parceiro de Yamaha. Na largada, porém, Viñales sofreu um problema elétrico que tirou dele qualquer chance de brigar pelas primeiras posições.

Como o piloto explicou depois, o limitador de velocidade nos boxes foi acionado quando ele tinha engatado a terceira marcha após a partida e o destino do piloto na prova foi decidido nos primeiros 500 metros da prova.

Devido ao problema, o espanhol chegou à primeira curva em 12º. Pouco a pouco, sendo agressivo, ele foi superando os adversários até chegar ao sexto posto na nona volta, lugar no qual ficou até o final da prova.

Apesar do incidente, Viñales terminou o GP da Itália a apenas 8s6 de Jorge Lorenzo, que venceu a corrida - foi a menor diferença do piloto em relação ao primeiro colocado em todas as etapas desta temporada.

O catalão passou as últimas semanas considerando o que fazer em relação ao futuro: permanecer na equipe de Hamamatsu, que apostou todas as fichas nele ao retornar para a MotoGP, ou assinar com a Yamaha para ocupar o lugar deixado por Lorenzo, de saída para a Ducati. A tentação de ter a melhor moto do grid falou mais alto e o anúncio oficial veio às vésperas da prova na Itália.

Pode-se imaginar que as duas quebras de motor da Yamaha - com Lorenzo no Warm Up e com Rossi na corrida - devam ter levado algumas dúvidas a Viñales, mas o que aconteceu em Mugello deu a ele ainda mais certeza de ter tomado a decisão correta. O espanhol crê que as falhas na M1 foram circunstanciais, não um sinal de problemas crônicos com o motor.

O GP da Itália foi um reflexo evidente do momento da Suzuki: eles têm uma moto com muito potencial, mas na hora da verdade, Honda e Yamaha são superiores. A performance da GSX-RR durante a pré-temporada foi marcante, especialmente nas mãos de Viñales - a ponto de muita gente acreditar que o time seria candidato à briga pro pódios.

Entretanto, ainda falta consistência para a moto japonesa, que só chegou ao pódio no GP da França - seis etapas já foram realizadas até o momento.

"Precisamos trabalhar para evitar que erros como este voltem a se repetir. Nossa próxima etapa é na Catalunha e a moto parece andar bem lá, mas não podemos falhar assim novamente na largada ou em qualquer outro momento da corrida", disse Viñales após a etapa em Mugello.

Um membro do staff de Viñales, que preferiu não se identificar, acrescentou: "Está claro que, nos domingos, Yamaha e Honda estão à frente dos demais. A Suzuki não está mal nas corridas, mas ainda não chegou a um nível que a permita vencer. A Ducati está um pouco melhor, mas também sofre nas corridas. Veja o que Petrucci, Redding ou mesmo Pirro fazem na classificação e compare com o que acontece nas corridas", observou.

Mesmo com a saída de Viñales confirmada, a Suzuki não para de trabalhar e levou o piloto e Aleix Espargaró, atual companheiro de equipe, para Valência e realizou dois dias de testes. Lá, a equipe - em busca da tão desejada consistência, testou dois chassis diferentes e trabalhou em cima da eletrônica, com o objetivo de melhorar a tração.

"A GSX-RR é boa em alguns pontos específicos, como a dirigibilidade e o comportamento nas curvas de alta, mas peca em outros aspectos", disse Viñales. Esta é uma explicação perfeita para a decisão do espanhol de se juntar à Yamaha, que dará a ele uma moto para brigar com os melhores desde o início.

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