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Mecânico chefe da Yamaha diz: "Rossi não voltará a ser campeão"

Para o mecânico da Yamaha, que trabalha na MotoGP há 30 anos, Rossi não conseguirá superar jovens talentosos do grid atual

Ramon Forcada, Yamaha Factory Racing

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

Ramón Forcada, mecânico chefe de Franco Morbidelli na Yamaha Petronas, que já trabalhou também com Jorge Lorenzo e Maverick Viñales, disse em entrevista que Valentino Rossi "não vencerá nenhum mundial novamente" e que "será complicado" ganhar uma corrida.

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Valentino Rossi anunciou na semana passada que substituirá seu atual mecânico chefe, Silvano Galbusera, pelo espanhol David Muñoz em 2020.

No passado, quando Jorge Lorenzo era piloto da Yamaha, o italiano tentou levar Forcada duas vezes para seu lado na garagem, mas em ambas as vezes os desentendimentos entre Lorenzo e seu mecânico foram resolvidos a tempo de evitar a troca.

Busca por motivação

Durante entrevista que concedeu ao podcast da DAZN, Forcada foi questionado sobre o possível motivo pelo qual Valentino mudará seu mecânico chefe.

"Valentino busca motivação com essa mudança, é evidente", respondeu o espanhol. “Não acho que ele queira um mecânico inexperiente no tempo que lhe resta, David é muito bom. É similar à quando ele trocou Jeremy Burguess por Galbusera em 2014".

Rossi e Silvano Galbusera

Rossi e Silvano Galbusera

Photo by: Yamaha MotoGP

“Na Yamaha esse tema funciona assim: você tem tudo em aberto, pode tentar o que quiser e eles lhe dão muita liberdade. Não acho que esteja procurando um aprimoramento técnico”.

“É a mesma coisa que aconteceu quando ele mudou o Jeremy, Valentino acha que eles pararam no tempo e quer sacudir os boxes. Como faz? Bem, ele contrata alguém jovem e cheio de novas ideias, querendo experimentar. Não é porque seja tecnicamente melhor”.

“Não sei se Rossi vai se aposentar no ano que vem, mas agora ele só tem um ano de contrato. E você não assina com alguém por apenas um ano por motivos técnicos. Mas a verdade é que não sei ao certo, não conversei com ele”, acrescenta.

Futuro sem vitórias

Perguntado se acredita que Valentino Rossi vá vencer novamente antes de se aposentar, o espanhol foi direto e franco: "Um mundial? Não".

E uma corrida? “Uma corrida é muito difícil de dizer. É complicado vencer uma corrida em pista seca. Ele pode, digamos, vencer uma corrida em situações difíceis, mas com os jovens que estão chegando, com a velocidade que eles têm, vencer uma corrida em condições normais é complicado”.

“Pode ser que consiga, porque Rossi sabe pilotar, a chave talvez esteja no que conversamos sobre a mudança de mecânico e sobre a motivação, precisamos ver se ele realmente encontrará o suficiente”.

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Rossi não faz parte do futuro da Yamaha

O chefe da equipe Yamaha na MotoGP, Lin Jarvis, disse recentemente que não vê o heptacampeão como parte do futuro do time, apesar de admitir que Rossi pode ficar mais alguns anos com a fabricante antes de se aposentar. Dos sete títulos do italiano, quatro foram conquistados com a marca japonesa. Relembre a carreira dele na MotoGP:

1996 (125cc) - 9º no mundial (1 vitória), 111 pontos
1997 (125cc) - Campeão (11 vitórias), 321 pontos
1998 (250cc) - Vice-campeão (5 vitórias), 201 pontos
1998, GP de Imola (250cc)
1999 (250cc) - Campeão (9 vitórias), 309 pontos
1999, GP da Itália (250cc)
1999, GP de Imola (250cc)
2000 - Vice-campeão (2 vitórias), 209 pontos
2001 - Campeão (11 vitórias), 325 pontos
2001, GP da Itália
2002 - Campeão (11 vitórias), 355 pontos
2003 - Campeão (9 vitórias), 357 pontos
2003, GP de Valência
2004 - Campeão (9 vitórias), 304 pontos
2005 - Campeão (11 vitórias), 367 pontos
2005, GP dos EUA
2005, GP de Valência
2006 - Vice-campeão (5 vitórias), 247 pontos
2007 - 3º no mundial (4 vitórias), 241 pontos
2007, GP da Holanda
2007, GP da Austrália
2008 - Campeão (9 vitórias), 373 pontos
2008, GP da Catalunha
2009 - Campeão (6 vitórias), 306 pontos
2009, GP de Portugal
2010 - 3º no mundial (2 vitórias), 233 pontos
2010, GP dos EUA e de Indianápolis
2011 - 7º no mundial (0 vitórias), 139 pontos
2012 - 6º no mundial (0 vitórias), 163 pontos
2013 - 4º no mundial (1 vitória), 237 pontos
2014 - Vice-campeão (2 vitórias), 295 pontos
2015 - Vice-campeão (4 vitórias), 325 pontos
2016 - Vice-campeão (2 vitórias), 249 pontos
2017 - 5º no mundial (1 vitória), 208 pontos
2018 - 3º no mundial (0 vitórias), 198 pontos
2019 - 6º no mundial (em andamento)
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