MotoGP: Brita de Mandalika é culpada pela lesão de Marc, diz Álex

Álex Márquez e Joan Mir criticaram a formatação da área de escape na Curva 7 do Circuito de Mandalika, afirmando que o modo como caixa de brita foi projetada é a razão por trás da fratura na clavícula sofrida por Marc Márquez no GP da Indonésia de MotoGP neste domingo.

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A área de escape na rápida curva à direita foi alvo de críticas após o acidente, que começou quando Marco Bezzecchi se chocou com o campeão mundial.

Os dois espanhóis questionaram não apenas a natureza do cascalho em si, mas também sua própria existência. A mudança de superfície, ou "degrau", entre o asfalto e a brita foi o que catapultou Marc para o ar, o que, por sua vez, fez com que ele caísse pesadamente sobre o lado direito.

"Naquela parte [da pista] era muito perigoso pelo que vi", disse o campeão de 2020, Mir, que estava acompanhando de perto o incidente. "Marc provavelmente quebrou a clavícula por causa do degrau. "Mas eu também estava preocupado com Bezzecchi, porque quando ele estava na moto, ele bateu naquele degrau e foi para a brita muito rápido. Eu realmente não entendo por que temos cascalho lá, porque se tivéssemos apenas asfalto, seria muito mais seguro para nós".

Com seu irmão lesionado novamente após anos de reabilitação, Álex Márquez também deu sua opinião sobre a caixa de brita naquele ponto.

Marc Marquez, Equipe Ducati

Foto de: Robertus Pudyanto / Getty Images

"Você viu o estado da brita?", comentou ele quando viu um vídeo do acidente. "Está uma bagunça. É sempre a mesma coisa: nada é feito até que algo aconteça. Há pedras enormes, é impossível não se machucar. Há um solavanco [o degrau] no chão. Quando você cai nessa velocidade, o que um piloto quer fazer é 'frear', colocar os braços para fora. É preciso estar mais atento a essas coisas".

Embora Álex tenha colocado a culpa pelo acidente em Bezzecchi, ele estava mais interessado em discutir o quadro geral - e identificou o calendário longo como um fator contribuinte.

"Não quero criticar Bezzecchi. Com as sprints, temos 44 corridas [na temporada]. A chance de cometer um erro é muito alta. Todo mundo cometeu um erro durante o ano e é quase impossível não cometê-lo em uma ou outra corrida. Portanto, é totalmente normal. Chegamos ao final da temporada - física e mentalmente no limite, todos os pilotos. E acho que isso é algo em que precisamos pensar para o futuro".

"[Com 44 corridas] não é coincidência o fato de haver tantas lesões. As pessoas se machucam mais. Queremos fazer um show, mas precisamos estar mais bem protegidos".