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MotoGP cancela GPs da Alemanha, Holanda e Finlândia por impacto da pandemia

A FIM anunciou o cancelamento nesta quarta-feira, marcando a primeira vez na história que a Holanda ficará de fora do calendário do mundial

Alex Rins, Team Suzuki MotoGP

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

A pandemia da Covid-19 mexeu com o mundo do esporte a motor e a MotoGP foi um dos campeonatos mais afetados, com a temporada 2020 adiada com um possível início em agosto, no mínimo, após as 11 primeiras etapas terem sido impactadas. Até o momento, apenas o GP do Catar havia sido cancelado, mas por motivos que iam além da crise sanitária, mas outras três provas se juntaram à lista.

A prova no Catar, que seria o início da temporada, foi cancelada uma semana antes do evento, devido às restrições impostas pelo país para a entrada de estrangeiros, inviabilizando a etapa da categoria rainha, enquanto a Moto2 e a Moto3 puderam correr normalmente por já estarem no país. O cancelamento se deu devido à reformas que já estavam programadas para a pista.

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Agora, Holanda, Alemanha e Finlândia, que até ontem era consideradas provas adiadas, se juntaram à lista de GPs cancelados para a temporada 2020. A Finlândia já era vista como dúvida já que o circuito KymiRing ainda precisava da aprovação da FIM antes da realização da prova, que marcaria a volta da MotoGP ao país após quase 40 anos.

Segundo um antigo diretor de Assen, o circuito possui uma boa situação financeira, o que significa que a não-realização da prova nesse ano não traria muitos impactos negativos.

Na manhã desta quarta, a FIM confirmou o cancelamento das três provas através de um comunicado, marcando a primeira vez nos 71 anos do Mundial de Motovelocidade que o GP da Holanda não fará parte do calendário.

"É com grande tristeza que anunciamos o cancelamento dessas três provas importantes para o calendário da MotoGP", afirmou o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta. "O GP da Alemanha é realizado em uma pista única com uma história incrível, e o KymiRing é um local novo incrível que está pronto para receber a MotoGP novamente na Finlândia pela primeira vez desde 1982".

"E o icônico Circuito TT Assen tinha a honra de ser o único presente em todos os campeonatos do Mundial de modo ininterrupto desde o seu início, em 1949. Em nome da Dorna, eu gostaria de agradecer aos fãs pela compreensão e paciência enquanto esperamos pela melhora da situação".

"Mal podemos esperar para voltar ao Sachsenring e à Assen em 2021, e também pela estreia do KymiRing no próximo ano".

O CEO da Dorna afirmou na semana passada que o calendário de 2020 da MotoGP deve ter entre 10 e 12 eventos, focados na Europa. Com quatro provas canceladas, sendo três na Europa, e dúvidas sobre o uso de circuitos na Espanha e na Itália, tudo indica que a categoria terá que fazer múltiplas etapas em certos locais.

A MotoGP não irá lançar um novo calendário até que a situação do coronavírus pela Europa melhore.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar os GPs da Holanda e da Finlândia, devido às restrições do governo local e pela falta de homologação da pista do país escandinavo. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto
A MotoGP cancelou oficialmente os GPs da Alemanha, Holanda e Finlândia. Para a Holanda, significa que o GP não fará parte do calendário da MotoGP pela primeira vez nos 71 anos de história do mundial
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Em busca de garantir a realização da prova em 2020, a direção de Silverstone confirmou que o GP será realizado com portões fechados. No mesmo dia, a organização do GP da França anunciou o cancelamento da prova, se juntando à Mônaco
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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