Relato da corrida

MotoGP: Oliveira domina de ponta a ponta e vence em casa no GP de Portugal; Morbidelli termina com vice

Volta de Portugal ao Mundial também foi sede da definição dos títulos da Moto2 e da Moto3

Polesitter Miguel Oliveira, Red Bull KTM Tech 3

Gold and Goose / Motorsport Images

A MotoGP encerrou a temporada 2020 neste domingo com o GP de Portugal, marcando o retorno do país ao Mundial após oito anos e a estreia de Portimão. Miguel Oliveira fez uma prova brilhante, disparando na ponta para vencer com folga pela segunda vez na temporada e, de quebra, em casa.

No sábado, o piloto da casa, Miguel Oliveira, voou nos minutos finais do treino classificatório e marcou a pole position com a Tech3, equipe satélite da KTM, tendo ao seu lado Franco Morbidelli e Jack Miller. O piloto português disse após o treino que sonhava em manter a boa performance no domingo para vencer em casa.

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Enquanto isso, o campeão Joan Mir teve problemas eletrônicos com sua Suzuki que afetaram sua performance ao longo de todo o sábado, conquistando apenas a 20º posição no grid de largada.

Antes da largada, a transmissão mundial exibiu uma belíssima homenagem aos fãs do esporte, agradecendo o fato de terem mantido o interesse pela temporada apesar da realização das provas com portões fechados.

Miguel Oliveira largou bem e se manteve na ponta, seguido de perto por Morbidelli. Ao final da primeira volta, o português já abria uma diferença considerável para o ítalo-brasileiro, enquanto o campeão Joan Mir já havia escalado oito posições, ocupando a 12º posição.

Mas a recuperação do espanhol durou pouco. Na volta seguinte, ele teve um toque com Zarco e conseguiu evitar a queda, mas acabou voltando para a 17ª posição.

 

Com dez voltas de 25, o Top 3 estava separado por uma grande vantagem. Oliveira tinha quase 4s de dianteira para Morbidelli e Miller, que por sua vez abria mais de 3s para Espargaró em quarto.

Mais atrás, Nakagami e Quartararo protagonizavam uma bela disputa pela nona posição. Mas não demorou muito para outros dois nomes se juntarem a essa batalha. Dovizioso fez uma brilhante ultrapassagem dupla em cima de Quartararo e Márquez para assumir a décima posição.

A dez voltas do fim, o português seguia dominando a corrida, com mais de 4s de vantagem para Morbidelli, que via Miller se aproximando bastante, a menos de meio segundo. Logo atrás, Pol Espargaró, Crutchlow, Bradl e Zarco faziam uma intensa disputa pelo quarto lugar. Ao mesmo tempo, Mir abandonava a prova após diversos problemas com a moto.

Atrás, Rins, Vinãles, Quartararo e Rossi eram o destaque da transmissão, mas, diferente do que estamos acostumados entre os quatro, a disputa valia apenas a 12ª posição.

 

Miguel Oliveira cruzou a linha de chegada para garantir sua segunda vitória na temporada 2020, mas em tom bem diferente da primeira, no GP da Estíria, onde assumiu a ponta apenas na última curva. Aqui, o português dominou de ponta a ponta, sem dar chances para ninguém.

Enquanto isso, Morbidelli segurou até o final, mas não resistiu aos ataques de Miller nos metros finais, com o australiano levando o segundo lugar. Mesmo assim, o ítalo-brasileiro termina com o vice-campeonato.

Mais atrás, completaram o Top 10: Pol Espargaró, Takaaki Nakagami, Andrea Dovizioso, Stefan Bradl, Álex Márquez e Johann Zarco. Viñales foi o 11º, Rossi em 12º, Quartararo 14º e Rins o 15º.

Apesar de vencer os Mundiais de Pilotos e Equipes, a Suzuki não conseguiu fazer a trinca, perdendo o título de Construtores para a Ducati. As duas haviam chegado a Portugal empatadas com 201 pontos cada e, como apenas o melhor resultado consta para a tabela, quem chegasse na frente terminaria com o troféu. Com o terceiro lugar de Miller contra o 12º de Rins, a montadora italiana levou a melhor..

Agora, a MotoGP entra em seu período de férias, com a temporada 2021 marcada para começar apenas em 28 de março, com o GP do Catar, prova noturna disputada no Oriente Médio. Em 2020, apenas Moto2 e Moto3 correram nesta etapa porque as categorias já estavam no país antes do endurecimento das normas sanitárias devido à pandemia.

Cla   # Piloto Moto Voltas Tempo Diferença Abandono Pontos
1   88 Portugal Miguel Oliveira KTM 25 41'48.163     25
2   43 Australia Jack Miller Ducati 25 41'51.356 3.193   20
3   21 Italy Franco Morbidelli Yamaha 25 41'51.461 3.298   16
4   44 Spain Pol Espargaro KTM 25 42'00.789 12.626   13
5   30 Japan Takaaki Nakagami Honda 25 42'01.481 13.318   11
6   4 Italy Andrea Dovizioso Ducati 25 42'03.741 15.578   10
7   6 Germany Stefan Bradl Honda 25 42'03.901 15.738   9
8   41 Spain Aleix Espargaro Aprilia 25 42'04.197 16.034   8
9   73 Spain Alex Marquez Honda 25 42'06.488 18.325   7
10   5 France Johann Zarco Ducati 25 42'06.759 18.596   6
11   12 Spain Maverick Viñales Yamaha 25 42'06.848 18.685   5
12   46 Italy Valentino Rossi Yamaha 25 42'07.109 18.946   4
13   35 United Kingdom Cal Crutchlow Honda 25 42'07.322 19.159   3
14   20 France Fabio Quartararo Yamaha 25 42'12.539 24.376   2
15   42 Spain Alex Rins Suzuki 25 42'15.939 27.776   1
16   9 Italy Danilo Petrucci Ducati 25 42'22.429 34.266    
17   82 Finland Mika Kallio KTM 25 42'36.573 48.410    
18   53 Spain Tito Rabat Ducati 25 42'36.574 48.411    
  dnf 32 Italy Lorenzo Savadori Aprilia 22 37'16.433 3 Laps Acidente  
  dnf 36 Spain Joan Mir Suzuki 15 25'36.751 10 Laps Abandono  
  dnf 33 South Africa Brad Binder KTM 2 3'30.015 23 Laps Acidente  
  dnf 63 Italy Francesco Bagnaia Ducati 0     Abandono  

Moto2 e Moto3 coroam Bastianini e Arenas

Enquanto a MotoGP já havia conhecido seu campeão na última semana, no GP de Valência, as categorias de acesso chegaram à Portugal com a disputa em aberto.

Na Moto3, com a vitória de Tony Arbolino em Valência, a categoria chegou com três pilotos vivos na disputa pelo título: Albert Arenas liderava com 170, seguido de Ai Ogura com 162 e Arbolino com 159.

Na corrida deste domingo, a vitória em Portugal ficou com Raúl Fernandez, seguido de Dennis Foggia e Jeremy Alcoba. Entre os candidatos ao título, Arbolino foi o melhor colocado, em quinto, mas não foi suficiente para reverter a situação. Com o 12º lugar, Arenas fez o suficiente para levantar o Mundial, terminando com 174 pontos contra 170 de Arbolino e Ogura.

Já na Moto2, a vitória de Jorge Martín em Valência não foi suficiente para que o espanhol se colocasse na luta pelo título. Mas a categoria não sofreu com falta de postulantes. Matematicamente, quatro nomes ainda estavam vivos na disputa em Portugal: Enea Bastianini liderava com 194, seguido de Sam Lowes com 180, Luca Marini com 176 e Marco Bezzechi mais distante, com 171.

Na corrida, Enea Bastianini fez mais do que o necessário para garantir o título. O italiano largou em quarto e terminou em quinto, enquanto Marini foi o segundo e Lowes o terceiro em uma prova vencida por Remy Gardner. Com isso, Bastianini termina com nove pontos de vantagem para Marini, o vice-campeão

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