Piloto se diz vítima de preconceito por tattoos e causa polêmica na MotoGP; Quartararo: "Ter alguém sem tatuagens é importante"

Hexacampeão, Márquez aconselha compatriota a responder na pista; veja a repercussão do caso

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

Piloto espanhol da equipe Pons na Moto2, campeonato de acesso à MotoGP, Arón Canet afirmou sofrer preconceito por causa de suas tatuagens, levando a um debate sobre o assunto no paddock da categoria rainha da motovelocidade mundial.

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"Me chamaram disso ou daquilo sem me conhecer por eu ter tatuagens, de forma discriminatória. Ninguém é melhor ou por por ter ou não tatuagens", disparou o terceiro colocado da Moto2 2022 ao As. Veja suas tatuagens na galeria abaixo:

Aron Canet, Pons Racing
Aron Canet, Pons Racing
Aron Canet, Pons Racing
Aron Canet, Pons Racing
Aron Canet, Pons Racing, Pons Racing
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O piloto, que tem boa parte de seu corpo tatuado, explicou que tudo começou em Mugello, em 2021. “Estava negociando com várias equipes de diferentes categorias e alguns me rejeitaram porque eu tenho tatuagens”, disse Canet.

"Fora do paddock, também fui chamado de coisas por pessoas que não me conhecem, apenas por causa da minha imagem", completou o espanhol, cujas declarações repercutiram no paddock da MotoGP neste fim de semana, quando se disputa o GP da Tailândia.

"É triste, mas realidade. Negar isso é como negar o racismo. O racismo existe. Estou numa equipe de fábrica no MotoGP e sei como agem os dirigentes das grandes multinacionais. Goste ou não, é algo que tem influência, mas apoio mil por cento Canet", afirmou Aleix Espargaró, espanhol da Aprilia.

Marc Márquez, Jack Miller e Brad Binder

Marc Márquez, Jack Miller e Brad Binder

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

Outro piloto da Espanha, o hexacampeão mundial Marc Márquez, da Honda, aconselhou Canet a responder na pista: "Eu tenho uma opinião muito clara sobre isso: se você ganhar dez corridas, ninguém vai notar suas tatuagens ou qualquer coisa, as equipes vão querer você. Tudo é respeitável e o caráter de cada pessoa tem que ser valorizado, mas esse esporte é assim e o que mais se valoriza são os resultados".

Já o francês Fabio Quartararo, atual campeão da MotoGP com a Yamaha, disse: "A verdade é que não sei o que dizer sobre isso. Sem dúvida ele tem muitas tatuagens, mas também entendo as equipes".

"Também tenho tatuagens e sei como é para algumas marcas, para as quais ter alguém sem tatuagens é importante. Alguns não se importam, mas outros sim. É triste porque ele é um piloto muito forte, espero que, se estiver pronto para subir à MotoGP, encontre uma equipe", completou.

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing, Aleix Espargaro, Aprilia Racing Team

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing, Aleix Espargaro, Aprilia Racing Team

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

O italiano Francesco Bagnaia, da Ducati, também se manifestou: "É muito estranho que neste momento, no ano de 2022, isso seja um problema. Não significa nada ter muitas tatuagens. Parece estranho para mim que uma equipe rejeite você por ter tatuagens".

Compatriota de 'Pecco' e futuro companheiro do piloto na equipe oficial de fábrica da marca italiana, Enea Bastianini, da Gresini, foi solidário com Canet. "Não consigo entender essa situação. Canet é um piloto muito rápido e sei que, para algumas fábricas, a imagem é importante. Ele é cheio de tattoos, mas é uma ótima pessoa. Fomos companheiros em 2017 e sei que ele é uma ótima pessoa. Esta situação é muito negativa para ele e seu futuro, algo terá de ser feito", posicionou-se Bastianini.

Enea Bastianini, Gresini Racing, Francesco Bagnaia, Ducati Team

Enea Bastianini, Gresini Racing, Francesco Bagnaia, Ducati Team

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

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