Análise

Generosidade que sobrou em Gordon, falta a Stewart

Atitudes do tricampeão da NASCAR fazem de ano de despedida diferente de final de carreira de outra estrela da categoria

Tony Stewart, Stewart-Haas Racing walks away from his crashed car

Tony Stewart, Stewart-Haas Racing walks away from his crashed car

Action Sports Photography

The car of Tony Stewart, Stewart-Haas Racing on fire after crashing
The car of Tony Stewart, Stewart-Haas Racing on fire after crashing
Chevrolet Chase drivers: Chase Elliott, Hendrick Motorsports, Jamie McMurray, Chip Ganassi Racing, Kurt Busch, Stewart-Haas Racing, Kevin Harvick, Stewart-Haas Racing, Tony Stewart, Stewart-Haas Racing, Kevin Harvick, Stewart-Haas Racing, Austin Dillon, Richard Childress Racing, Jimmie Johnson, Hendrick Motorsports, Kyle Larson, Chip Ganassi Racing Chevrolet
Chase driver: Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing walks away from his crashed car
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing walks away from his crashed car
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing, pit action
Tony Stewart, Stewart-Haas Racing

Dois dos nomes mais pesados da NASCAR dão adeus aos fãs, mas de maneira distinta. Jeff Gordon anunciou que 2015 seria o último ano como piloto da principal categoria do automobilismo norte-americano. O que se viu a partir da divulgação da decisão do piloto foi que em cada oval que recebia o #24 pela última vez, se fazia questão de deixar registrada sua reverência ao tetracampeão. Mesmo com campanha inferior à de 2014, Gordon conseguiu chegar à final em Homestead, dando o que na época era seu último adeus de forma competitiva e honrosa. Seu retorno em 2016 competiu em atenção ao sério problema de saúde de Dale Jr., fazendo com que o fã dos dois pilotos se sentisse culpado em querer ver Gordon novamente, tamanha importância, competitividade e carisma que possui.

Na temporada seguinte à de Gordon, outro peso pesado da NASCAR também anunciou aposentadoria após Homestead. Tony Stewart não tem os mesmos números que o (ex?)piloto da Hendrick, mas em matéria de importância para a categoria, consegue rivalizar com o #24. Mas, diferentemente da aposentadoria de 2015, Stewart vem enfrentando um ano difícil de deglutir.

A começar com a ausência das oito primeiras provas por um acidente fora das pistas. Em seguida, após o retorno, com declarações demonstrando falta de motivação com o esporte. Se recuperou de maneira avassaladora, com uma vitória emocionante em Sonoma e com cinco Top-5 e a vaga para o Chase.

Mas o cuidado que Gordon sempre teve no ano passado, com a preocupação de deixar uma última imagem positiva, falta a Stewart neste momento.

Em Indianápolis, um toque em cima de Jamie McMurray, em que não fez questão de evitar a colisão com o #1, era o prenúncio de atitudes que não fazem parte de um verdadeiro campeão.

Na prova de Darlington, mais do que o acidente grosseiro em cima de Brian Scott, se notava ali a decepção maior com a pessoa do que o resultado de um carro destruído e poucos pontos a somar.

"Aparentemente, ele ficou com raiva de mim. Eu tenho um grande respeito por Tony. Ele sempre foi limpo. Não sei o que ele estava pensando", disse Brian Scott.

A última foi no sábado, durante a prova de Richmond, em que se definiu os 16 pilotos do Chase. Um dos candidatos, Ryan Newman, ex-piloto da Stewart-Haas, desabafou após ter a corrida abreviada por um acidente em que o Smoke parecia fazer questão de tirar o #31 da linha.

"Acho que ele pensou que estava em um sprint car novamente e não conseguiu controlar sua raiva", disse Newman. "Ele tem problemas. Nós todos sabemos que ele tem problemas. Provou isso novamente esta noite. Tony Stewart pensa que é dono de tudo. É lamentável, mas eu não esperaria nada menos do que isso."

As pessoas são diferentes e seria falta de bom senso exigir o mesmo comportamento dos pilotos no esporte a motor. A diferença de personalidades dá tempero especial, principalmente a uma categoria que foca tanto no personagem-piloto como a NASCAR.

Mas nota-se ou notou-se que Gordon fez questão de deixar uma última impressão saudável, fazendo com que todos ao seu redor lamentassem sua retirada. Foi premiado com a possibilidade de tentar o pentacampeonato, algo que não aconteceu no ano anterior, mesmo estando em melhor fase.

Stewart , que já teve outros inúmeros problemas que não cabe aqui enumerar, não toma o mesmo cuidado. Não se preocupa em dar o seu melhor - não no sentido de desempenho -, mas não deixa exposto o seu melhor lado, dando ao público a possibilidade de admirá-lo pela última vez. Isso seria generoso por parte do piloto, uma espécie de agradecimento às pessoas que tanto o apoiaram nos anos em que esteve na elite do automobilismo.

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