Entrevista

Perto de volta, Nelsinho Piquet fala de saída da NASCAR

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil, único piloto brasileiro a vencer na categoria fala sobre sua experiência na Xfinity Series e sobre a variação de campeonatos que disputou nos últimos anos

Nelson A. Piquet

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Action Sports Photography

Nelson A. Piquet
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Nelson A. Piquet
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Acidente na última volta: Kyle Larson e Nelson A. Piquet batem
Acidente na última volta: Kyle Larson e Nelson A. Piquet batem
Nelson A. Piquet
Victory lane: race winner Nelson Piquet Jr. celebrates
Victory lane: race winner Nelson Piquet Jr. celebrates
Victory lane: race winner Nelson Piquet Jr. celebrates
Victory lane: race winner Nelson Piquet Jr. celebrates
Race winner Nelson Piquet Jr. celebrates
Race winner Nelson Piquet Jr. celebrates

No próximo sábado em Mid-Ohio, Nelsinho Piquet voltará a competir pela NASCAR Xfinity Series, divisão em que conquistou uma vitória (Road America) e participou de seu último ano na categoria, em 2013. Vivendo em um momento diferente da carreira, Nelsinho rechaça a ideia de retornar à NASCAR em tempo integral, mesmo em caso de novo convite.

"Nem se me oferecessem eu aceitaria", disse em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil. "Quero focar na Fórmula E durante esses anos e ganhar mais campeonatos. Tenho vontade de voltar aos Estados Unidos daqui alguns anos, talvez para terminar minha carreira."

Além da NASCAR, Piquet tem no currículo diversas provas em muitas categorias, como Global Rallycross, Indy Lights, WEC, Fórmula E, entre outros. Perguntado se essas mudanças constantes não poderiam prejudicar a carreira, por conta da falta de identificação dele com alguma modalidade, o piloto explicou:

"É muito difícil você saber o que vai acontecer. Quando fui para a NASCAR, tive promessas de que queriam um brasileiro lá, que o Fernando Paiva (presidente da agência de marketing esportivo Lit e representante da Nascar no Brasil) tinha contatos na Globo, que tinha mil patrocínios, que iríamos virar o mundo da NASCAR e fui para lá achando que realmente conseguiria. E não conseguiram porra nenhuma."

"Chegamos a um ponto que não tínhamos mais patrocínios americanos e fiquei sem escolha. Mas, na mesma hora, pintou o Rallycross, abracei e adorei a competição, e depois pintou a Fórmula E, que eu nunca imaginava que iria acontecer."

Se a falta de identificação com alguma categoria pode prejudicar, há um outro fator que pode ser considerado positivo.

"Graças a isso, aperfeiçoei muito minha pilotagem, consigo me adaptar muito mais rápido a qualquer tipo de carro, qualquer tipo de situação, me sinto muito mais confiante."

Os dias ruins na NASCAR

Apesar de ser o único brasileiro a chegar ao Victory Lane na categoria, sendo uma vez pela Xfinity Series e duas pela Truck Series, a última temporada de Nelsinho,em 2013, foi abaixo do esperado.

Terminando como 12° colocado no campeonato e tendo como melhor resultado a oitava posição em Kentucky, ele explicou como foi a negociação com o patrocinador e os problemas que implicaram nessa escolha.

"Fui para a Xfinity Series porque eles queriam que eu participasse, e não iriam comigo na Truck Series. Minha escolha não era fazer Xfinity porque minha equipe não estava preparada para isso. Era para fazer Truck e ser campeão da Truck daquele ano." 

"Estávamos naquela situação: ou fazíamos Truck e talvez não conseguiríamos terminar a temporada por falta de patrocínio ou fazíamos a Xfinity o ano inteiro porque o responsável da Worx queria. Então fiquei sem escolha e foi um negócio de última hora."

Além dos maus resultados na pista, Piquet se envolveu em dois casos emblemáticos. Em Richmond se envolveu em uma briga com Brian Scott. Ao final da prova os pilotos se desentenderam, com Nelsinho chutando Scott. Na saída, membros da Richard Childress (RCR) agrediram parte do staff de Piquet. Após a agressão, os responsáveis foram levados para a delegacia. 

Meses depois, o brasileiro foi multado em US$ 10 mil por ter brincado com Parker Kligerman após o piloto ter postado uma foto em seu Instagram. Nelsinho o chamou de Fag (viado) e a brincadeira foi considerada abusiva pela NASCAR.

Piquet falou sobre os casos, questionando a postura dos dirigentes da categoria.

"Sobre os casos, a NASCAR não ajuda em nada e nem entre os americanos. Para você ter uma ideia, nem o Travis Pastrana eles queriam ajudar e o cara é um fenômeno. Então, quem sou eu perto dele para me ajudarem? Nem americano eu sou." 

"O Pastrana saiu de lá porque não teve ajuda deles. Ele colocou quase 10 milhões de dólares do bolso. A NASCAR não o ajudou a arrumar patrocínio e ele decidiu parar de colocar dinheiro, por mais que gostasse da categoria."

"Então, tudo aquilo que aconteceu, deles me pedirem para não fazer boletim de ocorrência, de não colocar o nome da RCR no jogo, porque dois membros tinham sido presos por terem batido nas pessoas que estavam comigo, enfim, a NASCAR me pediu, eu falei que tudo bem." 

"Logo em seguida, eles criaram uma confusão com o Parker Klingerman, fazendo uma tempestade em um copo d'água e eu não entendi realmente, depois de terem me pedido para diminuir o tom, para não criar confusão." 

"Fiquei bem chateado com eles, perdi muito do respeito pelos organizadores, não pelo esporte, que eu adoro, sou apaixonado até hoje, mas por quem organiza, fiquei muito chateado."

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