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"É covardia comparar audiências de NASCAR e Indy”, diz especialista

Ao Motorsport.com Brasil, Austin Karp compara audiências na TV americana das duas principais categorias dos EUA

Vencedor da corrida Jeff Gordon beija tijolos

Foto de: NASCAR Media

Vencedor da corrida Jeff Gordon beija tijolos
Vencedor da corrida Jeff Gordon beija tijolos
Vencedor da corrida Jeff Gordon beija tijolos
Vencedor da corrida Jeff Gordon beija tijolos
Vencedor da corrida Jeff Gordon beija tijolos
Jeff Gordon e sua família
Jeff Gordon e Dario Franchitti

No próximo fim de semana a NASCAR estará em Indianápolis, território em que a maior categoria de monopostos dos EUA vive o seu auge anual. Mas mesmo com esta “guerra” declarada entre os dois campeonatos nos bastidores, se engana quem acha que o interesse pelas duas séries seja parecido. Mesmo com ligeira queda de audiência e de público nas pistas, a NASCAR ainda contabiliza maior atenção do que a Indy.

O Motorsport.com Brasil conversou com o especialista em audiência esportiva da TV americana, Austin Karp, que escreve para o site SportsBusiness Daily, para falar sobre os índices de audiência de hoje e de ontem envolvendo as duas categorias.

Com a exposição dos números, notamos um fato marcante: a audiência da Truck Series (considerada a terceira divisão da NASCAR) é 126% maior do que a média da Indy.

Karp crava: "hoje, comparar os números da NASCAR com a Indy é covardia. A Sprint Cup sofre com o declínio de sua audiência, mas mesmo assim ela é muito maior que qualquer número da Indy."

Outro número que demonstra o poderio da NASCAR em relação à Indy é relacionado aos dois principais momentos das temporadas de ambas. Em 2015, a Daytona 500 conseguiu uma média de 13.4 milhões de telespectadores, enquanto que a Indy 500 fechou com audiência de 6.4 milhões – menos da metade dos fãs.

Mas nem sempre foi assim. Karp comparou os dois eventos há 20 anos. "Em 1995, o placar foi de 11.4 a 12.0 para a Indy – muito mais perto." Os motivos que levaram ao declínio da categoria dos monopostos são discutidos até hoje, mas algumas outras informações cedidas pelo especialista dão um alento aos fãs da Indy nos Estados Unidos.

Depois de dez anos, a audiência das 500 Milhas de Indianápolis foi maior que a das 600 Milhas de Charlotte, o que pode demonstrar que a Indy está voltando aos poucos ao caminho certo. Por outro lado, em recente pesquisa, mostrando os 50 eventos esportivos mais vistos do ano na terra do Tio Sam, o automobilismo esteve presente em apenas três colocações, com três etapas da NASCAR - Daytona, Atlanta e Las Vegas.

Mas a NASCAR tende a sofrer um pouco mais com os números no futuro próximo. Em 2015, a NBC voltou a fazer parte das transmissões, com o seu canal fechado, a NBC Sports Network, transmitindo provas que eram da TNT e ESPN até o ano passado. O problema é que nas corridas em que a rede dá preferência para o canal a cabo, muitos fãs não conseguem assistir, já que a emissora não está presente em pacotes tão acessíveis quanto estava os canais anteriores.

Sabendo disso, NASCAR e NBC assinaram um acordo de direitos de transmissão mais salgado para o lado da emissora, que teve de pagar um valor maior do que o contrato anterior para compensar a categoria. Enquanto isso, a NBCSN tenta entrar em mais casas americanas, utilizando justamente o argumento de ter a NASCAR em seu cardápio.

No Brasil o quadro é completamente diferente. Pelo apelo até na nomenclatura da categoria (o nome "Fórmula Indy" só é utilizado no Brasil), o interesse do brasileiro é bem maior pela Indy do que pela NASCAR. Desde os anos 1980, com a participação direta de Luciano do Valle na Band e da Manchete e do SBT nos anos 90, a categoria sempre esteve na TV aberta. A NASCAR, aparecendo apenas na TV fechada (exceto com compactos nas extintas Rede Manchete e OM Brasil), ainda é uma completa desconhecida para a maioria das pessoas que dizem acompanhar esportes em geral.

O Motorsport.com tentou contatar as emissoras para conseguir os números de audiência. No entanto, tanto Fox quanto Band guardam seus números sob confidencialidade, a não ser quando é de seu interesse comercial.

 

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