Entrevista

De Cimed na Porsche, Cacá vê saída da Red Bull possível

Ao Motorsport.com, pentacampeão da Stock Car diz que irá anunciar seu futuro até a Corrida do Milhão

Box Cimed

Box Cimed

Gabriel Lima/Motorsport

Carro de Cacá Bueno e Cláudio Dahruj
Cacá Bueno em Cascavel
Box Cimed
Cacá Bueno
Cacá Bueno
Cacá Bueno sai dos pits
Cacá Bueno em Goiânia
Cacá Bueno
Cacá Bueno
Cacá Bueno e Daniel Serra
Cacá Bueno
Carro de Cacá Bueno e Ricardo Sperafico
Cacá Bueno em Cascavel
Cacá Bueno comemora pole
Cacá Bueno em Goiânia
Carro Cacá
Cacá Bueno em Curitiba
Cacá Bueno em Tarumã
Carro de Cacá e Dahruj
Caca Bueno

Correndo na Porsche Cup neste final de semana com o patrocínio da Cimed e com William Lube (chefe de equipe da Cimed na Stock Car) como estrategista, Cacá Bueno não esconde que pode estar mudando de ares em sua carreira.

O pentacampeão da Stock Car disse ao Motorsport.com em Interlagos que pensa em outras oportunidades para 2017 fora da Red Bull Racing, capitaneada por Andreas Mattheis.

“A possibilidade de eu sair da estrutura do Andreas Mattheis e da Red Bull é real. Há uma possibilidade grande de que eu não continue lá no ano que vem”, cravou.

"Decidi o que quero fazer, mas não posso carimbar nada antes de confirmar. Todas as pessoas da Cimed já trabalharam comigo, desde o chefe de equipe (William Lube) aos mecânicos. Tive participação direta na colocação do Felipe Fraga neste time dois anos atrás.”

O boato de uma transferência do piloto nasceu na última etapa da Stock Car, em Cascavel, na metade do mês de julho. Cacá pode estar indo para o lugar de Felipe Fraga no time campeão da Stock Car no ano passado. Na nova equipe, Bueno poderia se tornar sócio de Lube na chefia. O time continuaria a ser patrocinado pela Cimed, mas a marca poderia também adquirir outra equipe – a Cavaleiro Sports, time de Popó Bueno.

Acordo na Porsche é “normal”

Questionado se o fato de correr com um carro patrocinado pela Cimed neste final de semana é um indício de seu futuro, o carioca negou e disse que os pilotos da Red Bull Racing têm liberdade de correr em outros campeonatos com outros patrocinadores. Entretanto, Cacá não nega que pode aparecer na Cimed no ano que vem.

“Isso aqui é normal. Nós, pilotos da equipe Red Bull na Stock Car, temos esta prática. Corri de Midway – conflitante da Cimed – no ano passado de GT. O Daniel Serra corre de Ferrari nos EUA e correu de YPF na Argentina.”

“Não posso afirmar o que não está decidido. O que está decidido é que no ano que vem vou correr em uma equipe que me quer. Tive várias conversas com muitas equipes. Acho que vamos definir algo até a Corrida do Milhão. Existe a possibilidade de ser essa equipe e existe a possibilidade de ser outra equipe.”

“Em 2012, cheguei a andar em cinco campeonatos com cinco patrocínios diferentes. Isso é uma oportunidade. A Porsche é uma categoria onde o relacionamento é importante, e o nome Cacá Bueno tem relevância dentro deste meio. O patrocínio entendeu isso. Isso tem a ver com conversas? Tem. Como disse, é uma das possibilidades.”

Por que Cacá mudaria de time?

Cacá não se esquivou do que o tem deixado chateado em sua atual equipe. A demora para firmar um contrato é o principal motivo para o seu descontentamento e sua vontade de sair da Red Bull Racing.

“Estou sendo muito sincero. Poderia me recusar a falar disso. Não é só o meu futuro na Stock Car que quero anunciar daqui três semanas. É meu futuro como piloto. Que categorias vou correr, com que patrocinadores vai ser e se vou ser dono de equipe ou não”, disse.

“Não estou querendo sair do Andreas (Mattheis) pela capacidade técnica dele. Ganhei muitas corridas e campeonatos lá. Ganhei duas corridas neste ano e fiz três poles em seis possíveis. Não sou líder do campeonato porque tive alguns azares em problemas mecânicos. Nada a ver com performance.”

“Estou no oitavo ano de estrutura Red Bull. O que acontece é que foi muito desgastante a renegociação de contrato. Tentei de todas as maneiras renovar o meu contrato e manter uma continuidade. Tenho meu valor de mercado, e pela primeira vez em 13 anos a Red Bull (patrocínio) me deixou entrar em um último ano de contrato sem contrato. Isso me incomodou. Falei a eles: ‘pela primeira vez eu vou a mercado’. Eu sempre tive contrato e nunca quis escutar nenhuma proposta.”

“Tive três times que me procuraram de maneira forte. Aí apareceu o meu valor - quanto valho em termos de salário e duração de contrato. E ainda existem alguns patrocinadores que me falaram que se eu for sair vão comigo para outro time, ou até se eu quiser ter a minha equipe. Cheguei para a Red Bull e falei do que tinham me oferecido – incluindo até algumas premissas internacionais. Me falaram que isso não podiam fazer.”

“Tenho um respeito tremendo por eles. Tenho um grande orgulho de representar a marca. Se eu realmente for sair da estrutura, tomara que eles continuem comigo de alguma maneira. Tenho orgulho de estar com uma marca tão representativa.”

Cacá também disse que não sabe se a Red Bull continua na Stock Car ou não. “Não faço a menor ideia. Este é um assunto deles e não meu.”

O que Cacá pode fazer no ano que vem?

Para 2017, o pentacampeão deixou suas opções em aberto. O piloto carioca disse que pensou até mesmo em deixar a Stock Car após as polêmicas o envolvendo no último ano.

“Tenho ofertas de duas equipes do TC 2000 e o (Antonio) Hermann está tentando reestruturar o time internacional dele, e também quer me ter lá dentro. Estou de olho na Argentina, na Europa, aqui na Porsche e na Stock Car”, falou.

“Assim que decidir eu vou comunicar o que vou fazer, sem enrolar. Ponderei também muito se continuo na Stock Car ou não pelos problemas do passado."

“Essa saída do time da Red Bull vai de encontro a isso: fazer mais categorias e começar a ter uma importância como empresário do automobilismo, não só como piloto. Talvez no meu time atual nunca pudesse fazer isso. Não está decretada a saída de lá, mas acho que é o caminho.”

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