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Novo acidente poderia deixar Átila “paraplégico”, admite piloto

Piloto da Shell V-Power falou sobre lesão na coluna, sobre o novo papel que terá no fim de semana e vê campeonato ainda aberto

Átila Abreu

Foto de: Duda Bairros

Átila Abreu foi a grande ausência da etapa de abertura do Velopark, na temporada 2019 d Stock Car. O piloto se acidentou durante o treino de classificação e acabou com uma fissura na segunda vértebra da coluna lombar, impedindo de assumir o volante no dia seguinte.

Após novos exames, os médicos preferiram vetá-lo também para a segunda rodada em Mogi Guaçu, por constatarem que a lesão ainda não estava totalmente calcificada. O piloto do programa da Shell, Vitor Baptista estreará no campeonato no lugar do piloto de Sorocaba.

Falando com exclusividade ao Motorsport.com Brasil, Átila falou sobre o atual momento e de detalhes da lesão que teve.

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“Estou muito bem, sob todos os aspectos, estou contente” iniciou, Átila. “É óbvio que a notícia de você não poder correr, ainda mais em uma pista em que já tive excelentes resultados, é uma coisa que ninguém quer. Mas acho que depois do que passei depois da batida, de toda a recuperação, de nem conseguir andar e hoje estar bem, sem dor, conseguindo fazer as coisas, estar aqui acompanhando o fim de semana de corrida, não tem preço que pague. Foi um grande susto, mas o susto passou, e agora é focar na recuperação.“

Átila confirmou que o veto tem ligação na precaução dos médicos em não agravar a situação da coluna, do que qualquer dor ou incômodo que o piloto tenha.

“É uma cartilagem, foge de todo o meu esforço que fiz, com três sessões de fisioterapia por dia. Os médicos, em uma decisão correta, pelo fato de ainda não ter calcificado a fratura, eles preferiram me poupar, porque se eu tiver um outro acidente, poderia ter uma complicação mais séria. Estamos sujeitos a isso, o que poderia complicar as coisas bem mais, com alguma sequela para o futuro.”

“Eu tenho uma fratura na coluna L2, não precisei operar, dentro do âmbito das fraturas, foi a mais leve que eu poderia ter, porém ela existe e requer calcificação. Estamos falando de uma área móvel, diferente do braço em que você consegue imobilizar, o tempo para calcificação acaba sendo maior. Houve uma fissura, uma trinca, e ela não calcificou. Ela não está 100% pronta para receber um novo impacto.”

“Ela pode literalmente quebrar, pode correr para algum lado, e se ela correr para trás, poderá encontrar o sistema nervoso da coluna e poder ficar paraplégico ou demorar muito tempo para voltar a andar ou fazer uma cirurgia e conviver com pinos na coluna. Fica inviável de se assumir um risco. No ano passado a Bia (Figueiredo) ficou sem freio e atingiu o (Gabriel) Casagrande, então não depende só do meu lado.”

Presente ao Velo Città, Átila estará ao lado de Vitor Baptista, participando das ações da equipe fora da pista, na tentativa de trazer um bom resultado ao time.

“Nesse meu tempo de Stock Car, eu nunca assisti uma corrida dos boxes, talvez isso me ajude a entender algumas necessidades da equipe, o que acontece pelo lado da equipe que posso me ajudar no futuro.”

Campeonato aberto

Passando em branco em duas etapas, três corridas, Átila não se acha carta fora do baralho na disputa pelo título da Stock Car, mas, obviamente, viu a situação mais difícil.

“A Stock Car é um dos campeonatos mais disputados do mundo. Você ganhar um campeonato em condições normais já é difícil e eu venho trabalhando para isso. Ficar de fora de três corridas, torna ainda mais difícil. Estou fora da briga? Não estou. Tivemos bons pilotos que não pontuaram na primeira etapa e que se tiverem um fim de semana ruim, estarão na mesma condição.”

“É cedo para falar de campeonato, obviamente eu largo muito atrás, mas se você olhar no ano passado, quando na quinta corrida do ano eu praticamente não havia pontuado e terminei entre os primeiros, com quatro vitórias, tem muita coisa para rolar. O ponto é não pensar em campeonato, é pensar em se recuperar para quando voltar, estar 100%.

A próxima etapa da Stock acontece em Goiânia, no dia 19 de maio, daqui apenas duas semanas. Com pouco tempo entre as corridas, Átila admite que a condição para as corridas no Centro-Oeste ainda está indefinida.

“Condições de pilotar um carro eu tenho normalmente. Para ser liberado, precisarei passar por nova bateria de exames, basicamente no mesmo cronograma que tive para esta etapa aqui. Se tiver calcificado, estarei na pista, se não tiver, não estarei.”

“Mas ainda é muito cedo para falar, o corpo humano reage de diversas maneiras. Já tive boa parte dessa calcificação, mas não está 100% consolidada, então só os novos exames é que vão dizer.”

 

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