MotoGP pode retornar com concessões para ajudar Honda e Yamaha a superarem crise

Após a Aprilia perder suas concessões no ano passado, todas as cinco montadoras passaram a competir sob as mesmas regras em 2023

Marc Marquez, Repsol Honda Team bike

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

A crise atual das marcas japonesas da MotoGP, Yamaha e Honda, fazem com que a Dorna Sports considere reviver as concessões de montadora para ajudá-las a superar o momento ruim.

O sistema de concessões foi introduzido em 2014 de forma a ajudar a balancear o grid, aumentando a plataforma competitiva para potenciais montadoras, o que ajudou a trazer Suzuki, Aprilia e KTM para o esporte entre 2015 e 2017.

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As montadoras com concessões tinham vários benefícios em comparação às não-concessionais, Honda e Yamaha na época, incluindo testes irrestritos durante a temporada, uma alocação maior de motores e desenvolvimento sem limites das unidades de potência.

Para estar elegível às concessões introduzidas em 2014, a montadora tinha que ser nova ao grid ou ficar sem vencer no ano anterior. E uma marca perdia seus privilégios caso acumulassem seis pontos de concessão ao longo de um ano, determinados pelos resultados: três por uma vitória, dois por um segundo lugar e um pelo terceiro.

A Aprilia foi a última montadora a perder suas concessões no ano passado, com todas as seis marcas correndo no mesmo nível em 2023.

No regulamento atual, a única alternativa para que uma marca obtivesse as concessões seria não ter nenhum de seus pilotos conquistando um pódio nos GPs de domingo, algo que Honda e Yamaha já obtiveram, com a vitória de Álex Rins no GP das Américas e o P3 de Fabio Quartararo na mesma prova.

A Yamaha, que possui apenas duas motos no grid de 2023, é a última colocada no Mundial de Construtores, enquanto a Honda, que tem quatro representantes, é a quarta, mas apenas sete pontos adiante.

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

Alberto Puig, chefe da Honda, disse à imprensa durante o GP da Holanda em Assen que ainda não há discussões sobre as potenciais concessões às marcas japonesas.

"Isso não é algo que já tenhamos discutido com a Dorna, e não sabemos onde que isso vai parar. Não temos informações ainda, então não posso dar uma resposta clara. O que a Honda precisa fazer é trabalhar para melhorar a moto, não torcer para termos uma ajuda do campeonato".

Apesar de ser real o fato de que a volta das concessões ainda não foi oficialmente discutido na Associação de Montadoras (MSMA), o Motorsport.com apurou que isso é iminente, devendo estar na pauta da reunião marcada para o GP da Grã-Bretanha, após a pausa de verão.

A MSMA não deve se reunir antes disso, mas não é descartada a possibilidade de uma reunião virtual durante a pausa de verão. A lógica indica que a Dorna deve fazer a proposta de forma individual antes de levar o tópico à MSMA e à aprovação da Comissão.

"Estamos abertos à discussão, mas ninguém nos informou oficialmente sobre nada", disse um representante da Ducati ao Motorsport.com. "O que está claro é que o critério para dar as concessões deve ser decidido de forma absolutamente objetiva, não somente dado à Yamaha e Honda".

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