F1: FIA diz que é simplesmente "impossível" checar todas as partes de todos os carros em um GP

Federação veio a público se defender após questionamentos e críticas surgidos na desclassificação de Hamilton e Leclerc

Mechanics with their cars in Parc Ferme

Foto de: Carl Bingham / Motorsport Images

A desclassificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc no GP dos Estados Unidos gerou uma enxurrada de dúvidas e críticas à FIA sobre o escrutínio feito nos carros em um fim de semana. Mas a Federação veio a público se defender, afirmando ser "impossível" checar todos os componentes de todos os carros de Fórmula 1.

Os pilotos da Mercedes e da Ferrari foram desclassificados do GP em Austin após a FIA descobrir um desgaste além do permitido pelo regulamento na prancha de seus assoalhos.

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Enquanto ambas as equipes aceitaram a punição, a decisão levantou uma grande intriga entre os fãs pelo fato da FIA não ter checado todas as pranchas do grid. Em Austin, além de Hamlton e Leclerc, a Federação checou também Max Verstappen e Lando Norris.

Essa situação levou a sugestões de que a FIA deveria aumentar seu escopo de escrutínio para incluir outros carros, já que poderiam haver outros na mesma situação. Isso foi algo que Martin Brundle sugeriu em sua coluna pós-corrida na Sky Sports F1.

"Após a corrida, quatro carros foram checados, incluindo Verstappen e Norris, com Hamilton e Leclerc sendo julgados com desgaste excessivo, cuja única punição é a desclassificação, por mais mínima que seja. Não é uma área cinzenta".

"Mas a próxima questão é, se 50% dos carros testados falharam, não deveriam checar todos os que terminaram a prova? Certamente a resposta deveria ser sim".

Mas a FIA explicou que tal checagem detalhada de carros tão complexos quanto os da F1 é algo que simplesmente não tem como acontecer, não sendo possível passar por todos os componentes de todos no tempo disponível.

Na verdade, ela afirma que seu protocolo de longa data de checagem randômica de partes variadas dos carros funciona porque as equipes nunca sabem quais componentes estão sendo olhados em cada corrida, evitando formas de burlarem as regras.

Mechanics move the car of Kevin Magnussen, Haas VF-23, in Parc Ferme after the Sprint

Photo by: Simon Galloway / Motorsport Images

Mechanics move the car of Kevin Magnussen, Haas VF-23, in Parc Ferme after the Sprint

Em uma nota detalhando o processo de escrutínio, a FIA explicou que esse elemento randômico é suficiente para impedir que as equipes fujam do regulamento.

"Isso significa que, a partir dessa perspectiva, qualquer parte do carro pode ser checada a qualquer momento, e as consequências para o não-cumprimento do regulamento técnico podem ser severas".

"A equipe técnica da FIA para a F1 tem uma vasta experiência, além de dados de várias fontes e sensores que ajudam na tomada de decisões sobre quais aspectos de cumprimento podem ser checados".

"Na grande maioria das vezes, os carros cumprem com as regras. Porém, como visto em Austin, violações ocasionalmente são encontradas e repassadas aos comissários, que decidem qual é a ação apropriada".

A FIA disse que aspectos práticos precisam ser levados em conta na checagem dos carros, e que há um tempo limitado após as classificações e as corridas para as verificações.

"Ao conduzir esses testes, um grande trabalho é feito no tempo limitado disponível após o fim das sessões, antes dos carros serem devolvidos às equipes para desmonte e envio para a próxima etapa".

"Porém, mesmo que uma grande gama de checagens sejam feitas, é simplesmente impossível cobrir todos os parâmetros de todos os carros no curto tempo disponível, e isso é particularmente complicado em provas consecutivas, quando os prazos de envio precisam ser considerados".

"É por isso que o processo de seleção randômico de carros para o escrutínio pós-corrida em vários aspectos do regulamento é tão importante. Cada equipe está ciente de que essa seleção é possível e entende de que a chance de que qualquer violação seja descoberta é grande".

A busca para fazer com que as equipes cumpram o regulamento ganha mais força pelo fato de que, a cada corrida, um carro é separado para checagens mais profundas.

"Essa checagem é invasiva e exigem a desmontagem de componentes significativos que não são regularmente checados devido ao tempo necessário para que o procedimento seja realizado. Esse processo envolve comparar os componentes físicos com seus projetos, enviados pelas equipes para a FIA, além de verificação dos dados das equipes".

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