Membros do Congresso dos Estados Unidos exigem respostas da Liberty sobre 'bloqueio' à entrada da Andretti na F1

Na carta, endereçada ao chefe da Liberty, Greg Maffei, os membros do Congresso escrevem "para expressar preocupações"; saiba mais no Motorsport.com

Michael Andretti on the grid

Foto de: Alexander Trienitz / Motorsport Images

Uma dúzia de membros do Congresso dos Estados Unidos escreveu para a Liberty Media, dona da Fórmula 1, exigindo respostas em relação aos motivos da categoria para 'bloquear' a entrada da Andretti na competição.

Em janeiro, a F1 rejeitou a proposta da equipe norte-americana para entrar no grid da elite global do esporte a motor na temporada seguinte, apesar de o órgão regulador do campeonato, a Federação Internacional do Automobilismo, ter aprovado as capacidades técnicas da Andretti em outubro. 

O editor recomenda:

"Nosso processo de avaliação estabeleceu que a presença de uma 11ª equipe não traria, por si só, valor ao campeonato. A maneira mais significativa pela qual um novo participante agregaria valor seria sendo competitivo. Não acreditamos que o candidato seria um participante competitivo", argumentou a F1.

Patriarca da Andretti, o campeão mundial de F1 de 1978, Mario Andretti, visitou o Capitólio no início desta semana e se reuniu com o republicano John James -- que é um dos 12 signatários da carta endereçada à Liberty Media - para discutir o 'bloqueio'.

A função dos membros do Congresso dos Estados Unidos é representar as pessoas de seus distritos, além de desenvolver e votar em leis. Na carta, endereçada ao chefe da Liberty, Greg Maffei, os membros do Congresso escrevem "para expressar preocupações com as ações que poderiam impedir duas empresas norte-americanas, a Andretti e a General Motors (GM, parceria da escuderia no projeto), de produzir e competir na F1".

O documento prossegue alegando que a rejeição do pedido da Andretti pela F1 "parece ser motivada pela atual formação das equipes de F1 europeia, muitas das quais são afiliadas a fabricantes de automóveis estrangeiros que competem diretamente com empresas automotivas norte-americanas como a GM. É injusto e errado tentar impedir que empresas americanas participem da F1, o que também poderia violar as leis antitruste norte-americanas". A Liberty é dos EUA.

General Motors announcement

Anúncio da General Motors

Foto de: General Motors

"A participação de todas as equipes de F1, incluindo as norte-americanas, deve ser baseada no mérito e não apenas limitada à proteção da atual linha de equipes. Isso é especialmente verdadeiro considerando a crescente presença da F1 nos Estados Unidos, incluindo três eventos em Miami, Austin e Las Vegas."

A Andretti tuitou sobre seu compromisso de ser aprovada para a F1 para 2026.

 

Que respostas os membros do Congresso dos EUA estão exigindo da F1?

Os 12 membros do Congresso solicitaram as respostas da Liberty às seguintes perguntas até 3 de maio:

1. "Com que autoridade a F1 rejeitou a admissão da Andretti? Qual é a justificativa para a rejeição, especialmente no que diz respeito à Andretti e a GM, potencialmente sendo a primeira equipe norte-americana construída nos Estados Unidos?".

2. "A Lei Sherman Antitruste de 1890 proíbe restrições irracionais à concorrência no mercado para produzir o melhor resultado para o consumidor norte-americano. Como a recusa da F1 à Andretti e à GM, empresas de propriedade norte-americana, se enquadra nos requisitos da Lei Sherman, uma vez que a decisão beneficiará as equipes europeias já estabelecidas e suas 'afiliadas' estrangeiras de fabricação de automóveis?".

3. "Entendemos que a GM pretende reintroduzir sua marca Cadillac no mercado europeu, o que daria suporte a milhares de empregos automotivos norte-americanos bem remunerados, especialmente com a audiência mundial da F1 e seu efeito sobre equipes e patrocinadores. Em que medida a entrada da GM e da Andretti na competição e a entrada da GM no mercado europeu contribuíram para a decisão de negar a admissão da Andretti, considerando o clamor das equipes contra um concorrente americano?".

Eles assinam a carta declarando: "Continuamos a supervisionar esse assunto, e com os órgãos reguladores federais apropriados, para garantir que quaisquer possíveis violações da lei dos EUA sejam investigadas e perseguidas rapidamente". 

Quando procurada para comentar, a F1 encaminhou ao Motorsport.com sua declaração anterior sobre a proposta rejeitada de Andretti.

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