Leclerc e Mercedes estariam negociando em meio a impasse com Hamilton, diz colunista; Charles teria cláusula para deixar Ferrari

Bastidores do mercado envolvem diversos personagens, desde Fred Vasseur, chefe do time de Maranello, a Helmut Marko, consultor de automobilismo da Red Bull

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Após o espanhol Carlos Sainz ser ventilado como contratação da Audi para o futuro da montadora alemã na Fórmula 1, a Ferrari agora vê seu outro piloto, o monegasco Charles Leclerc, ter seu nome especulado em outra marca germânica, a Mercedes. E na vaga do britânico Lewis Hamilton.

Segundo o jornalista Leo Turrini, em sua coluna no italiano Quotidiano Nazionale, os contatos entre Leclerc e o time de Stuttgart baseado em Brackley são um "segredo aberto". De acordo com o repórter, "todo mundo sabe disso, desde a 'remota garagem' em Maranello até o Oceano Índico".

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O assento que Leclerc poderia ocupar na Mercedes é o que atualmente pertence a Hamilton: o britânico tem contrato até o fim da atual temporada, mas seu futuro na categoria é incerto e uma aposentadoria não é descartada -- o heptacampeão poderia inclusive ir para a própria Ferrari.

De todo modo, a informação de Turrini não deixa claro se as negociações entre Leclerc e Mercedes seriam já para 2024 ou então para 2025. Neste último caso, Hamilton até poderia seguir na equipe anglo-germânica por mais uma temporada enquanto o time negocia em paralelo com o monegasco.

Mas o fato é que a ida de Lewis para a Ferrari é frequentemente abordada nos paddocks da F1. Recentemente, Eddie Jordan falou sobre o assunto, que frequentemente surge no noticiário da categoria.

Do outro lado da garagem da Mercedes, a situação parece consolidada: o também britânico George Russell tem um contrato multianual e é a aposta da marca alemã. E, para Turrini, desta vez Toto Wolff não poderá se dar ao luxo de contratar um 'segundão' como o finlandês Valtteri Bottas.

"Russell é muito forte, mas, se Hamilton parar, quem paga [a conta] em Stuttgart pode não aceitar outro [Valtteri] Bottas ao lado de um piloto que ainda não é campeão", ponderou Turrini, lembrando que George não está no patamar que Hamilton estava quando Bottas foi contratado, em 2017.

Tendo isso em vista, o nome de Leclerc ganha força na Mercedes, na visão do jornalista italiano. Ele, porém, não vê uma troca direta entre a equipe alemã e a Ferrari. "Eu sei que Hamilton nunca esteve perto do time vermelho. Nunca houve um acordo. Nunca", ressaltou.

Porém, o consultor de automobilismo da Red Bull, Helmut Marko, afirmou que Charles tem cláusula para sair da Ferrari antes do fim de seu contrato, que vai até o final de 2024. Assim, mesmo que a escuderia e a Mercedes não negociem troca envolvendo Hamilton, Leclerc pode ir para Brackley.

“Essas cláusulas de desempenho são comuns hoje em dia. Elas afirmam 'aproximadamente' que um piloto deve ter um certo número de pontos em um determinado ponto da temporada, geralmente no final do verão [europeu], para que o contrato seja automaticamente renovado", explicou Marko.

"Se este não for o caso, ambas as partes têm a opção de rescindir. Foi por esse motivo que Sebastian Vettel conseguiu mudar para a Ferrari tão facilmente em 2015”, finalizou ele ao germânico Sport1.de, citando a saída do piloto da Alemanha da Red Bull. 

A reportagem do veículo jornalístico alemão informa ainda que o interesse de Wolff em Leclerc, caso Hamilton de fato opte pela aposentadoria ou não haja um acordo nas negociações entre Lewis e o chefe da Mercedes, estaria causando irritação nos bastidores da Ferrari. 

Além disso, a relação entre o chefe de Maranello, Fred Vasseur, e um dos managers de Leclerc, Nicolas Todt (filho de Jean Todt, dirigente histórico da Scuderia e ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo) estaria deteriorada. A boa relação entre os ex-sócios se rompeu há cinco anos, quando houve desentendimentos nas categorias de base por causa da [equipe] ART Grand Prix, que fundaram juntos. Entretanto, Vasseur foi chefe de Leclerc na Sauber na F1 2018.

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