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Piloto de 31 anos morre após acidente em prova do Goiás Superbike

De acordo com presidente da Federação Goiana, Welles Carvalho disputava sua primeira temporada como competidor e motociclismo era sua grande paixão

Goiás Superbike - Motos preparadas etapa Goiania

A terceira etapa do campeonato 2019 do Goiás Superbike do último domingo ficou marcada pela morte de Welles Lins de Carvalho Balbino. O acidente aconteceu na última curva da volta final da corrida da categoria SBK Escola 1000cc.

Welles havia largado na quinta posição e conseguiu segurar o posto até a última volta. O presidente da Federação de Motociclismo de Goiás, Roberto Boettcher, disse em entrevista ao Motorsport.com Brasil, que ao se aproximar da curva final, o piloto começou a frenagem da moto e olhou para trás para verificar a vantagem para os adversários, e nesse momento, perdeu o controle de sua BMW e saiu da pista.

De acordo com Boettcher, Welles tentou segurar a moto quando escorregou pelos 80 metros da área de escape, colidindo contra o guard rail. Ele disse ainda que é muito difícil alguém perder o controle naquele ponto do circuito.

O piloto foi atendido no Hospital Estadual de Urgências de Goiânia (HUGO), considerado o mais adequado para lidar com traumas do tipo. No hospital, Welles sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito pouco após receber os primeiros cuidados da equipe médica.

Boettcher disse que Welles fazia sua primeira temporada como competidor, e que apesar de ser um novato, já havia realizado o curso de pilotagem em 2018 e participado de Track Days para acumular experiência.

Questionado sobre as condições de segurança do circuito goiano, Boettcher destacou que é um dos melhores do país e que o incidente era uma triste fatalidade.

“O autódromo de Goiânia foi construído originalmente para receber corridas de motos, e só depois é que foi preparado para carros. Nesse aspecto, é um dos mais seguros do país, tanto é que várias categorias fazem provas aqui. A pista tem áreas de escape bem largas e segue aos padrões exigidos”.

Perguntado se os guard rails da curva onde aconteceu o acidente possuíam as barreiras de proteção de ar, exigidas no regulamento da federação internacional de motovelocidade (FIM), Boettcher negou.

“Não, porque esse ponto do circuito possui uma área de escape muito extensa, são 80 metros entre a pista e a barreira. Mesmo que fossemos instalar as barreiras, não seriam colocadas naquele ponto porque essa distância é considerada suficiente e não é uma área de risco do circuito. É muito difícil explicar esse acidente, foi uma verdadeira fatalidade”.

Questionado sobre a personalidade de Welles Carvalho, Boettcher elogiou o piloto e destacou sua paixão pelo esporte.

“Essa era a paixão dele. Ele sonhava poder ter uma moto e andar em circuitos, competir”, disse o presidente. “Essa é exatamente a nossa missão – tirar as pessoas das rodovias e trazê-las para as pistas, para que possam fazer a atividade de forma mais segura, e nós temos conseguido fazer isso, tanto é que nosso campeonato é o que mais cresce no Brasil hoje”.

“Infelizmente aconteceu esse acidente. Nós ficamos até tarde no hospital, estivemos com a família dele. É uma grande perda, o Welles era uma pessoa muito bacana".

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