F1: FIA dá veredito sobre teto de gastos de 2024 e revela documentos
Com dois meses de atraso, a Federação finalmente colocou fim às especulações que tomaram o paddock do México
No fim de semana do México foi levantado o rumor de que duas equipes teriam desrespeitado as regras do teto orçamentário da Fórmula 1. A Aston Martin já havia assumido sua parcela de culpa, apesar de seu processo ter sido uma "violação processual" e não ter 'furado' o limite de gastos. No entanto, havia uma segunda possível investigação.
Nesta terça-feira (28), a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) colocou fim às especulações e anunciou que todas as equipes seguiram à risca o limite orçamentário de 2024.
O tão aguardado documento, publicado com quase dois meses de atraso em relação aos prazos habituais, detalha que todas as dez equipes de F1 "foram consideradas em conformidade com o limite de custos", com uma única exceção administrativa: a Aston Martin Racing, que incorreu em uma "violação processual", mas sem ter excedido o limite de gastos.
"O CEC confirma que, embora a AMR tenha sido considerada em violação do procedimento, ela não excedeu o nível do limite de custos e que a infração foi de natureza muito pequena, decorrente de circunstâncias imprevisíveis além do controle da equipe", disse o comunicado da FIA.
O texto também explica que a equipe britânica e a Federação assinaram um Acordo de Violação Aceito (ABA) em 29 de setembro para resolver a questão. Descobriu-se que o problema era devido a uma assinatura pendente do auditor da equipe, que não pôde ser concluída a tempo por motivos pessoais, um detalhe que foi relatado anteriormente pelo Motorsport.com há alguns dias.
Fim da especulação após semanas de incerteza
A divulgação do relatório põe fim às teorias que circularam nos últimos finais de semana - especialmente no México - de que uma ou duas equipes poderiam ter excedido o limite de 135 milhões de dólares, cerca de R$725,4 milhões (ajustado pela inflação para cerca de 165 milhões de dólares, pouco menos de R$886,7 milhões).
O atraso na comunicação lembrou o paddock do que aconteceu em 2022, quando a Red Bull foi penalizada por gastos excessivos, o que gerou uma enorme controvérsia esportiva e na mídia. Nessa ocasião, no entanto, a FIA diz que não houve gastos excessivos, nem mesmo pequenos.
"O processo de revisão foi particularmente complexo e exigiu uma avaliação técnica detalhada das atividades de desenvolvimento realizadas pelas equipes e fabricantes de unidades de potência", explica a FIA, que observa que a auditoria durou sete meses.
Fabricantes de motores também estão dentro dos limites
O relatório também confirma que os cinco fabricantes de unidades de potência (Mercedes, Ferrari, Renault, Honda e Red Bull Powertrains) também cumpriram o limite de custo para o desenvolvimento dos novos motores que serão lançados em 2026.
Com esse anúncio, a FIA encerra oficialmente a revisão financeira de 2024, destacando a"cooperação e boa fé" de todas as partes envolvidas: "Todas as equipes e fabricantes agiram em todos os momentos com espírito de boa fé e cooperação durante todo o processo", acrescentou o comunicado.
Encerramento tranquilo
Assim, o "caso Aston Martin" foi encerrado como uma simples irregularidade processual, sem sanções ou consequências esportivas, e as outras equipes receberam seu certificado de conformidade.
Após vários anos de controvérsia sobre o limite orçamentário, o resultado de 2024 é um alívio geral para a FIA e as equipes, que agora podem se concentrar no campeonato de 2025 e nas principais mudanças técnicas e financeiras que virão em 2026.
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