De volta à Force India, Hulkenberg exalta Nadal e Schumi e elogia Rubinho
Piloto alemão foi entrevistado com exclusividade pelo TotalRace e revelou seus gostos pessoais
Considerado pela maioria como um dos melhores pilotos do grid atual e um futuro campeão do mundo, Nico Hulkenberg vai em 2014 para sua quarta temporada na F1, ainda sem conquistar sequer um pódio. Sempre correndo em equipes médias, o alemão teve sua volta à Force India confirmada onde esteve em 2011, como piloto reserva e em 2012, como titular. Antes do anúncio, Hulkenberg conversou com o TotalRace em Abu Dhabi.
TotalRace: Nico, como você se descreveria dentro e fora das pistas?
Nico Hulkenberg: Acho que as outras pessoas podem me descrever melhor. Mas eu me descreveria como um apaixonado por corridas. Sou comprometido com meu trabalho e com o meu esporte. Eu amo F1, amo corridas, amo o desafio de fazer a volta perfeita na classificação o mais rápido que puder e também amo todas aquelas situações de corrida.
Na vida privada sou um cara normal, como qualquer outro, que gosta de sair com os amigos para jantar, ir ao cinema. Tênis é uma das minhas paixões, um grande hobby. Também amo assistir aos jogos, qualquer torneio, sempre tento ver jogos de Grand Slam. Apesar de estarmos na F1, somos todos seres humanos normais, com uma vida normal. Sou um profissional no que eu faço, mas me divirto também.
TR: Você ama tênis, que é um esporte bem diferente da F1. Enquanto na F1, você depende de um time com muitas pessoas, um bom carro, no tênis é apenas você e a raquete. Você gostaria que a F1 tivesse esse lado do tênis, de não depender tanto do equipamento?
NH: São esportes diferentes, não tem como comparar pelas razões que você citou. Você não pode ter as mesmas condições no tênis que na F1. No tênis é só uma pessoa, é um esporte pessoal, com uma bolinha, a raquete, o adversário e o melhor vence. F1, não: Você precisa de um carro competitivo, um time bom, muitas coisas que precisam dar certo para ter sucesso, então são jogos diferentes.
TR: Nos últimos anos temos Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic alternando a ponta. Qual deles você prefere.
NH: O Nadal. Eu acho que ele é o melhor, é muito comprometido nunca desiste. A palavra nunca não existe para ele. Quando assistimos, vemos o quanto ele luta, corre o tempo todo, busca sempre o limite com força. Eu admiro a atitude dele.
TR: E na F1, quem é o melhor para você? Claro, considerando que, ao contrário do tênis, o equipamento não é o mesmo para todos...
NH: É difícil dizer, mas acho que o Sebastian é o atual tetracampeão, então com certeza é um dos melhores. Penso que Lewis, Fernando, Sebastian... Estão todos eles no topo.
TR: E em todos os tempos?
NH: O tempo em que eu comecei a seguir F1, Michael era o rei, ele dominava. Ganhava e ganhava... Então ele era um tipo de ídolo, desde aquela época até hoje.
TR: Existem muitos pilotos alemãs no grid ultimamente, o quanto isso é bom e o quanto é ruim para você?
NH: Eu penso que não há diferença em ter tantos alemãs no grid. Se são quatro ou dois. Talvez comercialmente, em relação aos patrocinadores alemães possa haver algo, mas em relação aos times de F1, isso é natural, não há mudança.
TR: E a pressão? No Brasil, os pilotos que vieram depois de Emerson, Piquet e Senna sofreram muita pressão. Na Alemanha, temos agora Michael e Sebastian, a pressão é grande?
NH: Eu acho que a pressão independe disso, pois pressão eu tenho de mim mesmo. Em relação à atenção, acaba indo muito para o Sebastian, pois ele vence e vence, então os fãs e a mídia acabam indo todos pra ele e não para mim. Mas eu não sou uma pessoa que se preocupa com essas questões.
TR: Você foi companheiro do Rubens Barrichello em 2010, na Williams. Como foi trabalhar com ele?
NH: Eu tive uma boa impressão do Rubens aqui. Claro que ele era muito experiente e sabia o que estava fazendo. Ele fazia alguns jogos comigo (risos), deixava eu ser o mais rápido nos treinos livres e de repente na classificação ele era mais rápido e ria, dizendo que tinha escondido o jogo antes. Mas eu gostei muito do ano que tive com ele, gostaria de ter tido mais um ano, pois aprendi muito com ele. Vi como ele trabalhava, foi um grande aprendizado para mim. E no lado humano também foi bem. Ele é um cara muito competitivo, ele queria me vencer, assim como eu queria vencê-lo, mas fora das pistas, ele era um cara muito fácil de lidar e divertido.
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