Últimas notícias

Dinheiro da F1 abasteceu ditadura na Síria, diz site

Em investigação, site da TV inglesa ITV diz que FIA teria concedido recursos a federação síria ligada a Bashar al-Assad

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08, Esteban Ocon, Sahara Force India F1 VJM10, Lance Stroll, Willia

Segundo a ITV News, dinheiro ganho com a promoção da Fórmula 1 estaria chegando ao regime ditatorial sírio. O país, comandado por Bashar al-Assad, atualmente vive uma violenta guerra civil.

Ao longo dos últimos três anos, o órgão regulador do automobilismo, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), entregou ao clube de esporte a motor da Síria uma parcela das taxas de milhões de libras pagas à entidade pela empresa que controla os direitos comerciais da F1.

Ao todo, a FIA compreende 245 clubes de esporte a motor em 143 países pelo mundo. Todos possuem poder, pois podem votar em sua assembleia geral. Isso significa que os países pequenos têm a mesmo peso de maiores. As decisões tomadas incluem aprovação de orçamento e a eleição do presidente da FIA, com a próxima oportunidade no final deste ano, quando o mandato do atual presidente, Jean Todt, chega ao fim.

Segundo a reportagem, desde 2014 um programa de subsídios esportivos teria sido o responsável por abastecer o Clube de Automobilismo da Síria (SAC) para a realização de eventos no país. A primeira concessão teria sido para a compra de uma ambulância e uma unidade de terapia intensiva para estar presente nos eventos. Seis motoristas, dois paramédicos, dois médicos e a manutenção da ambulância estariam inclusos.

A segunda concessão foi usada para comprar novos equipamentos para pilotos de rali, incluindo capacetes, macacões e cintos de segurança. A mais recente concessão foi para a compra de equipamentos de cronometragem e treinamento de kart para um campeonato de kart. Os documentos da FIA dizem que “duas ou três corridas” deveriam ser realizadas com a participação de 15 pilotos. Cada uma destas concessões tem como máximo estipulado pela FIA de 50 mil euros, o que faz com que a SAC tenha recebido até 150 mil euros - mais de 500 mil reais.

Sobre as provas, um porta-voz da FIA disse à ITV: "Os subsídios concedidos ao Clube de Automobilismo da Síria fazem parte do Programa de Subsídios da FIA que beneficiou mais de 101 países e os ajudou desenvolver e melhorar os padrões de segurança”.

"As atuais sanções contra a Síria foram examinadas de perto, e a FIA não acredita que, ao pagar essas concessões ao Clube de Automobilismo da Síria, foram sanadas quaisquer sanções. Eles cobriram, por exemplo, o custo de comprar uma ambulância, unidade de terapia intensiva e equipamentos de segurança para pilotos de rali. A FIA está empenhada em lidar com seus membros de forma não discriminatória e não política, conforme estabelecido em seus estatutos.“

"O Clube de Automobilismo da Síria trabalhou muito para manter o automobilismo neste país devastado pela guerra e esperamos ver o automobilismo na região ajudando o desenvolvimento e a paz através do esporte." 

A SANA, agência árabe de notícias, tem registro de um campeonato de rallycross em Damasco no ano de 2014 organizado pela SAC e pelo Ministério do Turismo da Síria.

In this article
Fórmula 1
Be the first to know and subscribe for real-time news email updates on these topics

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Pérez está "muito perto" do novo acordo com Force India
Próximo artigo Após falhas, Renault desloca reforço para box da Red Bull

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil
Filtros