'Draga' de Vettel já foi vivida por outros campeões da F1
Por retrospecto, piloto alemão não é o primeiro a passar por má fase mesmo já consagrado
A temporada 2019 da Fórmula 1 vem sendo marcada pelo domínio de Lewis Hamilton, a ascensão de Max Verstappen e Charles Leclerc, e também do fundo do poço do tetracampeão mundial, Sebastian Vettel.
O piloto alemão já completou uma temporada inteira sem vitórias e vive a pressão do ímpeto do jovem monegasco, que é uma das sensações do campeonato. Atualmente, ele é o quinto colocado, 13 pontos atrás de seu companheiro de equipe. Ao mesmo tempo, no próximo fim de semana ele poderá se redimir em Singapura, pista que é dono de quatro vitórias, além de recordista de triunfos junto com Hamilton.
Mas Vettel não é o primeiro a experimentar fases ruins na F1 após dias de glórias. Grandes nomes do passado tiveram o desprazer de períodos em que o carro, equipe ou o próprio piloto fosse questionado por fãs e imprensa. Alguns deles conseguiram dar a volta por cima.
Ayrton Senna
Ayrton Senna
Photo by: Rainer W. Schlegelmilch
O ano de 1992 não foi dos melhores para Senna, que foi o quarto no campeonato, atrás até do “novato” Michael Schumacher e só um ponto à frente do Gerhard Berger. Senna sofreu com as Williams “de outro mundo” de Nigel Mansell e Riccardo Patrese e fez apenas uma pole no ano, com três vitórias. Em 1993 ele voltou a brigar pelo título, com corridas memoráveis no Brasil e Donington Park, mas perdeu para a Williams, de novo superior à sua McLaren. Para muitos, 1993 foi o melhor ano de sua carreira, embora não tenha sido campeão.
Alain Prost
Alain Prost, Ferrari 642
Photo by: LAT Images
Em 1991, Alain Prost não ganhou uma corrida sequer. Sofreu com um carro que chamava de “caminhão” da Ferrari. Terminou em quinto no campeonato e acabou demitido antes mesmo da última corrida. Após ano sabático em 1992, voltou para ser campeão 1993, com a Williams Renault FW15C.
Fernando Alonso
Fernando Alonso, McLaren MP4-30 stopped on track
Photo by: XPB Images
Após dois títulos mundiais com a Renault, passagem pela McLaren e retorno à escuderia francesa, Fernando Alonso se manteve competitivo com a Ferrari de 2010 a 2014. Mas a aposta no retorno à McLaren com a Honda fez com que o espanhol passasse os piores dias como competidor, amargando quase sempre as últimas filas. Apesar de ter anunciado sua saída da F1 no final do ano passado, especula-se que ele deva voltar em 2021.
Nigel Mansell
Nigel Mansell, McLaren MP4/10B Mercedes
Photo by: LAT Images
O “Leão”, apesar de ter apenas um título mundial, sempre foi figurinha fácil da frente do grid da F1 nos anos 1980 e início dos 1990, com a consagração em 1992, vencendo nove corridas. Foi pra Indy em 1993, voltou à F1 campeão nos Estados Unidos e em seguida não teve bons dias. Terminou a carreira não cabendo na McLaren de 1995.
Michael Schumacher
Nico Rosberg and Michael Schumacher
Photo by: XPB Images
Até mesmo o piloto mais vencedor da história da Fórmula passou por fases ruins. Em 2005, conseguiu apenas cinco pódios e uma vitória, depois de ser o piloto mais dominante do grid. Brigou pelo título em 2006, fez sua primeira aposentadoria e quando voltou, em 2010, não conseguiu superar Nico Rosberg em três anos.
Emerson Fittipaldi
Emerson Fittipaldi
Photo by: Jean-Philippe Legrand
Primeira lenda brasileira da F1, Emerson Fittipaldi experimentou dias de glória ao conquistar os campeonatos de 1972 e 1974. Seu último ano na McLaren, em 1975, lhe rendeu o vice-campeonato, perdendo para Niki Lauda. Mas o projeto Copersucar, inovador, acabou afastando “Emmo” das posições dianteiras da F1.
Graham Hill
Graham Hill
Photo by: Rainer W. Schlegelmilch
O pai de Damon Hill foi bicampeão da F1 e teve altos e baixos na carreira. Já campeão do mundo, em 1967 ficou em sétimo lugar, na temporada anterior ao seu bicampeonato. Depois de se consagrar duas vezes, os anos seguintes de sua carreira não foram dos melhores, com a 21ª posição da tabela em 1971 com a Brabham e o 18º em 1974 na Embassy Racing.
Niki Lauda
Niki Lauda, Brabham BT48
Photo by: Sutton Images
Reverenciado – com justiça – como um dos maiores da história da F1, Niki Lauda teve o ano de 1979 como um dos piores da carreira. A bordo do Brabham BT48, o austríaco conseguiu terminar apenas duas corridas naquele ano, um sexto lugar na África do Sul e um quarto lugar na Itália. Ele ficou fora da f1 nos dois anos seguintes, retornando em 1982 e conseguindo o tricampeonato em 1984, com a McLaren.
Recordar é viver
Para os fãs mais emotivos e que não acreditam que Vettel tenha tido grande sucesso na F1, vale aqui relembrar todas as 52 vitórias do alemão na F1.
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