Equipes como desfalque no grid, crise financeira que vitimou funcionários e ano tumultuado. O 2014 da Fórmula 1 não foi fácil, e Bernie Ecclestone tem a ciência sobre esta dificuldade. Nesta segunda-feira, o chefão da categoria máxima do automobilismo classificou a atual temporada como ‘uma das piores da sua vida’ no evento.
[publicidade]Somente em um ano, a Fórmula 1 praticamente perdeu duas equipes: Marussia, que decretou falência recentemente, e a Caterham, ‘recuperada’ por um crowdfunding e garantida no grid pelo menos para o GP de Abu Dhabi, no encerramento da temporada, marcado para o dia 23.
Cansado pelo desgastante ano, o grande chefe da F1 de 84 anos confessou as dificuldades enfrentadas, especialmente na segunda metade do ano, quando os problemas financeiros surgiram. “Com certeza foi um ano terrível, um dos piores da minha vida, mas vocês estão cansados de saber que eu vou continuar aqui”, garantiu.
Alheio às críticas com as quais convive em virtude, especialmente, do repasse financeiro da categoria – favorável às grandes equipes -, Ecclestone soltou uma pérola ao tratar sobre aposentadoria.
“O único jeito de eu parar de trabalhar com F-1 é se alguém com mais poder me tirar. Ou então, quando eu estiver indo embora no meu caixão. E é bom que a tampa esteja bem pregada”, divertiu-se o também folclórico dirigente britânico, favorável à centralização do poder na categoria máxima do automobilismo mundial.
“O maior problema é que estamos vivendo uma democracia. Vocês sabem que eu não gosto dela, nem de nenhum tipo dela. Você precisa estar apto a dizer ‘é assim que as coisas vão ser e pronto’”, completou o ‘big boss’ da Fórmula 1 na atualidade.
Ecclestone espera terminar o ano de 2014 de forma positiva. Para isso, ele depende da realização do Grande Prêmio de Abu Dhabi, marcado para o dia 23 e prova responsável por apresentar uma das grandes novidades do ano: a pontuação dobrada.
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José Edgar de Matos
Fórmula 1
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