Exclusivo: Whitmarsh elogia Kimi e reconhece erro com Alonso
Dirigente da McLaren vê finlandês como rival no campeonato e define espanhol como "máquina implacável de vitórias"
A McLaren está lutando pelo campeonato de pilotos com dois de seus ex-funcionários. Ainda que as relações com Kimi Raikkonen, que esteve no time inglês de 2002 a 2006, e Fernando Alonso, em 2007, terem sido diferentes, o chefe a equipe, Martin Whitmarsh, sabe o que esperar de ambos.
Em entrevista exclusiva ao TotalRace, quando perguntado se está surpreso com o desempenho de Kimi Raikkonen, cujas performances não vêm acusando um hiato de dois anos na F-1, Whitmarsh disse que não.
“Trabalhei com Kimi. Ele é muito talentoso. Quando está no seu dia, é um dos homens mais rápidos no planeta. As pessoas o subestimam porque ele não fala muito, mas ele é muito inteligente e é um piloto muito impressionante. A Lotus tem um carro bom e ele é uma ameaça real. Precisa melhorar na classificação, mas sempre foi bom durante as corridas. Se você observar, ele não comete erros, é incansável e sempre faz um bom trabalho. Não estou surpreso e acho que ele pode melhorar ao longo da temporada.”
Em relação a Fernando Alonso, Whitmarsh acredita que o relacionamento com a McLaren não tenha funcionado pela diferença entre as filosofias do espanhol e da equipe inglesa. O bicampeão assinou com o time de Woking por três anos, mas só cumpriu a primeira temporada do contrato. Após conflitos internos e acusações de favorecimento ao então companheiro Lewis Hamilton, entrou em acordo com Ron Dennis para se desligar.
“Acho que ambos cometemos um erro: poderíamos ter nos comunicado melhor”, reconhece Whitmarsh. “Acho que Fernando é uma máquina implacável de vitórias, e isso é geralmente bom. O que queríamos – e isso sempre foi nossa filosofia – era tratar nossos pilotos de forma igual e permitir que eles disputassem.”
“A filosofia de Fernando – a qual eu entendo e com a qual simpatizo – é ‘coloquem todo o peso em cima de mim e eu vou ganhar o campeonato’. A verdade é que, se tivéssemos colocado todo o peso em cima dele em 2007, ele teria vencido o campeonato, da mesma maneira que, se tivéssemos colocado tudo em cima de Lewis, ele teria vencido. Fomos imparciais e justos, e não me arrependo e continuamos nessa linha. A comunicação poderia ter sido melhor de ambos os lados. Quando as pessoas discordam, geralmente é por falta de comunicação.”
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