F1: Di Grassi vê Massa como "campeão moral" de 2008, mas tem receios sobre precedentes do processo
Além disso, o piloto brasileiro de Fórmula E afirmou que o Crashgate prejudicou sua carreira na F1
Foto de: Simon Galloway / LAT Images via Getty Images
As sessões de tribunal do processo de Felipe Massa contra a FIA, Bernie Ecclestone e a FOM (Formula One Management) pelas consequências do Crashgate começaram nessa semana. Outro piloto brasileiro ex-Fórmula 1, Lucas di Grassi, apoia o ex-Ferrari, mas tem receios sobre quais precedentes o resultado da ação pode abrir.
O ex-piloto da Ferrari entrou com uma ação na justiça britânica depois de Ecclestone revelar, em 2023, que já em 2008 soube do que aconteceu em Singapura, quando Nelsinho Piquet bateu de propósito para beneficiar Fernando Alonso.
Di Grassi, que ficou próximo de correr pela equipe em 2009, no lugar de Piquet, comentou, em entrevista ao RacingNews365 sobre o processo de Massa: "Bem, não posso generalizar sobre o Brasil [comemorar ou não o possível título]. Não faço ideia porque não fiz nenhuma pesquisa, não sei. Na minha opinião, eu gosto do Felipe, ele é um grande amigo meu. Ele fez um campeonato incrível naquele ano. Ele merecia ganhar? Sim".
"Mas, neste esporte, tantas coisas podem acontecer que, se você começar a analisar todos os cenários possíveis que aconteceram nos últimos 40 anos do esporte, há tantas formas de interpretá-los".
“Há tantos 'ses' neste esporte que é muito difícil justificar qualquer coisa. Eu gostaria que ele tivesse sido campeão. Sim, acho que ele foi o campeão moral daquele ano. Mudaria algo se ele ganhasse? Acho que [mudaria] financeiramente para ele".
Apesar de apoiar Massa, ele se preocupa com o precendente criado pelo resultado do processo: "Mas, além disso, eu não gostaria de ver esse precedente aberto para todos os campeonatos possíveis que foram perdidos ou disputados de maneira diferente. Espero sinceramente que ele receba o que merece, mas, ao mesmo tempo, não quero que o esporte abra esse precedente".
Di Grassi também revelou que o incidente do Crashgate, em 2008, e a investigação pela FIA, em 2009, prejudicou o seu caminho na F1.
"Isso prejudicou minha carreira, porque eu era piloto reserva da Renault. Eu iria assumir o lugar do Nelson, porque naquela época o Nelson praticamente já tinha sido demitido, e eu era o próximo na fila para subir para aquela vaga. E depois de Singapura, tudo parou e eles também renovaram [o contrato dele]. Então isso também impactou minha carreira".
"Talvez eu volte atrás e processe a [Renault]! Isso nunca vai acontecer. Também estaria em uma posição diferente na minha carreira", brincou o piloto brasileiro.
"É muito difícil, e claro, teria feito diferença na minha carreira, porque provavelmente eu teria corrido mais algumas provas com uma equipe melhor, em vez de estar com a Virgin na F1. Aí eu provavelmente teria, não sei, marcado pontos na F1. Isso teria mudado minha vida financeiramente na época".
Questionado se ele sabia da intenção da batida de Nelsinho, di Grassi disse: "Eu tinha minha suspeita, mas nunca foi confirmado. Só soube a história completa quando foi totalmente revisada".
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