F1 - Ferrari: Teto de gastos reduzido implicará em menos atualizações das equipes em 2022

Limite de gastos para as equipes foi reduzido em cerca de R$30 milhões em comparação a 2021

Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, Charles Leclerc, Ferrari SF21

Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, Charles Leclerc, Ferrari SF21

Mark Sutton / Motorsport Images

A Fórmula 1 se prepara para o início da nova era, com um regulamento técnico muito diferente do anterior. E enquanto muitos acreditam que a chave para se dar bem em 2022 é a velocidade com que as equipes conseguirão desenvolver seus carros, o diretor esportivo da Ferrari, Laurent Mekies, pensa que a situação não será tão simples assim. Para Mekies, este deve ser um ano com menos atualizações nos carros, devido à redução do teto orçamentário em comparação a 2021.

No ano passado, a maioria das equipes interrompeu qualquer tipo de desenvolvimento no carro de 2021 cedo na temporada para terem o máximo de tempo para trabalharem no novo modelo.

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Enquanto 2021 foi visto como um ano à parte por isso, Mekies acredita que o teto orçamentário ainda limitará o nível de atualizações do carro em comparação aos níveis pré-2020, já que as restrições financeiras têm como objetivo tornar a F1 mais sustentável.

"Sem comparar a esse ano, porque obviamente 2021 foi praticamente quase zero, pelo menos para nós, mas se compararmos a 2019, 208, veremos menos", disse Mekies no final do ano passado. "Em 2018, 2019, as grandes equipes tinham algo novo para o carro praticamente todas as corridas".

"Parece difícil de nossa perspectiva ter um alto número de atualizações com as restrições que temos".

O teto orçamentário, que foi reduzido de 145 para 140 milhões de dólares neste ano (de R$825 milhões para R$795 milhões), excluindo adendos, o que significa que as equipes maiores precisarão de ainda mais disciplinas sobre onde e quando gastarem o dinheiro dedicado para desenvolvimentos.

Esse problema de luxo afeta particularmente as equipes de maior orçamento - Mercedes, Red Bull e Ferrari - que já tiveram que reduzir radicalmente suas operações para trabalharem no limite do teto orçamentário.

Charles Leclerc, Ferrari SF21

Charles Leclerc, Ferrari SF21

Photo by: Ferrari

"Você precisa manter um orçamento para se desenvolver ao longo do ano, porque você aprenderá mais e mais, e, portanto, precisa de maneiras para se ajustar. Esse foi o maior desafio", explicou Mekies, cuja Ferrari terminou em terceiro no Mundial de Construtores em 2021.

"Assim que você tenha definido isso, é tanto para o desenvolvimento de aerodinâmica, tanto para desenvolvimento mecânico, isso vai para cada departamento e o pessoal do aero dirá: 'Ok, poderei fazer dois ou três desenvolvimento, e aí você refaz toda a programação para caber isso".

"Isso é efetivamente o que temos agora. O quanto isso será um desafio depende do seu nível de competitividade em comparação aos outros".

Mas Mekies alerta que se a pré-temporada de 2022 revelar vários problemas nos novos carros que precisarão ser resolvidos rapidamente, esses reparos podem significar que as equipes terão que mexer em seus orçamentos de desenvolvimento mais cedo do que o esperado, sacrificando atualizações que seriam lançadas durante a temporada.

"Se você tiver um grande problema no começo do ano, e nada estiver em correlação, você pode ter que investir parte do seu dinheiro de pacotes. Você precisa consertar de qualquer jeito, então você tira as partes, coloca ali, e é o modo de lidar com isso".

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