Em crise financeira e administrativa, a Caterham perdeu um dos seus pilotos antes mesmo do final da temporada do Mundial de Fórmula 1. Nesta quarta-feira, o sueco Marcus Ericsson anunciou o fim do compromisso com a escuderia antes mesmo do encerramento do ano, marcado para o dia 23 de novembro, em Abu Dhabi.
Em nota oficial divulgada, o sueco, já acertado para ser companheiro de Felipe Nasr na Sauber em 2015, culpa os ‘recentes acontecimentos’ pelo fim do compromisso de forma antecipada.
“Seguidos os recentes eventos entre a Caterham Sports Limited e MRT Sdn Bhd, meu consultor, Eje Elgh, e eu decidimos terminar, com efeito imediato, todos os compromissos que me conectavam com a Caterham F1 Team. Este é um dia triste, e nós gostamos muito de trabalhar com o time em uma difícil temporada”, escreveu o sueco.
“Gostaria de agradecer a Colin Kolles, Manfredi Ravetto, Cyril Abiteboul e todas os outros membros da Caterham F1 Team por sua confiança sobre mim e por fazerem minha primeira temporada na F1 um espaço de muito aprendizado e experiência. Também gostaria de agradecer ao meu bom amigo Kamui Kobayashi por ser um companheiro tão inspirador durante o ano. Espero vê-lo de volta”, encerrou.
O sueco de 24 anos debutou na Fórmula 1 nesta temporada, na qual pouco colaborou para a equipe em termos de bons resultados. Ericsson, já acertado com a Sauber para o ano que vem, fez carreira na GP2, categoria responsável por promovê-lo à divisão mais respeitada do automobilismo.
Neste ano com a Caterham, Ericsson teve como melhor resultado a 11ª colocação, no Grande Prêmio de Mônaco. O escandinavo não disputou as duas últimas etapas por conta da crise enfrentada pela equipe, que abdicou de participar das provas nos EUA e no Brasil para solucionar os problemas.
Tanto em Austin quanto em Interlagos, o sueco esteve presente como comentarista de uma emissora sueca. Ericcson, inclusive, entrou no paddock em São Paulo com uma credencial de jornalista, já que a de piloto acabou cancelada pela FIA e a FOM no momento em que a Caterham anunciou a desistência da etapa no Brasil.